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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Sagrada Família Santo do dia 30 de dezembro

O exemplo de Nazaré:
Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.
João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:
A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do “evangelho da família”, mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja…
A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.
Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Ele é o “Príncipe da Paz”



Despedimo-nos do ano velho, saudamos esperançosos o Ano-Novo que chega sob o olhar de Maria, Mãe de Deus, levando o Menino para ser circuncidado e para receber o nome de “Jesus”, que significa “Salvador”, símbolo da identidade de Jesus Cristo e da sua missão neste mundo.

Já é tradição celebrar, no dia 1º de janeiro de cada ano, o “Dia Mundial da Paz”. Em sua Mensagem para este dia, Bento XVI afirma que a “liberdade religiosa é caminho para a paz”. Nesse dia e sempre, somos convidados a orar mais intensamente pela paz, sobretudo pelas vítimas da violência e do terrorismo ideológico, pelas famílias e por todos os povos, onde a convicção religiosa é motivo de guerras e desavenças.

O Papa insiste em que “a liberdade religiosa autêntica é sempre coerente com a busca da verdade e com a verdade do ser humano”. Por outro lado, continua o Santo Padre: “O ser humano não pode ser fragmentado, dividido por aquilo no que crê, porque aquilo no que crê tem um impacto sobre sua vida e sobre sua pessoa”.

Enfim, “tudo o que se opõe à dignidade do ser humano, se opõe à busca da verdade e não pode ser considerado como liberdade religiosa”, escreve Bento XVI. E mais, “nunca deveria ser necessário renegar a Deus para poder gozar dos próprios direitos”.

O Dia Mundial da Paz nos leve a reproduzir em nossas atitudes as atitudes maternas de Maria, tornando-nos promotores da paz, que é obra de justiça e amor. Cultivemos, portanto, a ternura, a acolhida, a misericórdia, o respeito mútuo, a capacidade de perdoar e de amar, e seremos artífices da construção da verdadeira paz.

Imploremos ao “Senhor que nos abençoe e nos guarde! Faça brilhar sobre nós a sua face e se compadeça de nós! O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz”, hoje e ao longo do novo ano.

Na ternura do Príncipe da Paz, um feliz e abençoado Ano Novo!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Papa Francisco nomeia bispo para Sorocaba (SP) e para Crato (CE)


O papa Francisco procedeu em duas alterações no episcopado brasileiro, nesta quarta-feira, dia 28 de dezembro. De acordo com comunicado da Nunciatura Apostólica no Brasil, o pontífice acolheu o pedido de renúncia apresentado por dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, por motivo de idade, e nomeou arcebispo de Sorocaba (SP), dom Júlio Endi Akamine, atualmente bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP).
Na mesma data, o papa aceitou o pedido de renúncia do governo pastoral da diocese de Crato (CE) apresentado por dom Fernando Panico, conforme o cânon 401 §1 do Código de Direito Canônico. Em consequência, assumirá o pastoreio da Igreja particular o bispo coadjutor, dom Gilberto Pastana de Oliveira.
Novo arcebispo de Sorocaba
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Dom Julio Endi Akamine, filho do casal Guengio Akamine (falecido) e Teruco Oshiro Akamine, nasceu em 30 de novembro de 1962 em Garça (SP).
Em 1975 entrou no Seminário da Sociedade do Apostolado Católico (Palotinos), em Londrina (PR), onde completou os estudos no Seminário Menor São Vicente Pallotti. Fez o noviciado em 1979 no Seminário Rainha da Paz, Cornélio Procópio (PR). Sua primeira consagração foi a 8 de dezembro de 1980, na mesma cidade.
Cursou Licenciatura em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica (PUC), de 1981 a 1983, e Teologia no “Studium Teologicum Claretianum”, de 1984 a 1987, na arquidiocese de Curitiba (PR). Foi ordenado sacerdote em 24 de janeiro de 1988, na cidade de Cambé (PR).
Obteve o Mestrado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1993 a 1995) e Doutorado na mesma Universidade (2001 a 2005).
Como sacerdote palotino desempenhou a função de vigário paroquial, pároco e reitor do Seminário Mario Palotino, em Curitiba. Também foi assessor da Organização dos Seminários e e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (Osib) no regional Sul 2 da CNBB. Entre outras funções, atuou como diretor do período introdutório da Província Regina Apostolorum, na Itália (2003-2004). 
No período de 1996 a 2001 e de 2005 a 2011, foi professor de teologia no Studium Theologicum, em Curitiba, onde lecionou as matérias de Teologia Sacramentária Geral, Sacramentos da Iniciação Cristã, Eclesiologia, Trindade, Introdução à Teologia e Teologia Fundamental.
Foi reitor Provincial da Província Palotina São Paulo Apóstolo, com sede na capital paulista, de 2008 a 2011, quando foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, em 4 de maio daquele ano. Sua ordenação episcopal foi em 9 de julho.
Dom Júlio é referencial da Pastoral da Educação.
Bispo de Crato
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Natural de Boim (PA), dom Gilberto Pastana nasceu em 29 de julho de 1956. Tendo sido ordenado presbítero em 27 de julho de 1985, em Santarém (PA), foi nomeado bispo de Imperatriz (MA) em 03 de agosto de 2005 e escolheu o lema episcopal “Venha o teu reino”. É mestre em Teologia, com especialização em Teologia Espiritual, no Teresianum, em Roma, Itália.
Na trajetória antes do episcopado, dom Gilberto atuou como vigário paroquial, reitor de seminário, coordenador diocesano de pastoral. Foi coordenador do departamento de Filosofia e Teologia no Instituto de Pastoral Regional (Ipar), em Belém (PA), e diretor da Rede Vida de Televisão, de 2000 a 2005.
Fotos: Site oficial da CNBB

