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terça-feira, 26 de maio de 2015

Papa fala das três ações do Espírito Santo nas pessoas.

Domingo, 24 de maio de 2015.
“O mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo”, disse o Papa, na celebração de Pentecostes
Da redação, com Rádio Vaticano
A Basílica de São Pedro esteve repleta de fiéis na manhã deste domingo, 24, para a celebração litúrgica de Pentecostes, presidida pelo Papa Francisco.
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“O fechamento ao Espírito, segundo ele, não apenas é falta de liberdade, mas também pecado”, diz Francisco.
Na homilia, o Santo Padre falou das três ações do Espírito nas pessoas e comunidades que estão repletas d’Ele: “guiar para a verdade completa, renovar a terra e produzir os seus frutos”.

O Papa explicou que no Evangelho Jesus promete aos seus discípulos o Espírito Santo que os há de “guiar para a verdade completa”, dizendo-lhes que a sua ação será introduzi-los sempre mais na compreensão daquilo que Ele, o Messias, disse e fez.
“Graças ao Espírito Santo, de que estão repletos, compreendem a verdade completa, ou seja, que a morte de Jesus não é a sua derrota, mas a máxima expressão do amor de Deus; um amor que, na Ressurreição, vence a morte e exalta Jesus como o Vivente, o Senhor, o Redentor do homem, da história e do mundo. E esta realidade, de que são testemunhas, torna-se a Boa Notícia que deve ser anunciada a todos”, explicou.
O Espírito Santo, além de ser guia, renova a terra, prosseguiu o Papa, reiterando que o Espírito que Cristo enviou do Pai e o Espírito que tudo vivifica são uma só e mesma Pessoa. “Por isso, o respeito pela criação é uma exigência da nossa fé: o ‘jardim’ onde vivemos foi nos confiado, não para o explorarmos, mas para o cultivarmos e guardarmos com respeito. Mas isto só será possível, se o homem se deixar renovar pelo Espírito Santo, se se deixar replasmar pelo Pai segundo o modelo de Cristo, novo Adão, para podermos viver a liberdade dos filhos em harmonia com toda a criação e, em cada criatura, podermos reconhecer o  reflexo da glória do Criador”.
Por último, o Espírito dá os seus frutos, disse ainda o Papa, citando a Carta aos Gálatas na qual São Paulo mostra o “fruto” que se manifesta na vida daqueles que caminham segundo o Espírito:
“Temos, de uma parte, a carne com o cortejo dos seus vícios elencados pelo Apóstolo, que são as obras do homem egoísta, fechado à ação da graça de Deus; mas, de outra, há o homem que, com a fé, deixa irromper em si mesmo o Espírito de Deus e, nele, florescem os dons divinos, resumidos em nove radiosas virtudes que Paulo chama o ‘fruto do Espírito’”.
Segundo o Papa, o mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo. O fechamento ao Espírito, segundo ele, não apenas é falta de liberdade, mas também pecado.
Francisco ainda elencou algumas muitas maneiras de fechar-se ao Espírito Santo: “no egoísmo do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou, no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e assim por diante”.
“O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo. O mundo precisa dos frutos do Espírito Santo: ‘amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio’”, disse.
De acordo com Francisco, o dom do Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada fiel, para que se viva com “fé genuína e caridade operosa”, e espalhar as sementes da reconciliação e da paz.
Concluindo, o Papa rezou para que, “fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, nos tornemos capazes de lutar, sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente perseverança, às obras da justiça e da paz”.
Segundo o Papa, Pentecostes é marcado pelo testemunho, a fraternidade e o início de uma Igreja missionária e universal;
“O Espírito Santo derramado no Pentecostes, no coração dos discípulos, é o início de uma nova era: a era do testemunho e da fraternidade”. Foi o que afirmou o Papa Francisco neste domingo, 24, Solenidade de Pentecostes, durante a oração do Regina Coeli.
O pontífice destacou que a festa de Pentecostes faz reviver o início da Igreja, narrado pelo livro dos Atos dos Apóstolos. Naquela ocasião, disse o Papa, os discípulos foram completamente  transformados por essa efusão e o medo cedeu o lugar para a coragem, o fechamento para o anúncio e toda dúvida foi expulsa pela fé, cheia de amor. “É o batismo da Igreja que começa assim o seu caminho na história, guiada pela força do Espírito Santo”, disse.
Francisco recordou como este acontecimento mudou a vida dos apóstolos, abrindo as portas do Cenáculo e levando-os ao anúncio de Cristo Ressuscitado, bem como à experiência da universalidade da Igreja.
“Cada um dos presentes ouve os discípulos falar em sua própria língua. O dom do Espírito restabelece a harmonia das línguas que tinha sido perdida em Babel e prefigura a dimensão universal da missão dos Apóstolos. A Igreja nasce universal, una e católica, com uma identidade precisa, mas aberta, que abraça o mundo inteiro, sem excluir ninguém”, frisou o Santo Padre.
O livro dos Atos dos Apóstolos também relata que, sobre os discípulos desceram chamas de fogo. O Papa explicou que eram as chamas do amor que queimam toda amargura; era a língua do Evangelho que atravessa os confins impostos pelos homens e toca os corações da multidão, sem distinção de língua, raça ou nacionalidade.
“Com o dia de Pentecostes, o Espírito Santo é derramado continuamente também hoje sobre a Igreja e sobre cada um de nós para sairmos de nossa mediocridade e de nossos fechamentos e comunicar ao mundo o amor misericordioso do Senhor. Esta é a nossa missão! Também nos foi dado como dom a língua do Evangelho e o fogo do Espírito Santo para proclamarmos Jesus ressuscitado, vivo e presente em nosso meio, aproximando os povos a Ele que é caminho, verdade e vida”, sublinhou ainda Francisco.
“Confiemo-nos à materna intercessão de Maria, que estava presente como Mãe em meio aos discípulos no Cenáculo, para que o Espírito Santo desça abundantemente sobre a Igreja de nosso tempo, encha os corações de todos os fiéis e acenda neles o fogo de seu amor”, concluiu.
 

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