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terça-feira, 30 de junho de 2015

“Novas diretrizes”.

“Só com a união fraterna que se poderá chegar naquilo que se deseja: a saúde para todos”, dom José Antonio Aparecido Tosi Marques na abertura da CF 2012

 “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) – 2015-2019, prossegue a sua história de promoção da pastoral orgânica de conjunto no Brasil. Desde o Plano de Emergência (1962), no clima do Concílio Ecumênico Vaticano II, os Bispos têm tomado decisões colegiais a respeito da evangelização em suas Igrejas particulares, apresentando-as sob a forma de Planos e de Diretrizes.  Na sua Assembleia Ordinária de 2014, a CNBB decidiu dar continuidade às DGAE 2011-2015, atualizando-as à luz da Exortação apostólica Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. A continuidade foi motivada pela necessidade de dar prosseguimento ao processo de aplicação do Documento de Aparecida, que é a principal referência das Diretrizes 2011-2015. O renovado empenho missionário que a Conferência de Aparecida nos pede e o amplo processo de “conversão pastoral” que ela propõe, estão em pleno curso. Além disso, a revisão das DGAE à luz da Evangelii Gaudium mostrou-se igualmente necessária. O Papa Francisco apresentou a sua Exortação indicando caminhos para o percurso da a Igreja nos próximos anos1 e convocou toda a Igreja a “avançar no caminho da conversão pastoral e missionária”, a “não deixar as coisas como estão” e a se “constituir em estado permanente de missão”.2 A recepção da Evangelii Gaudium pela Igreja no Brasil reforça e aprofunda as grandes opções da Conferência de Aparecida assumidas pela CNBB, em suas diretrizes para ação evangelizadora. A celebração do quinquagésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II (08.12.1965) e o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia (08.12.2015 a 20.11.2016) nos convidam a prosseguir no caminho da renovação pastoral, no contexto de uma nova evangelização, com novo ardor missionário e criatividade pastoral.
Com renovada consciência de que a evangelização continuamente parte da contemplação de Jesus Cristo presente em sua Igreja e se desenvolve em diálogo com os contextos em que se realiza, estas Diretrizes são oferecidas a todas as Igrejas particulares do Brasil e demais organismos eclesiais. Que elas possam contribuir para que a “alegria do Evangelho” renove profundamente nossas comunidades e anime continuamente nosso entusiasmo missionário.” (DGAEIB 2015-2019, 1-3)
Com esta apresentação inicial extraida das mesmas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas na Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (CNBB) para os anos 2015 a 2019, realizada em Aparecida, junto ao Santuário de Nossa Senhora, nos dias 15 a 24 de abril passados.
Destacamos o grande empenho que a Igreja Católica no Brasil tem se lançado à saída missionária e renovadora da Igreja em sua missão no mundo, como tanto estimulada pelo Papa Francisco em continuidade e novo ardor dos papas imediatamente anteriores.
Assim, de modo muito direto as Diretrizes, como são chamadas com simplicidade no ambiente da Igreja, nos levam a retomar elementos fundamentais para a vida e a missão da Igreja em nosso tempo em nosso país.