Na última catequese de 2016, Papa fala do exemplo de fé de Abraão

Dando sequência ao ciclo de reflexões sobre a esperança cristã, o Papa Francisco fez nesta quarta-feira, 28, a última catequese de 2016. O Santo Padre se concentrou na fé de Abraão, exemplo que indica um caminho de fé e de esperança.
Abraão era firme na esperança contra toda a esperança, lembrou o Papa citando as palavras de São Paulo. Por mais que não houvesse esperança, uma vez que era idoso e sua esposa estéril, acreditou na Palavra de Deus, que o prometeu um filho. Assim, Abraão se colocou em caminho e se abriu à esperança, acreditando no impossível, indo além da sabedoria e prudência do mundo.
“A esperança abre novos horizontes, torna capaz de sonhar aquilo que não é nem imaginável. A esperança faz entrar na escuridão de um futuro incerto para caminhar na luz. É bela a virtude da esperança; nos dá tanta força para caminhar na vida”.
Francisco reconheceu que esse é um caminho difícil; não foi fácil para Abraão abandonar tudo, ver o tempo passar e o filho não chegar. Abraão não perdeu a paciência, disse o Papa, mas se lamentou com Deus, o que também é uma forma de rezar. O patriarca experimentou a escuridão da desilusão, do desencorajamento, sentiu-se sozinho, mas apesar de tudo, continuou acreditando em Deus e esperando que algo pudesse acontecer.
“A fé não é só silêncio que tudo aceita sem replicar, a esperança não é certeza que te coloca a salvo da dúvida e da perplexidade. Tantas vezes, a esperança é escuridão, mas está ali, a esperança que te leva adiante”.
Francisco notou que Abraão, quando se dirigia a Deus, não pedia um filho, mas pediu que Deus o ajudasse a continuar esperando. “É esta a fé, este o caminho da esperança que cada um de nós deve percorrer (…) A esperança não desilude”.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Santo do dia: São João Evangelista

São João Batista, com sua pregação e seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja

O nome deste evangelista significa: “Deus é misericordioso”: uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.
Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como “o discípulo que Jesus amava”. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s).
Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa “filho do trovão”.
João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.
O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.
Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.
São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.
Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.
Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.
Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).
Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.
São João Evangelista, rogai por nós!

domingo, 25 de dezembro de 2016

Mensagens de Natal para a Família

Natal

Que é o Natal senão um misto de amizade e amor.
Amor repartido pela família, pelos amigos, por todos aqueles que estão connosco, em todos os momentos da nossa vida, bons e maus, que se regozijam com a nossa felicidade e se entristecem com a nossa desventura. 
Em suma Natal é amor, carinho e também tristeza pelo sentimento de perda, ausência de entes queridos falecidos.
Amor e dor que nos transportam à alegria e às lágrimas, à antítese da vida.
Vivamos pois rodeados de quem nos faz feliz e afastados dos espíritos cruéis.
Urge reproduzir o espírito de Natal aos outros 11 meses do ano e erradicar a pobreza e a guerra, senão a bélica, pelo menos a guerra interior dos nossos corações.
Feliz Natal!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Papa Francisco: a importância do presépio, porque é tão importante parar e olhar para o presépio

