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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Natal: pensar na família como dom de Deus.


sagrada-familia3A identidade cristã do Natal está na pessoa de Jesus Cristo, o alvo primeiro da Família de Nazaré. Nascendo de Maria, o Menino Jesus foi "confortavelmente" colocado numa manjedoura, num cocho onde os animais eram tratados e cuidados pelos pastores. Lugar simples, mas usado com todo carinho e amor por sua genitora.
Aquela que se apresenta como "... a serva do Senhor..." (Lc 1,38) gera a Palavra, "Palavra que era Deus" (Jo 1,1), mas agora se torna pessoa, na Pessoa de Jesus Cristo. É isso que faz do Natal uma Festa de tamanha importância no mundo cristão, que conseguiu fazer história e atingir também a sociedade civil com uma tônica comercial.
Nasce em Belém um Rei-Pastor, que teve como meta a construção de um Reino marcado pela justiça e pela paz. Reino da humildade, da simplicidade e da acolhida. Foi Rei diferente daqueles conhecidos até então, sem privilégios e evidências econômicas. Tinha como marca indelével a valorização da pessoa e sua dignidade.
Com a Família de Nazaré, a começar com o nascimento de Jesus em Belém, tem início uma nova humanidade, que vai se concretizando em Nazaré, tendo sua culminância em Jerusalém, quando entrega sua vida ao Pai no alto da cruz. De Nazaré não era esperado nada de bom, mas tudo mudou a partir daí.
A palavra Jesus significa "Deus salva". Ele é o "Emanuel" no dizer do profeta (Is 7,14), é o Deus conosco para elevar a criatura humana à uma dignidade que ultrapassa os limites do humano. Em tudo isso está o valor da celebração do Natal, indo além de simples festa de nascimento e de concorrência frenética do comércio.
Falar de Natal significa pensar na família como dom de Deus, de participação no poder criador, gerador e salvador da humanidade. Lamentamos o esvaziamento e a perda de valores que afetam nossas famílias nos últimos tempos. Isto é preocupante porque perdemos referências cristalizadas de construção do bem na caminhada histórica da humanidade. A nova cultura vem desconstruindo a família tradicional.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG

Natal é tempo de recordar o valor da vida humana.


presepio
Ao chegar o tempo do Natal, naturalmente recordamos o valor da vida humana. Deus quis também se tornar homem enviando seu Filho amado que nasceu do seio de Maria Virgem. Tal fato dignifica e sacraliza a vida humana. 
Vem à tona, por outro lado, as questões da bioética.
Esse termo surgiu por volta dos anos 70, nos Estados Unidos, após o aparecimento de tantos dados novos relacionados à vida graças ao amplo progresso da ciência médica. Trata-se de estabelecer princípios éticos na manipulação de dados relacionados com a vida, sobretudo com a vida humana. A descoberta da composição das células, realizada pelo Monge católico Mendel, da ordem agostiniana, em meados do século XIX, possibilitou um enorme avanço da ciência, pois suas pesquisas revelaram como se transmitem os caracteres humanos de pais para filhos, através dos genes. Viu Mendel que os primeiros minutos da existência de um novo ser humano, a partir do momento da concepção, já são determinantes para toda a sua vida. O avanço da ciência é algo maravilhoso que constituiu uma verdadeira bênção de Deus para a humanidade.
Mais recentemente se descobriu a ação das células-tronco. O uso de tais células no tratamento de várias doenças representará a solução para inumeráveis casos tidos antes como insolúveis. Isso é maravilhoso! Porém há um grande problema: a busca de células-tronco em embriões humanos. Para aproveitá-las, deve-se matar o embrião. Isto é imoral, pois o embrião é uma verdadeira pessoa desde o momento de sua concepção, segundo ensina a própria ciência. A coisa se torna ainda mais grave quando se sabe que a criação de embriões humanos em bancos de reserva genética é um negócio imensamente lucrativo, embora escandalosamente desonesto.
Contudo, podem-se obter estas células em tecidos adultos, inclusive com melhor comportamento terapêutico que as embrionárias, uma vez que estas últimas são muito ativas, destinadas a construir o organismo todo e quando transferidas acabam gerando tumores em lugar de curar doenças. Não haveria, portanto, nenhuma razão para se optar pelas células embrionárias. Infelizmente no Brasil, muito desacertadamente, se aprovou há alguns anos a lei da biossegurança, página inconveniente de nossa história.
O problema está relacionado com a gravíssima questão do aborto, que será sempre um crime e um grave pecado. Tramitam no Congresso brasileiro projetos de lei que pretendem descriminalizar o aborto. Descriminalizar significa declarar que não será mais crime cometer aborto voluntário, ou seja, deixaria de ser crime matar as crianças antes de seu nascimento. Por mais argumentos que arranjem os abortistas e os aborteiros, nunca terão condição de negar esta verdade: aborto é a eliminação violenta de uma ou mais vidas humanas. Com o emprego de eufemismos tais como interrupção da gravidez, descriminalização, ou despenalização do aborto, gravidez assistida, direito da mulher sobre o seu corpo e outros, vai se tentando no Brasil legalizar a prática hedionda do abortamento de seres humanos.
Leve-se em conta que a criança gerada no seio materno não é parte do corpo da mãe, mas é outro ser humano distinto dela. Nenhuma mulher tem direito de assassinar ou causar a morte de seu filho. Se a mãe matasse um filho de três meses depois de nascido, seria certamente considerada um monstro. Mas, como aceitar que se possa matar sua criança três, seis ou nove meses antes de nascer?!
Tratando-se de bioética, outros temas são hoje objeto de estudo e de preocupações, como a eutanásia, o abortamento de anencéfalos, a fecundação in vitro e outros, mas ficam para uma próxima oportunidade. Concluo esta parte, lembrando a palavra de Jesus Cristo que nos pode iluminar em toda as questões: Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância. (Jo 10,10)
Que neste Natal você possa celebrar vitórias da vida.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização.