“Partir de Jesus Cristo” – é o título do primeiro capítulo, que nos faz voltar ao fundamento único e insubstituível de toda a vida cristã. É Jesus a pedra fundamental sobre a qual tudo se constroi e não há outra. Isto é já sabido. O que se destaca é a necessidade de uma experiência pessoal e fundante de encontro com o Senhor em Jesus. Este é o ponto de partida da fé e da vida cristã e se manterá sempre como o alicerce e o motivo de toda a ação missionária e evangelizadora da Igreja.
“Marcas de nosso tempo” – chamam a atenção para uma “leitura dos sinais dos tempos”, como já lembrava o Papa São João XXIII na abertura do Concílio Vaticano II, há 50 anos. Somos chamados a olhar, com olhos de discípulos de Cristo, o mundo em que vivemos com suas luzes e sombras, seu modo de viver, seus clamores, mesmo inconscientes, pela Verdade e pela Vida, sem conhecer o Caminho que é Jesus. Diante destas marcar do tempo nosso em que vivemos, de suas perguntas e desafios, dar a resposta alegre do Evangelho, como bem o chama a realizar o Santo Padre Francisco.
“Urgências na ação evangelizadora” – se apresentam para fidelidade ao Evangelho – Boa Nova em Jesus para toda a humanidade – e fidelidade à Humanidade amada por Deus e ao nosso mundo que, mesmo em dores de parto, anseia pela salvação. Estas urgências se iniciam no interior mesmo da Comunidade Eclesial que precisa de maior autenticidade e fidelidade na resposta à graça recebida do Senhor e da qual é portadora para todo o mundo. Assim continuam urgindo na vida da Igreja: a saída em missão permanente, vida iniciada e crescente no seguimento de Jesus, fundamentada na vivência, anúncio da Palavra de Deus, testemunho de verdadeira comunhão e unidade para que o mundo creia, em serviço pela vida plena de todos em Cristo. São as 5 urgências da ação evangelizadora, não como opções estanques em si, mas como uma única realidade com 5 facetas que se completam e explicam mutuamente.
“Perspectivas de ação” – Surgem como maneira concreta de promover uma nova e incidente ação evangelizadora na direção das mesmas 5 urgências. A meta será que: “EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo.” (Objetivo Geral)
Assim se conclui o texto das Diretrizes: “Planejar a pastoral não é um processo meramente técnico. É uma ação carregada de sentido espiritual. Por isto, todo processo precisa ser rezado, celebrado e transformado em louvor a Deus. Para tanto, são necessários evangelizadores “que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo”, “que anunciem a Boa-Nova com uma vida transfigurada pela presença de Deus e que rezam e trabalham”.208 Confiamos à Mãe Aparecida o generoso esforço que será feito para a aplicação destas Diretrizes, como também os frutos que delas são esperados. Elas nos oferecem uma valiosa “chave de leitura para a missão da Igreja”209 no Brasil. Na fragilidade dos meios que dispomos, a presença atuante do Espírito Santo nos anima na missão evangelizadora, tornando possível a comunhão, fazendo crescer a fé e multiplicando os frutos de sua graça. A proximidade do terceiro centenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, nos convida a “não desaprender” nem esquecer a sua lição e mensagem: “As redes da Igreja são frágeis, talvez remendadas; a barca da Igreja não tem a força dos grandes transatlânticos que cruzam os oceanos. E, no entanto, Deus quer se manifestar justamente através de nossos meios, meios pobres, porque é sempre Ele quem está agindo”.210 Nele nós confiamos! “Pela sua palavra” (Lc 5,5), lançaremos as redes!”