familia2014Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
Concluímos um ciclo de catequeses sobre a Igreja. Agradeçamos ao Senhor que nos fez percorrer este caminho redescobrindo a beleza e a responsabilidade de pertencer à Igreja, de ser Igreja, todos nós.
Agora iniciamos uma nova etapa, um novo ciclo, e o tema será a família; um tema que se insere neste tempo intermediário entre duas Assembleias do Sínodo dedicadas a esta realidade tão importante. Por isso, antes de entrar no percurso de diversos aspectos da vida familiar, hoje desejo partir justamente da Assembleia sinodal do mês de outubro passado, que tinha este tema: "Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização". É importante recordar como se desenvolveu e o que produziu, como aconteceu e o que produziu.
Durante o Sínodo, a mídia fez o seu trabalho – havia muita espera, muita atenção – e a agradecemos porque o fizeram também com abundância. Tantas notícias, tantas! Isto foi possível graças à Sala de Imprensa, que cada dia fez um briefing. Mas muitas vezes a visão da mídia era um pouco no estilo de crônicas esportivas, ou políticas: falava-se muitas vezes de dois times, pró e contra, conservadores e progressistas, etc. Hoje gostaria de contar aquilo que foi o Sínodo.
Antes de tudo, pedi aos padres sinodais para falar com franqueza e coragem e escutar com humildade, dizer com coragem tudo aquilo que tinham no coração. No Sínodo, não houve censura prévia, mas cada um podia, mais ainda, devia dizer aquilo que tinha no coração, aquilo que pensava sinceramente. "Mas isto dará discussão". É verdade, ouvimos como os apóstolos discutiram. Diz o texto: saiu uma forte discussão. Os apóstolos repreendiam-se entre eles, porque procuravam a vontade de Deus sobre os pagãos, se podiam entrar na Igreja ou não. Era uma coisa nova. Sempre, quando se procura a vontade de Deus, em uma assembleia sinodal, há diversos pontos de vista e há a discussão e isto não é uma coisa ruim! Sempre que se faça com humildade e com alma de serviço à assembleia dos irmãos. Seria uma coisa ruim a censura prévia. Não, não. Cada um devia dizer aquilo que pensava. Depois do relatório inicial do Cardeal Erdő, houve um primeiro momento, fundamental, no qual todos os padres sinodais puderam falar e todos escutaram. E era edificante aquela atitude de escuta que tinham os padres. Um momento de grande liberdade, em que cada um expôs o seu pensamento com parresia e com confiança. Na base das intervenções estava o Instrumento de Trabalho, fruto da precedente consulta de toda a Igreja. E aqui devemos agradecer à Secretaria do Sínodo pelo grande trabalho que fez seja antes seja durante a Assembleia. Realmente foram bravíssimos.
Nenhuma intervenção colocou em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio, isso é: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida (cfr Conc. Ecum. Vat. II Gaudium et spes, 48; Código de Direito Canônico, 1055-1056). Isso não foi tocado.
Todas as intervenções foram coletadas e assim se chegou ao segundo momento, isso é um esboço que se chama Relatório depois da discussão. Também este relatório foi desenvolvido pelo Cardeal Erdő, articulado em três pontos: a escuta do contexto e dos desafios da família; o olhar fixo sobre Cristo e o Evangelho da família; o confronto com as perspectivas pastorais.