+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza

Vocação e missão da família.

Resultado de imagem para imagens de dom odilo schererHá poucos dias, o Sínodo dos Bispos publicou o Instrumentum laboris (Instrumento de trabalho) da 14ª assembleia geral ordinária do Sínodo, que será realizada em Roma, de 4 a 25 de outubro deste ano, sobre o tema da “vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

Ainda não se trata de um “documento”, mas exatamente daquilo que o título diz: um “instrumento de trabalho” para orientar as reflexões da assembleia, para que tenham um foco e não sejam dispersivas; suas partes serão a referência para as intervenções dos participantes e orientarão as intervenções e os grupos de trabalho.
A elaboração desse texto é fruto de uma grande participação de esforços em vários níveis. A assembleia extraordinária do Sínodo, de 2014, tratou dos desafios enfrentados pela família em nosso tempo, que também desafiam a evangelização e a missão da Igreja; esse olhar sobre a realidade da família contemporânea, no mundo inteiro, produziu um Relatório final (Relatio Synodi), a partir do qual, novas perguntas e questionamentos foram enviados às Conferências Episcopais, dioceses e outros organismos da Igreja em todo o mundo.
As abundantes respostas, enviadas à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos até o final de abril de 2015, ofereceram muita matéria, integrada no Instrumentum laboris, sobretudo indicações sobre “como” enfrentar esses desafios hodiernos da família na evangelização. Portanto, como o papa Francisco vem destacando em diversas ocasiões, a Igreja encontra-se num “caminho sinodal”, olhando com muita atenção e carinho para a família, desejando fazer o melhor por ela, pois ela é muito importante; e quer contar com uma reflexão e participação amplas da comunidade eclesial.
Na assembleia de outubro, a palavra será dada novamente aos “delegados” de cada Conferência Episcopal, eleitos para isso; o próprio Papa Francisco também convocará outros participantes, não eleitos, entre bispos, teólogos peritos, observadores de outras Igrejas e casais. A assembleia terá cerca de 300 participantes.
Das três grandes partes do Instrumentum laboris, a primeira é dedicada inteiramente à reflexão sobre os desafios que a realidade familiar enfrenta; o Relatório final da assembleia de 2013 é retomado e enriquecido com as respostas do questionário enviado a toda a Igreja. Consideram-se as mudanças culturais, antropológicas, sociais e econômicas do nosso tempo, que atingem em cheio a realidade familiar. Olha-se também para as situações familiares necessitadas de maior atenção, como a velhice, a viuvez, a infância e a juventude, as situações de dor e luto, a desabilidade e deficiência, as migrações... Mas também é lançado um olhar atento sobre a “explosão” atual da afetividade e sua relevância na vida familiar.
Na segunda parte, que bem corresponde ao “julgar”, trata-se da vocação da família, com a pergunta de fundo: o que Deus quer da família? Para quê criou o homem e a mulher? Como revelou Deus o seu desígnio de vida, amor e salvação por meio da família? Como Deus quis a família e o casamento? A reflexão também busca luzes e orientações na palavra da Igreja, que tem a missão de anunciar ao mundo a Boa Nova e de iluminar toda realidade com a luz da fé sobrenatural.
A missão da família é abordada na terceira parte do texto de trabalho. A família não é apenas “objeto” de cuidados e preocupações; ela tem uma grande e importante missão em relação às pessoas, à comunidade humana na qual está inserida e também em relação à vida eclesial. Nesta parte, aborda-se também a missão da própria Igreja em relação à família, em especial, diante das questões mais desafiadoras do mundo contemporâneo.
Durante a nova fase de preparação da assembleia do Sínodo, até outubro, toda a Igreja é convidada a rezar pelo bom êxito do Sínodo “da família”. E quem lá deve tomar parte, tem o tempo de se preparar, a partir do Instrumentum laboris, e de receber novas contribuições para a assembleia sinodal. Que o Espírito Santo conduza a Igreja e anime todas as famílias com sua divina inspiração.
Cardeal Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulo (SP)

Publicado em O Estado de São Paulo

segunda-feira, 29 de junho de 2015

1a. formação sobre a Preparação do Sacramento do Matrimônio - Região Sagrada Família.



Realizada dia 26/06/2015, a primeira formação sobre a unidade na Arquidiocese de Fortaleza, da Preparação para a Vida matrimonial e Familiar na Região da Sagrada Família que teve como paróquia anfitriã a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição na Pacatuba. A pedido de nosso Arcebispo Dom José Antônio, a coordenação Arquidiocesana através de seu Assistente Eclesiástico Padre Clairton e casal coordenador Fábio e Márcia, iniciaram as formações nas regiões episcopais, que visa, a unidade entre as paróquias com relação a Preparação para a vida matrimonial e familiar, sendo o desejo de nosso Papa Francisco que os noivos sejam bem preparados para esta missão de ser pastores nas Igrejas Domésticas. Diante disto levamos esta primeira formação a região supra citada, que trata do tempo de preparação que não deverá ser inferior a quatro semanas. Estiveram presentes as paróquias: Paróquia Santo Antônio - Itaitinga, Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Pacatuba, Paróquia São Francisco das Chagas - Jereissati II, Paróquia Nossa Senhora do P. Socorro - Jereissati/Timbó, Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Pajuçara, Paróquia São João Paulo II - Acaracuzinho, Paróquia Menino Jesus - Conjunto Industrial. Paróquia São José - Maracanaú, Paróquia Nossa Senhora da penha - Maranguape, Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Tabatinga. Também representando a comissão arquidiocesana os Casais Antônio Carlos e Fátima e Marcos e Adélia assessores das regiões Nossa Senhora dos Prazeres e Sagrada Família respectivamente.















Bispos do regional Leste 1 emitem nota sobre ideologia de gênero.

maxresdefault_640x360 "Nós, bispos do Regional Leste 1 da CNBB, que abrange todo o Estado do Rio de Janeiro, manifestamos nossa profunda preocupação em face das tentativas de se implantar a ideologia de gênero em nosso país. A ideologia de gênero é a afirmação de que não se nasce homem ou mulher, mas a opção acontece posteriormente, a partir da livre escolha de cada indivíduo", expressou o episcopado na nota emitida em 26 de junho.