papaidosos1Sobre esta primeira proposta de síntese se desenvolveu a discussão nos grupos, que foi o terceiro momento. Os grupos, como sempre, estavam divididos por línguas, porque é melhor assim, comunica-se melhor: italiano, inglês, espanhol e francês. Cada grupo, no fim do seu trabalho, apresentou um relatório e todos os relatórios dos grupos foram publicados. Tudo foi dado, para a transparência para que se soubesse o que acontecia.
Naquele ponto – é o quarto momento – uma comissão examinou todos as sugestões que surgiram dos grupos linguísticos e foi feito o Relatório final, que manteve o esquema precedente – escuta da realidade, olhar ao Evangelho e empenho pastoral – mas procurou incorporar o fruto das discussões nos grupos. Como sempre, foi aprovada também uma mensagem final do Sínodo, mais breve e mais de divulgação com relação ao Relatório.
Este foi o desenvolvimento da Assembleia sinodal. Alguns de vocês podem me perguntar: "Os padres brigaram?". Não sei se brigaram, mas que falaram forte, sim, é verdade. E esta é a liberdade, é justamente a liberdade que há na Igreja. Tudo aconteceu "cum Petro et sub Petro", isso é, com a presença do Papa, que é garantia para todos de liberdade e de confiança, garantia da ortodoxia. E no fim com a minha intervenção dei uma leitura sintética da experiência sinodal.
Então, os documentos oficiais que saíram do Sínodo são três: a mensagem final, o relatório final e o discurso final do Papa. Não há outros.
O Relatório final, que foi o ponto de chegada de toda a reflexão das dioceses até aquele momento, ontem foi publicado e enviado às Conferências Episcopais, que será discutido em vista da próxima Assembleia, aquela Ordinária, em outubro de 2015. Digo que ontem foi publicada – já havia sido publicada – mas ontem foi publicada com perguntas dirigidas às Conferências Episcopais e assim se torna justamente Lineamenta do próximo Sínodo.
Devemos saber que o Sínodo não é um parlamento, vem o representante desta Igreja, desta Igreja, desta Igreja... Não, não é isto. Vem o representante, sim, mas a estrutura não é parlamentar, é totalmente diferente. O Sínodo é um espaço protegido a fim de que o Espírito Santo possa trabalhar; não houve confronto entre facções, como em parlamento onde isto é permitido, mas um confronto entre os bispos, que veio depois de um longo trabalho de preparação e que agora prosseguirá em um outro trabalho, para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade. É um processo, é o normal caminho sinodal. Agora este Relatório volta às Igrejas particulares e assim continua nesse trabalho de oração, reflexão e discussão fraterna a fim de preparar a próxima Assembleia. Este é o Sínodo dos Bispos. Confiemo-lo à proteção da Virgem nossa Mãe. Que ela nos ajude a seguir a vontade de Deus tomando as decisões pastorais que ajudem mais e melhor a família. Peço-vos para acompanhar este percurso sinodal até o próximo Sínodo com a oração. Que o Senhor nos ilumine, nos faça andar rumo à maturidade daquilo que, como Sínodo, devemos dizer a todas as Igrejas. E sobre isso é importante a vossa oração.
Por Assessoria CNPF/Vaticano.