Nota sobre Ideologia de Gênero
"Homem e mulher Deus os criou" (Gn 1,27)
Nós, bispos do Regional Leste 1 da CNBB, que abrange todo o Estado do Rio de Janeiro, manifestamos nossa profunda preocupação em face das tentativas de se implantar a ideologia de gênero em nosso país. A ideologia de gênero é a afirmação de que não se nasce homem ou mulher, mas a opção acontece posteriormente, a partir da livre escolha de cada indivíduo.
Por isso, alertamos para os esforços empreendidos a fim de que esta ideologia passe a fazer parte do sistema educacional. Embora não tenham alcançado êxito em nível nacional, observa-se agora nova tentativa de implantação da mesma ideologia em nível municipal.
Afirmamos que a sexualidade humana não é apenas uma questão de escolha, mas de reconhecimento de uma realidade com a qual já nascemos e com a qual somos chamados a viver. Reafirmamos a importância do sexo biológico e chamamos a atenção para os riscos de se considerar as questões a ele relacionadas como apenas de escolha ou de condicionamento histórico-cultural. A sexualidade humana compreende cinco aspectos: biológico, afetivo, psicológico, espiritual e social. A negação do aspecto biológico e a ênfase apenas no aspecto afetivo são bastante reducionistas para a pessoa humana, desde a infância, sendo prejudicial à família e à sociedade.
Ratificamos a importância da diferença entre homem e mulher e recordamos que tal diversidade existe para a reciprocidade, não para o antagonismo ou a competição.
Afirmamos igualmente que a sexualidade nos foi dada para o encontro interpessoal entre homem e mulher, fundado no amor e no compromisso por uma vida a dois, no respeito e na edificação da família.
Por isso, queremos alertar para o desfoque que vem sendo gradativamente dado a conceitos fundamentais, entre eles, pessoa humana, sexualidade e família. Nestes casos, identificamos um ardiloso processo desconstrutor da identidade brasileira e desrespeitador da pessoa humana.
A escola, como extensão da família, é o lugar onde se aprendem os valores humanos mais profundos. Mutila-se o processo educativo quando se restringe a formação aos dados apenas técnicos e quando se impõem modelos de pessoa humana e de sociedade que não respeitam a diferença e a relacionalidade desejadas pelo Criador.
Por tudo isso, solicitamos que se rejeitem os fundamentos a partir dos quais estão sendo elaborados os planos municipais de educação, especificamente no que diz respeito à ideologia de gênero. Também solicitamos aos nossos vereadores que não permitam que tal ideologia seja referendada nos planos de educação de seus respectivos municípios.
Solicitamos, por fim, aos católicos que, em consciência, acompanhem mais de perto a ação legislativa daqueles a quem, pelo voto, deram o mandato de os representar e avaliem, diante de Deus, se eles efetivamente podem ser considerados seus representantes.
Como bispos da Igreja Católica, temos consciência de que não estamos falando apenas para os católicos, pois as questões aqui relacionadas dizem respeito a todas as pessoas, independentemente do credo que professem e de não professarem credo algum. A Igreja não julga quem quer que seja. O julgamento pertence a Deus e a Ele também nós, pastores, nos submetemos. No entanto, por não querermos pecar por omissão, sentimo-nos no dever de alertar. Temos plena consciência de que não estamos falando para um mundo que não mais existe nem para um tempo que já passou. Ao contrário, falamos para hoje, falamos para nós mesmos e falamos para todos os que buscam um mundo coerente com a vontade de Deus e com os sonhos de paz, justiça, respeito e comunhão, sonhos que o próprio Deus semeou em cada um de nós.
Rio de Janeiro, 26 de junho de 2015.
Orani João Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro
Presidente do Conselho Episcopal Regional Leste 1/CNBB
Dom Luciano Bergamin, CRL
Bispo de Nova Iguaçu
Vice-Presidente do Conselho Episcopal Regional Leste 1/CNBB
Dom José Francisco Rezende Dias
Arcebispo de Niterói
Secretário do Conselho Episcopal Regional Leste 1/CNBB

sábado, 27 de junho de 2015

Catequese Papa: A família vive as fragilidades da condição humana.

papa-francisco-corpoNa catequese da quarta-feira, 24 de junho, o papa Francisco prosseguiu sobre as reflexões "sobre as feridas que se abrem justamente dentro da convivência familiar". O pontífice recordou da unidade necessária para que o matrimônio gere bons frutos, como o cuidado na criação dos filhos no amor. "Na família, tudo é interligado: quando a sua alma é ferida em qualquer ponto, a infecção contagia todos", disse Francisco.
Ao final da mensagem lembrou: "Não faltam, graças a Deus, aqueles que, apoiados pela fé e pelo amor pelos filhos, testemunham a sua fidelidade a um laço no qual acreditaram, por mais que pareça impossível fazê-lo reviver".
Confira a íntegra da catequese:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Nas últimas catequeses falei da família que vive as fragilidades da condição humana, a pobreza, a doença, a morte. Hoje, em vez disso, refletimos sobre as feridas que se abrem justamente dentro da convivência familiar. Quando, isso é, na própria família se faz mal. A pior coisa!
Sabemos bem que em nenhuma história familiar faltam os momentos em que a intimidade dos afetos mais queridos é ofendida pelo comportamento dos seus membros. Palavras e ações (e omissões!) que, em vez de exprimir amor, corroem-no ou, pior, mortificam-no. Quando estas feridas, que ainda são remediáveis, são negligenciadas, elas se agravam: transformam-se em prepotência, hostilidade, desprezo. E naquele ponto podem se tornar lacerações profundas, que dividem marido e mulher e induzem a procurar compreensão, apoio e consolação em outro lugar. Mas muitas vezes esses "apoios" não pensam no bem da família!
O esvaziamento do amor conjugal difunde ressentimento nas relações. E muitas vezes a desagregação recai sobre os filhos.
Bem, os filhos. Gostaria de me concentrar um pouco sobre este ponto. Apesar da nossa sensibilidade aparentemente evoluída, e todas as nossas refinadas análises psicológicas, pergunto-me se nós não estamos anestesiados também a respeito das feridas da alma das crianças. Quanto mais se procura compensar com presentes e lanches, mais se perde o sentido das feridas – mais dolorosas e profundas – da alma. Falamos muito de distúrbios comportamentais, de saúde psíquica, de bem-estar da criança, de ansiedade de pais e filhos... Mas sabemos ainda o que é uma ferida da alma?
Sentimos o peso da montanha que esmaga a alma de uma criança, nas famílias em que se trata mal e se fala mal, até o ponto de despedaçar o laço da fidelidade conjugal? Que peso há nas nossas escolhas – escolhas erradas, por exemplo – quanto peso tem a alma das crianças? Quando os adultos perdem a cabeça, quando cada um pensa apenas em si mesmo, quando o pai e a mãe se agridem, a alma dos filhos sofre imensamente, prova um desespero. E são feridas que deixam a marca para toda a vida.
Na família, tudo é interligado: quando a sua alma é ferida em qualquer ponto, a infecção contagia todos. E quando um homem e uma mulher, que se empenharam em ser "uma só carne" e em formar uma família, pensam obsessivamente nas próprias exigências de liberdade e de gratificação, esta distorção afeta profundamente o coração e a vida dos filhos. Tantas vezes as crianças se escondem para chorar sozinhas... Devemos entender bem isso. Marido e mulher são uma só carne. Mas suas criaturas são carne de sua carne. Se pensamos na dureza com que Jesus adverte os adultos a não escandalizar os pequenos – ouvimos na passagem do Evangelho (cfr Mt 18,6) – , podemos compreender melhor também a sua palavra sobre a grave responsabilidade de proteger o laço conjugal que dá início à família humana (cfr Mt 19, 6-9). Quando o homem e a mulher se tornam uma só carne, todas as feridas e todos os abandonos do pai e da mãe incidem na carne viva dos filhos.
É verdade, por outro lado, que há casos em que a separação é inevitável. Às vezes pode se tornar até mesmo moralmente necessária, quando se trata de salvar o cônjuge mais frágil, ou os filhos pequenos, de feridas mais graves causadas pela prepotência e pela violência, das humilhações e da exploração, da indiferença.
Não faltam, graças a Deus, aqueles que, apoiados pela fé e pelo amor pelos filhos, testemunham a sua fidelidade a um laço no qual acreditaram, por mais que pareça impossível fazê-lo reviver. Não todos os separados, porém, sentem esta vocação. Nem todos reconhecem, na solidão, um apelo do Senhor dirigido a eles. Em torno de nós encontramos diversas famílias em situações consideradas irregulares – não gosto dessa palavra – e nos colocamos muitas interrogações. Como ajudá-las? Como acompanhá-las? Como acompanhá-las para que as crianças não se tornem reféns do pai ou da mãe?
Peçamos ao Senhor uma fé grande, para olhar a realidade com o olhar de Deus; e uma grande caridade, para abordar as pessoas com o seu coração misericordioso.
Fonte: Boletim da Santa Sé - Tradução: Jéssica Marçal - Canção Nova

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Reunião do Setor Vida e Família da Região Nossa Senhora dos Prazeres - Caucaia.