Papa Francisco inicia ciclo de catequeses sobre a Família.


catequese_familia_papaO papa Francisco encontrou-se na manhã de quarta-feira, 10 de dezembro, com milhares de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo durante a Audiência Geral na Praça São Pedro. Na sua catequese, proferida em italiano, o Santo Padre recordou inicialmente que na semana passada ele concluiu o ciclo de catequeses dedicado à Igreja. Nesta quarta-feira, portanto, Francisco deu início a uma nova série de catequeses, desta vez centralizada na família; um tema que se insere neste tempo intermédio entre duas Assembleias do Sínodo dedicadas a esta "realidade tão importante".
Antes de dar início este importante percurso sobre os diversos aspectos da vida familiar, Francisco voltou seu pensamento à Assembleia sinodal do último mês de outubro que teve como tema "Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização".
Francisco recordou que durante o Sínodo os meios de comunicação fizeram o seu trabalho pois havia muita expectativa, muita atenção, e agradeceu-lhes porque o fizeram muito bem. E isso foi possível graças à Sala de Imprensa, que todos os dias realizou um "briefing". E o papa fez uma constatação:
"Frequentemente, a visão da mídia era um pouco no estilo das crônicas esportivas, ou políticas: falava-se quase sempre de dois times, pró e contra, conservadores e progressistas, etc. Hoje gostaria brevemente de contar o que foi o Sínodo".
Francisco recordou que pedira aos padres sinodais para falar com franqueza e coragem e ouvir com humildade. Após o Relatório inicial do Cardeal Erdò – disse Francisco -, houve um momento fundamental, no qual todos os Padres puderam falar e todos ouviram. Um momento de grande liberdade no qual cada um expôs o seu pensamento com parrésia e com confiança. O papa disse que na base dos discursos estava o "Instrumento de trabalho", fruto de consultas precedentes de toda a Igreja.
"Nenhum discurso colocou em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida".
A família
Todos os pronunciamentos foram reunidos e assim – disse Francisco – se chegou ao segundo momento, isto é o Relatório após as discussões, também realizado pelo Cardeal Erdò. Era articulado em três pontos: a escuta do contexto e dos desafios da família; o olhar fixo em Cristo e o Evangelho da família; o confronto com as perspectivas pastorais.
Sobre esta primeira proposta, salientou Francisco, realizaram-se as discussões nos grupos, que foi o terceiro momento. Os grupos estavam divididos por línguas: italiano, inglês, espanhol e francês. Cada grupo apresentou depois um relatório e todos os relatórios depois foram publicados.
O quarto momento: uma comissão examinou todas as sugestões que surgiram nos grupos e foi redigido o Relatório final, que manteve o esquema precedente: "escuta da realidade, olhar ao Evangelho e compromisso pastoral", procurando acolher o fruto das discussões de grupo.
"Assim foi o desenvolvimento da Assembleia sinodal. Tudo ocorreu "cum Petro e sub Petro", isto é com a presença do Papa que é a garantia para todos de liberdade e de confiança, e garantia da ortodoxia".
Enfim, concluiu Francisco, os documentos finais que brotaram do Sínodo são três: a Mensagem final, o Relatório final e o discurso final do papa.
O Relatório final, que foi o ponto de chegada de toda a reflexão agora será enviado às Conferências Episcopais, que vão discuti-lo em vista da próxima Assembleia, desta vez Ordinária, em outubro de 2015.
"O Sínodo não é um parlamento, mas um espaço protegido para que o Espírito Santo possa agir: não houve confrontos entre facções, mas um confronto entre os Bispos, que ocorreu após um longo trabalho de preparação e que agora prosseguirá em outro trabalho, para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade

Vaticano apresenta primeiro documento para o Sínodo 2015.


sinodoParte do relatório elaborado pela última Assembleia Extraordinária, realizada no último mês de outubro, integra o primeiro dos documentos a serem apresentados pelo Vaticano para a 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. A reunião sinodal acontecerá no período de 4 a 25 de outubro de 2015 com a participação de padres sinodais de diversas partes do mundo.
O próximo Sínodo debaterá "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo". Será uma continuação das reflexões iniciadas em 2014 sobre os desafios da evangelização da família. A realização do Sínodo em duas etapas foi escolha do papa Francisco, que pela primeira vez adotou esse modelo para os trabalhos da Assembleia.
O texto foi divulgado pelo Vaticano na terça-feira, 9. Intitulado de lineamenta, traz reflexões da Assembleia Extraordinária, que antecedeu o Sínodo Ordinário. O documento está organizado em três partes: "A escuta – o contexto e os desafios sobre família", "O olhar sobre Cristo: o Evangelho da Família" e "O confronto: perspectivas pastorais".
Para facilitar o aprofundamento dos temas contidos no relatório, foram acrescentadas à lineamenta algumas perguntas que ajudarão a elaborar o Instrumentum laboris (Documento de Trabalho) da próxima Assembleia.
A primeira versão do Documento publicado em italiano foi enviada às Conferências Episcopais, aos Sínodos das Igrejas Orientais Católicas sui iuris, à União dos Superiores Religiosos e aos Dicastérios da Cúria Romana. A proposta é que ele seja estudado e debatido nas comunidades, com a participação dos fiéis. Os resultados dessa consulta serão enviados à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos até 15 de abril do próximo ano.

"Beleza do matrimônio e a alegria de ser e fazer família".