Realizado dia 20.06.2015, reunião do Setor Vida e Família da Região Nossa Senhora dos Prazeres, este setor da CNBB esta vinculado a Pastoral Familiar e a tem como representante em todo o Brasil.  Na ocasião reuniram-se as forças vivas que tem trabalhos junto as famílias das comunidades locais, a temática aplicada foram as catequeses do Papa Francisco sobre a família, e logo na sequência foram refletidas e debatidas pelos presentes. Estiveram presentes: Área Pastoral São Miguel (Pastoral Familiar e Legião de Maria, Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres (Pastoral Familiar e ECC), Área Pastoral Nossa Senhora de Fátima (Pastoral Social e da Criança), Paróquia São Vicente de Paulo (Pastoral Familiar), Paróquia São José operário (Pastoral Familiar), Áreas Pastoral Nossa Senhora de Fátima (Guadalajara - Terço dos Homens, Legião de Maria e Catequese), Área Pastoral Santa Terezinha (Marechal Rondon - Terço dos Homens e Pastoral da Sobriedade). Representando a Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar o casal Assessor da Região Antônio Carlos e Fátima.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Em catequese, papa Francisco diz ser preciso curar as feridas na família.


Na catequese da quarta-feira, 24 de junho, o papa Francisco prosseguiu sobre as reflexões “sobre as feridas que se abrem justamente dentro da convivência familiar”. O pontífice recordou da unidade necessária para que  o matrimônio gere bons frutos, como o cuidado na criação dos filhos no amor. “Na família, tudo é interligado: quando a sua alma é ferida em qualquer ponto, a infecção contagia todos”, disse Francisco.
Ao final da mensagem lembrou: “Não faltam, graças a Deus, aqueles que, apoiados pela fé e pelo amor pelos filhos, testemunham a sua fidelidade a um laço no qual acreditaram, por mais que pareça impossível fazê-lo reviver”.
Confira a íntegra da catequese:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Nas últimas catequeses falei da família que vive as fragilidades da condição humana, a pobreza, a doença, a morte. Hoje, em vez disso, refletimos sobre as feridas que se abrem justamente dentro da convivência familiar. Quando, isso é, na própria família se faz mal. A pior coisa!
Sabemos bem que em nenhuma história familiar faltam os momentos em que a intimidade dos afetos mais queridos é ofendida pelo comportamento dos seus membros. Palavras e ações (e omissões!) que, em vez de exprimir amor, corroem-no ou, pior, mortificam-no. Quando estas feridas, que ainda são remediáveis, são negligenciadas, elas se agravam: transformam-se em prepotência, hostilidade, desprezo. E naquele ponto podem se tornar lacerações profundas, que dividem marido e mulher e induzem a procurar compreensão, apoio e consolação em outro lugar. Mas muitas vezes esses “apoios” não pensam no bem da família!
O esvaziamento do amor conjugal difunde ressentimento nas relações. E muitas vezes a desagregação recai sobre os filhos.
Bem, os filhos. Gostaria de me concentrar um pouco sobre este ponto. Apesar da nossa sensibilidade aparentemente evoluída, e todas as nossas refinadas análises psicológicas, pergunto-me se nós não estamos anestesiados também a respeito das feridas da alma das crianças. Quanto mais se procura compensar com presentes e lanches, mais se perde o sentido das feridas – mais dolorosas e profundas – da alma. Falamos muito de distúrbios comportamentais, de saúde psíquica, de bem-estar da criança, de ansiedade de pais e filhos… Mas sabemos ainda o que é uma ferida da alma?
Sentimos o peso da montanha que esmaga a alma de uma criança, nas famílias em que se trata mal e se fala mal, até o ponto de despedaçar o laço da fidelidade conjugal? Que peso há nas nossas escolhas – escolhas erradas, por exemplo – quanto peso tem a alma das crianças? Quando os adultos perdem a cabeça, quando cada um pensa apenas em si mesmo, quando o pai e a mãe se agridem, a alma dos filhos sofre imensamente, prova um desespero. E são feridas que deixam a marca para toda a vida.
Na família, tudo é interligado: quando a sua alma é ferida em qualquer ponto, a infecção contagia todos. E quando um homem e uma mulher, que se empenharam em ser “uma só carne” e em formar uma família, pensam obsessivamente nas próprias exigências de liberdade e de gratificação, esta distorção afeta profundamente o coração e a vida dos filhos. Tantas vezes as crianças se escondem para chorar sozinhas… Devemos entender bem isso. Marido e mulher são uma só carne. Mas suas criaturas são carne de sua carne. Se pensamos na dureza com que Jesus adverte os adultos a não escandalizar os pequenos – ouvimos na passagem do Evangelho (cfr Mt 18,6) – , podemos compreender melhor também a sua palavra sobre a grave responsabilidade de proteger o laço conjugal que dá início à família humana (cfr Mt 19, 6-9). Quando o homem e a mulher se tornam uma só carne, todas as feridas e todos os abandonos do pai e da mãe incidem na carne viva dos filhos.
É verdade, por outro lado, que há casos em que a separação é inevitável. Às vezes pode se tornar até mesmo moralmente necessária, quando se trata de salvar o cônjuge mais frágil, ou os filhos pequenos, de feridas mais graves causadas pela prepotência e pela violência, das humilhações e da exploração, da indiferença.
Não faltam, graças a Deus, aqueles que, apoiados pela fé e pelo amor pelos filhos, testemunham a sua fidelidade a um laço no qual acreditaram, por mais que pareça impossível fazê-lo reviver. Não todos os separados, porém, sentem esta vocação. Nem todos reconhecem, na solidão, um apelo do Senhor dirigido a eles. Em torno de nós encontramos diversas famílias em situações consideradas irregulares – não gosto dessa palavra – e nos colocamos muitas interrogações. Como ajudá-las? Como acompanhá-las? Como acompanhá-las para que as crianças não se tornem reféns do pai ou da mãe?
Peçamos ao Senhor uma fé grande, para olhar a realidade com o olhar de Deus; e uma grande caridade, para abordar as pessoas com o seu coração misericordioso.
Fonte: Boletim da Santa Sé - Tradução: Jéssica Marçal - Canção Nova