FranciscoFamilia_LaurenCater_ACIPrensa"Não podemos qualificar uma família com conceitos ideológicos, não podemos falar de família conservadora e família progressista. A família é família!", disse o papa Francisco em carta enviada ao presidente do Pontifício Conselho para a Família, dom Vicenzo Paglia, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias. O evento ocorrerá na Filadélfia, Estados Unidos, de 22 a 27 de setembro de 2015 com o tema "O amor e nossa missão. A família plenamente viva".
O papa afirmou na carta a dom Paglia que "a missão da família cristã" é "a de anunciar ao mundo, com a força do Sacramento nupcial, o amor de Deus". "A partir deste mesmo anúncio nasce e constrói-se uma família viva, que põe o foco do amor no centro de todo seu dinamismo humano e espiritual".
Assim, "uma família que, com a graça do Senhor, vive em plenitude a própria vocação e a missão O glorifica".
O texto recolhe também o recente Sínodo dos Bispos sobre a família, durante o qual foram debatidas temáticas "mais urgentes que envolvem a família em nossa sociedade plural".
"Os valores e as virtudes da família, sua verdade existencial, são pontos de força sobre os que se apoia o núcleo familiar e não podem ser postos em discussão".
Beleza do matrimônio
"Estamos chamados a revisar nosso estilo de vida que está sempre exposto ao risco de ser 'contagiado' por uma mentalidade mundana – individualista, consumista, hedonista– e encontrar sempre de novo a via mestra para viver e proporcionar a grandeza e beleza do matrimônio e a alegria de ser e fazer família".
O papa assegura que a Igreja deve "prosseguir o empenho de anunciar o Evangelho do matrimônio e da família e de experimentar as propostas pastorais no contexto social e cultural no qual vivemos".
Os desafios "nos estimulam a ampliar os espaços de amor fiel aberto à vida, à comunhão, à misericórdia, a compartilhar e à solidariedade", finaliza o papa, pedindo a todos se deixem guiar pela Palavra de Deus.
Com informações e foto do News.va

Defesa da vida: Papa condena formas de escravidão humana.


escravidao"Desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão", disse o papa Francisco na mensagem por ocasião do Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2015. O papa propõe reflexão sobre os conflitos e guerras ideológicas entre as religiões e países, chamando atenção para a necessidade do diálogo e da paz. O pontífice alerta, ainda, para as diferentes formas de escravidão existentes no mundo e que é preciso "considerar todos os homens, 'já não escravos, mas irmãos'.
"Temos de reconhecer que estamos perante um fenômeno mundial que excede as competências de uma única comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenômeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,[12] o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)".
Ao final da mensagem, Francisco convoca os cristãos para que sejam "artífices da globalização da solidariedade e da fraternidade que possa devolver-lhes a esperança e levá-los a retomar, com coragem, o caminho através dos problemas do nosso tempo e as novas perspectivas que este traz consigo e que Deus coloca nas nossas mãos".

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Como acolher a mulher que abortou? A voz de São João Paulo II.

  

gravidaSão João Paulo II teve a coragem de tratar do assunto com esperança e acolhida às mulheres que recorreram a essa prática. Na Carta Encíclica Evangelium Vitae, escrita pelo santo, são apontados caminhos para o arrependimento e conversão
1 – A verdade do que aconteceu, o consolo e a esperança
"A Igreja está a par dos numerosos condicionalismos que poderiam ter influído sobre a vossa decisão, e não duvida que, em muitos casos, se tratou de uma decisão difícil, talvez dramática. Provavelmente a ferida no vosso espírito ainda não está sarada. Na realidade, aquilo que aconteceu, foi e permanece profundamente injusto. Mas não vos deixeis cair no desânimo, nem percais a esperança. Sabei, antes, compreender o que se verificou e interpretai-o em toda a sua verdade" (n.99).
2 – As razões e justificativas inaceitáveis
"É verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um caráter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas estas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente" (n.58).
3 – Os culpados
"A decidirem a morte da criança ainda não nascida, a par da mãe, aparecem, com frequência, outras pessoas. Antes de mais, culpado pode ser o pai da criança, não apenas quando claramente constringe a mulher ao aborto, mas também quando favorece indiretamente tal decisão ao deixá-la sozinha com os problemas de uma gravidez: 55 desse modo, a família fica mortalmente ferida e profanada na sua natureza de comunidade de amor e na sua vocação para ser 'santuário da vida'. Nem se podem calar as solicitações que, às vezes, provêm do âmbito familiar mais alargado e dos amigos. A mulher, não raro, é sujeita a pressões tão fortes que se sente psicologicamente constrangida a ceder ao aborto: não há dúvida que, neste caso, a responsabilidade moral pesa particularmente sobre aqueles que direta ou indirectamente a forçaram a abortar. Responsáveis são também os médicos e restantes profissionais da saúde, sempre que põem ao serviço da morte a competência adquirida para promover a vida" (n. 59).
4 – O arrependimento, o perdão, a paz e o testemunho
"Se não o fizestes ainda, abri-vos com humildade e confiança ao arrependimento: o Pai de toda a misericórdia espera-vos para vos oferecer o seu perdão e a sua paz no sacramento da Reconciliação. A este mesmo Pai e à sua misericórdia, podeis com esperança confiar o vosso menino. Ajudadas pelo conselho e pela solidariedade de pessoas amigas e competentes, podereis contar-vos, com o vosso doloroso testemunho, entre os mais eloquentes defensores do direito de todos à vida. Através do vosso compromisso a favor da vida, coroado eventualmente com o nascimento de novos filhos e exercido através do acolhimento e atenção a quem está mais carecido de solidariedade, sereis artífices de um novo modo de olhar a vida do homem" (n. 99).
5 – Confiar na ajuda de Deus
Neste grande esforço por uma nova cultura da vida, somos sustentados e fortalecidos pela confiança de quem sabe que o Evangelho da vida, como o Reino de Deus, cresce e dá frutos abundantes (cf. Mc 4, 26-29). Certamente é enorme a desproporção existente entre os meios numerosos e potentes, de que estão dotadas as forças propulsoras da 'cultura da morte', e os meios de que dispõem os promotores de uma 'cultura da vida e do amor'. Mas nós sabemos que podemos confiar na ajuda de Deus, para Quem nada é impossível (n.100).
Colaboração de Paulo Humberto Moreira Nunes, da Comissão Arquidiocesana de Defesa e Promoção da Vida (CADPV), da arquidiocese de Teresina (PI).