Objetivos da Pastoral Familiar - Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Álvaro Weyne - Região Nossa Senhora da Assunção.

Realizado dia 22.06.2015, partilha sobre os Objetivos da Pastoral Familiar na paróquia Nossa Senhora de Fátima no Álvaro Weyne na Região Nossa Senhora da Assunção. Com o intuito de esclarecer sua finalidade e especificidades às forças vivas da Igreja local, e alinhamento das ações práticas aos novos agentes da Pastoral paroquial. Na ocasião presentes cerca de cinquenta e dois interessados em unir forças e planejar de forma orgânica as atividades em prol das famílias da comunidade, bem como, buscar novas metodologias favoráveis a um novo ardor missionário, a fim de viabilizar de forma natural a caminhada das famílias rumo ao reino definitivo. Representando a Comissão Arquidiocesana o Casal Fábio e Márcia.

 
 
 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Formação Imediata - Retiro de Espiritualidade - Paróquia Santa Cecília - Região Bom Jesus dos Aflitos.

Realizado dia 21.06.2015, retiro de espiritualidade dentro da programação da Preparação Imediata para o Sacramento do Matrimônio, conforme indicações da CNBB, na Paróquia Santa Cecília no Bom Jardim na Região Bom Jesus dos Aflitos. Na ocasião percebemos a alegria dos agentes pela missão e esperança, bem como, ansiedade dos noivos pela expectativa de receber as bençãos do senhor, a fim de, solidificar os laços familiares através da aliança com Deus. Após três meses de caminhada e trabalho através da preparação próxima, os irmãos realizaram um abençoado retiro com testemunhos e Adoração ao Santissímo Sacramento. Desta forma, sentimos uma enorme satisfação por parte daqueles que foram acolhidos e preparados pela Pastoral Familiar, desta forma, como pede Papa Francisco os noivos merecem não somente uma simples compreensão da atração ou do sentimento, de um momento, de um tempo breve... Requer um caminho". "O noivado é, então, um tempo de conhecimento recíproco, deve amadurecer assim como uma fruta, já que a aliança de amor entre homem e mulher para toda a vida não se faz de um dia para o outro". "Não existe o 'matrimônio expresso': é preciso trabalhar, caminhar. A aliança aprende-se e se aperfeiçoa". "O noivado amadurece até que se torne matrimônio, explicou o Papa, lembrando, inclusive, a importância da Preparação para a Vida Matrimonial e Familiar que é oferecida antes do casamento pela Pastoral Familiar e que muitos casais acreditam ser inútil. Depois, acabam reconhecendo e ficando agradecidos, pois encontram ali a ocasião para refletir sobre essa experiência". Rogamos a Cristo as bençãos aos agentes envolvidos nesta ação salvífica e pedimos a proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre todas as famílias. Representando a Comissão Arquidiocesana o Casal Coordenador Fábio e Márcia.