Bispos que defendem a valorização da vida são homenageados pelo Senado.

dom_Mauro_MorelliSeis personalidades que se destacaram na defesa dos direitos humanos foram homenageadas pelo Senado Federal com a Comenda Dom Hélder Câmara. Entre elas, receberam condecoração o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, e o bispo emérito de Duque de Caxias (RJ), dom Mauro Morelli. Durante a cerimônia, também foi homenageada, em memória, a fundadora da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, a médica Zilda Arns, falecida em 12 de janeiro de 2010.
Em seu discurso, dom Mauro Morelli defendeu a ampliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar e disse imaginar um país com educação e nutrição. "Sinto que o Brasil precisa se desenvolver de baixo para cima. Um povo saudável e inteligente e participativo é fundamental para a democracia" afirmou. Na foto, dom Mauro recebendo a Comenda das mãos do senador Cristovam Buarque. 
Defensores da vida
Em sua trajetória na Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns coordenou mais de 155 mil voluntários presentes em 32 mil comunidades em bolsões de pobrezas pelo Brasil. Seu trabalho serviu de modelo para diversos países como Angola, Moçambique, Peru, Bolívia, México, Argentina, Filipinas, Colômbia, entre outros.
O bispo emérito, dom Mauro Morelli, atua em atividades de Segurança Alimentar Nutricional. É fundador do Instituto Harpia Harpyia – Agência de Defesa e Promoção do Direito ao Alimento e à Nutrição. Desde 2005, tem se dedicado à causa da segurança alimentar no Brasil.
A Comenda de Direitos Humanos dom Hélder Câmara, do Senado Federal, foi criada em 2010. Reconhece os trabalhos de pessoas que deram contribuição relevante à defesa dos direitos humanos no Brasil. Leva o nome do arcebispo de Olinda e Recife, dom Hélder Câmara (1909 – 1999), que teve intensa atuação como bispo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na defesa dos mais pobres e dos perseguidos políticos durante a ditadura militar no Brasil.
Fonte: CNBB com informações e foto do Senado.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Papa Francisco.

Ano da Paz tem início hoje em todo o país.