segunda-feira, 22 de junho de 2015

1o. e 2o. Encontros de Implantação da Pastoral Familiar na Paróquia Cristo Rei - Baturité - Região Serra.

Realizados no dia 21/06/2015, o primeiro e segundo encontros de implantação da Pastoral Familiar na Paróquia Cristo Rei - Baturité - Região Serra. Na ocasião, os agentes presentes contaram com a assessoria do Casal Rocha e Silvia da Comissão Arquidiocesana que refletiram sobre os temas: "A Situação de nossas famílias" e "Família, projeto de Deus". Rogamos a Cristo que esta implantação, contagie as demais paróquias da região Serra com relação, a abertura à Pastoral Familiar, resposta da Igreja aos problemas que afligem a família".


 
 



8o. encontro da implantação Paróquia São Vicente de Paulo - Tabapua - Região Nossa Senhora dos Prazeres.

Realizado dia 21/06/2015, o oitavo encontro de reimplantação na Paróquia São Vicente de Paulo - Tabapua - Região Nossa Senhora dos Prazeres. Na ocasião os agentes refletiram sobre o tema "A formação dos Agentes da Pastoral Familiar". Representando a comissão o Casal assessor da região Antônio Carlos e Fátima.
 

 

Dom João Bosco diz que a Pastoral Familiar é eixo transversal da evangelização.

domboscoAssembleia2015

O bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom João Bosco Barbosa de Sousa, eleito para presidir esta Comissão, durante a 53ª Assembleia Geral, abriu os trabalhos da 49º Assembleia Nacional da Pastoral Familiar. A celebração eucarística foi presidida pelo bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
Após a celebração, dom Bosco falou aos participantes da Assembleia. O bispo disse que o momento é oportuno para avaliar a caminhada a Pastoral Familiar na Igreja no Brasil, em sintonia com a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos.
"Precisamos refletir sobre os grandes desafios que a família tem vivido. Esse ano, especificamente, temos novidades, como a troca dos membros da Comissão Nacional. Por outro lado, a preocupação de trocar experiências, em vista de organizar melhor a articulação da Pastoral Familiar nos regionais, dioceses e paróquias", acrescentou.
Há dois meses na presidência da Comissão, dom João Bosco aposta no crescimento da Pastoral Familiar como um dos eixos principais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. "Esperamos aprimorar este trabalho, que deve crescer muito. Muitos ainda veem Pastoral Familiar como mais uma pastoral. Mas, precisamos pensar e agir diferente, pois a Pastoral Familiar deve um eixo transversal da ação evangelizadora, buscando diálogo com todas as outras pastorais, envolvendo todos os membros da Igreja em uma ação missionária que precisa crescer", pontua dom Bosco.
Agenda de trabalhos
A programação da Assembleia Nacional inclui a avaliação dos trabalhos desenvolvidos em 2014, Semana Nacional da Família e Semana Nacional da Vida, prestação de contas, definição do calendário para este ano, entre outras atividades.
O assessor nacional, padre Moacir Arantes, comenta que no encontro os participantes irão sugerir ideias para compor um Plano de Ação, a partir das novas Diretrizes Gerais aprovadas pela CNBB, com propostas de parcerias com outras pastorais como catequese, juventude, pastoral da criança e do idoso, entre outras.

3o. encontro de implantação na Paróquia Senhora Mãe dos Pobres - Região N. S. Conceição.

Realizado dia 19.06.2015, 3o. encontro de implantação na Paróquia Senhora Mãe dos Pobres - Região N. S. Conceição. Presentes cerca de trinta e dois agentes. Na ocasião o tema trabalhado foi "O Sacramento do Matrimônio" refletido entre o presentes que reuniram-se em três grupos de estudo para aprofundar as temáticas. Representando a Comissão Arquidiocesana o casal Fábio e Márcia.