Ano da Paz 270x270O Ano da Paz começa neste primeiro domingo do Advento, 30, e será um momento para ajudar na superação da violência e despertar para a convivência mais respeitosa e fraterna entre as pessoas. Aprovado por unanimidade durante a 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrida de 30 de abril a 9 de maio de 2014, o período de reflexões, orações e ações sociais se estenderá até o Natal de 2015.
O arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, afirma que o Ano da Paz é um convite para reflexão sobre os motivos de tantos acontecimentos violentos. “Está na hora da sociedade brasileira dar passos no sentido de buscar uma harmonia maior no relacionamento humano. Os nossos relacionamentos estão muito degastados”, ressalta.
Dom Belisário manifestou a preocupação da entidade com o nível de violência da sociedade brasileira. Para ele, é uma questão complexa que envolve herança histórica, injustiça estrutura, tráfico de drogas e exclusão “de uma camada grande da sociedade”. “Isso tudo tem colaborado para termos essa sociedade tão violenta que a gente está”, disse.
De acordo com os últimos dados do Mapa da Violência, mais de 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. Os jovens são os principais afetados neste contexto, somando mais de 27 mil vítimas naquele ano.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, afirmou que as relações mais próximas, na atualidade, encontram dificuldade de manterem-se vivas e que há uma violência generalizada. “Violência que se manifesta na forma da morte de pessoas, na falta de ética na gestão da coisa pública, na impunidade. A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples”, explicou.
Para celebração do Ano da Paz, serão aproveitados os meses temáticos do Ano Litúrgico, como os meses vocacional, da Bíblia e da missão. “Vamos refletir durante o ano sobre o porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para pensar sobre a paz e a realidade da violência”, lembrou dom Leonardo.
O vice-presidente da CNBB considera que as comunidades devem ser criativas e propor as iniciativas conforme a realidade de cada uma. “A gente quer no Ano da Paz que rezemos, reflitamos, peçamos a paz… Um momento forte de evangelização, de reflexão, de pergunta ‘por que está acontecendo tanta violência?’”, sugeriu.

Confira abaixo a entrevista com dom Leonardo Steiner, na íntegra:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá promover o Ano da Paz. A inciativa foi aprovada por unanimidade pelo episcopado brasileiro na 52ª Assembleia Geral da entidade, ocorrida de 30 de abril a 9 de maio de 2014. A proposta chegou no momento em que há uma realidade de violência. Como caracterizar este contexto?
Dom Leonardo – Percebemos uma violência assustadora em quase todos os níveis; generalizada. Violência que se manifesta na forma da morte de pessoas, na falta de ética na gestão da coisa pública, na impunidade. A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples. As relações mais próximas, hoje, encontram dificuldade de se manterem vivas, fortes, acolhedoras, fontais.
Como, então, pode ser definida a Paz?
Dom Leonardo – A paz é conviver! Harmonia em tensão. Tensão benfazeja que busca integrar todas as pessoas na comunidade. Integrar é abrir espaços. Abrir espaços para outro às vezes causa tensão, mas em seguida enriquece a vida da comunidade. A violência é a decadência do conviver; fruto da exclusão, da rejeição. Falta de amor nas relações. A paz é fruto da participação de todos na construção de uma sociedade em que todas as pessoas, famílias podem viver, educar os filhos e ter oportunidade de futuro. Paz significa a possibilidade de realização, de maturação, de plenificacão dos membros de uma comunidade.
Qual o principal objetivo do Ano da Paz?
Dom Leonardo – O Ano da Paz deverá nos ajudar na superação da violência em todos os níveis. Despertar para a convivência cortês, fraterna. Para termos mais urbanidade, despertemos para a irmandade, conforme nos ensinou Jesus.
Quando se iniciará o Ano da paz?
Dom Leonardo – O início acontecerá com o Advento deste ano. Neste período porque, como comunidades de fé, estaremos na expectativa de um tempo novo, da vida nova. Estaremos à espera do Príncipe da Paz, a Criança de Belém! Partindo do Advento de Deus, estaremos iluminando as nossas relações e anunciando com os anjos: Paz na terra aos homens amados por Deus! O encerramento do Ano da paz será no Natal de 2015.
Poderia indicar algumas iniciativas?
Dom Leonardo – Vamos refletir durante o ano sobre o porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para refletir sobre a paz e a realidade da violência: os meses temáticos como agosto, mês das vocações, setembro, mês da Palavra de Deus, outubro o mês das missões. Mas desejamos ter um dia para manifestar nas ruas de nossas cidades que acreditamos na paz, na fraternidade.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.


logomarca_aidsA taxa de detecção de Aids, entre jovens de 15 a 24 anos, vem crescendo de forma acelerada no Brasil. Desde 2006, os casos de Aids nos jovens entre 15 e 24 anos aumentaram mais de 50%. No resto do mundo, o número de novos casos de HIV entre os jovens caiu 32% em uma década.
Visando a ampliação da testagem do HIV, vírus da Aids, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Pastoral da Aids e do Ministério da Saúde (MS), lançou no dia 27 de novembro, a Campanha "Cuide bem de você e de todos que você ama. Faça o teste HIV". 
Baixe os materiais e ajude na divulgação da campanha:
1. Para baixar e salvar os vídeos com Dom Leonardo Steiner - CNBB
2. Para baixar e salvar os vídeos com o padre Fábio de Melo
3. Para baixar e salvar os spots de rádio com o padre Fábio de Melo
5. Para baixar e salvar a arte da Campanha para confeccionar banners, camisetas e outros 
Campanha mundial
Com a proposta de motivar a população para a prevenção do HIV, foi criado em outubro de 1987, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, por decisão da Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. É uma maneira, também, de para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids. A data no Brasil passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.
Símbolos
O laço vermelho que marca a identidade visual da campanha representa a solidariedade e comprometimento na luta contra a Aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, em homenagem as pessoas que morreram de aids. A cor vermelha foi escolhida por representar o sangue e a idéia de paixão. O símbolo foi inspirado, ainda, no laço amarelo que honrava os soldados americanos na Guerra do Golfo.
Assessoria CNPF com informações G1/Ministério da Saúde.

CNBB lança Campanha de Diagnóstico Precoce do HIV.


Campanha_2711_1A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Pastoral da Aids e do Ministério da Saúde (MS), lançou na tarde desta quinta-feira, dia 27, a Campanha “Cuide bem de você e de todos que você ama”. A iniciativa visa a ampliação da testagem do HIV, vírus da Aids.
O evento de abertura aconteceu na sede da CNBB, em Brasília (DF), e teve a participação do bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da instituição, dom Leonardo Steiner; do ministro da Saúde, Arthur Chioro; do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa; do coordenador do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita; dos secretário executivo e assessor da Pastoral da Aids, respectivamente, frei José Bernardi e frei Luiz Carlos Lunardi.
Na ocasião, dom Leonardo Steiner afirmou que "uma ação que tem por objetivo dar vida melhor às pessoas não pode deixar de ter o apoio da CNBB". Ele recordou a atuação da Igreja com as pessoas que vivem com o vírus da Aids. “Talvez tenha sido a Igreja a primeira a acolher e ir ao encontro das pessoas. Nós estamos dando apenas continuidade e estamos dando um grande passo para que as pessoas possam, o quanto antes, fazer o teste e assim serem acompanhadas”, disse. O bispo convidou, ainda, os participantes a fazerem o gesto com as mãos, como motiva o cartaz da campanha. 
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, nos 30 anos de luta conta a Aids no Brasil aconteceram inovações tecnológicas e avanços no tratamento, fazendo com que atualmente haja uma naturalidade em relação às infecções. “É verdade que temos grupos na população que têm de 12 a 24 vezes mais chances de ter a infecção com o HIV, mas é importante que a sociedade brasileira e, particularmente, os jovens tenham a noção muito clara de que o HIV vai também expor à infecção pessoas que não fazem parte desses grupos”, ressaltou.
Segundo dados do Ministério da Saúde, são 720 mil pessoas que vivem com HIV/Aids no Brasil e 350 mil estão em tratamento. Além disso, cerca de 150 mil pessoas vivem com HIV e não sabem. 
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde explicou que há efeitos positivos quando o teste anti-HIV é feito antes que alguns sintomas se manifestem, pois beneficia a pessoa com o novo protocolo adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento e reduz o risco de novas infecções.
Cuidado
O slogan da Campanha, “Cuide bem de você e de todos que você ama”, teve destaque na fala dos presentes à mesa. O secretário executivo da Pastoral da Aids, frei José Bernardi, afirmou que, com os materiais da Campanha, pretende-se “sensibilizar para o cuidado”. “Fazer o teste HIV é uma forma de cuidar de si e das pessoas que você ama. As peças da Campanha exploram essa ideia e acrescentam informações úteis sobre a epidemia, o HIV e a Aids, que muitas vezes são confundidos pela sociedade”. 
Para Chioro, o slogan remete a valores “essenciais na produção de uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e saudável”. “É o conceito do amor e do respeito a cada um e ao próximo, isso é fundamental para a gente combater ainda os estigmas, o preconceito, a desinformação, que são produtores de muita dor, de muito sofrimento e muita doença”, afirmou.
Ao final da cerimônia, dom Leonardo Steiner convidou os presentes a repetirem o gesto do cartaz da Campanha, que mostra uma pessoa com as mãos próximas, simbolizando o cuidado a partir do lema “Cuide bem de você e de todos que você ama”.
Também participaram da cerimônia agentes da Pastoral da Aids e representantes de entidades, como a secretária executiva do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic), pastora Romi Márcia Bencke.
Campanha
A campanha será desenvolvida em todas as dioceses e paróquias do Brasil. Além de cartazes para igrejas e outros espaços públicos, há folhetos que trazem as razões para a realização do teste. Também foram produzidos spots radiofônicos e peças para televisão e internet. 
O auge da Campanha, que prosseguirá durante o ano de 2015, acontecerá de 29 de novembro a 1º de dezembro, com divulgação especial em todas as celebrações católicas, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Fonte: CNBB