 Papa Francisco falou  sobre a esperança trazida pelo Natal e a importância de contemplar o presépio.
Quando se fala de esperança, quase sempre pensamos em algo que não é visível, pois o que esperamos vai além de nossas forças e perspectivas, disse. Mas o Natal de Cristo nos fala de uma esperança diferente: visível e compreensível, porque se fundamenta em Deus:
“Ele entra no mundo e nos doa a força de caminhar com Ele, em Jesus, rumo à plenitude da vida. Para o cristão, esperar significa a certeza de estar em caminho com Cristo rumo ao Pai, que nos aguarda. Esta esperança, trazida pelo Menino Jesus, oferece uma meta, um destino bom para o presente: a salvação da humanidade e as bem-aventuranças a quem se entrega a Deus misericordioso. Como resume São Paulo, ‘Na esperança fomos salvos’”.
Papa interpela os presentes sobre a esperança
Podemos nos perguntar: “Eu caminho na esperança ou a minha vida inteira é parada, fechada? Meu coração está numa gaveta fechada ou aberta à esperança que me faz caminhar, com Jesus?
A partir daí, Francisco falou aos fiéis da tradição de preparar o presépio em nossas casas e de alguns de seus protagonistas, começando pelo cenário: Belém.
“Pequena aldeia da Judeia, Belém não é uma capital e por isso, foi preferida pela providência divina, que ama agir através dos pequenos e humildes. Jesus nasce no lugar aonde a esperança de Deus e a do homem se encontram”.
Maria e José, que acreditaram
Depois, Francisco convidou a olharmos para Maria, Mãe da esperança, que com o seu ‘sim’ abriu a Deus a porta do nosso mundo. Escolhida por ele, acreditou em sua palavra. A seu lado, José, que também acreditou na palavra do anjo. Aquele Menino nascido na manjedoura vinha do Espírito Santo; em Jesus, estava a esperança para todos os homens, porque mediante aquele filho, Deus salvaria a humanidade da morte e do pecado.
“Por isso – acrescentou o Papa, improvisando – é importante olhar o presépio. Parar um pouco e olhar. E ver quanta esperança existe nestas pessoas”.
A simplicidade que transparece no presépio.
No presépio, estão os pastores, representando os humildes e os pobres, que naquele Menino veem a realização das promessas e esperam a salvação de Deus, finalmente, para cada um deles.
“Quem confia nas próprias seguranças, principalmente materiais, não aguarda a salvação de Deus. Os pequenos, ao invés, esperam nele e se alegram quando reconhecem naquele Menino o sinal indicado pelos anjos”.
Precisamente o coro dos anjos – completou o Papa – anuncia, do alto, o grande desígnio que aquele Menino realiza: ‘Glória a Deus no alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados’. A esperança cristã se expressa no louvor e no agradecimento a Deus, que inaugurou seu Reino de amor, justiça e paz,
Terminando, o Pontífice disse: “Cada ‘sim’ a Jesus que vem é uma semente de esperança. Bom Natal de esperança a todos!”.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Santa Francisca Xavier Cabríni, a heroína dos tempos modernos

Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus
Chamada por Pio XII de “heroína dos tempos modernos”, Santa Francisca nasceu em Sant’Angelo de Lódi, na Lomabardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.
Aos 11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.
Exerceu durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e durante três anos dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.
Após isso, Santa Francisca transladou-se à “Casa da Providência” em Codogno, a fim de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e a partir disso, em meio a grandes tribulações e sofrimentos, ela encontrou as sete primeiras companheiras de sua futura Obra.
Três anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de 1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação episcopal. Francisca contava então 30 anos.
Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.
Em 1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas fechadas até que, com fé, simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal Vigário para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um asilo infantil na Sabina, em Aspra.
O problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo de Placença, Mons. Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora não se decidia a responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: “Não ao Oriente mas ao Ocidente”. E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.
Quase aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda parte conhecida como a “Mãe dos emigrados”. Ia de casa em casa, a procura da ovelha perdida, do enfermo e da criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome, as enfermidades e a própria morte.
Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e que em 1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.
A fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que logo após a morte se começasse o processo da sua beatificação, que veio a se realizar em 1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.
Santa Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Qual o verdadeiro significado do Natal?

 O verdadeiro significado do Natal é o amor. João 3:16-17 diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." O verdadeiro significado do Natal é a celebração deste ato de amor incrível.

A verdadeira história do Natal é a história de Deus se tornando um ser humano na Pessoa de Jesus Cristo. Por que Deus fez isso? Porque Ele nos ama! Por que o Natal foi necessário? Porque precisávamos de um Salvador! Por que Deus nos ama tanto? Porque Ele é o próprio amor (1 João 4:8). Por que celebramos o Natal a cada ano? Como gratidão pelo que Deus fez por nós, lembramo-nos do Seu nascimento através da troca de presentes, quando o adoramos e ao sermos especialmente conscientes dos pobres e dos menos afortunados.

O verdadeiro significado do Natal é o amor. Deus amou os Seus e forneceu uma maneira -- a única maneira -- para passarmos a eternidade em Sua presença. Ele deu o Seu único Filho para carregar em nosso lugar a punição por nossos pecados. Jesus pagou o preço por completo e, quando aceitamos esse dom gratuito do amor, somos livres da condenação. "Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5:8).

domingo, 18 de dezembro de 2016

Missa de Ação de Graças pelo Envio da Pastoral Familiar da Paróquia São José no bairro Passaré

Realizada dia 18.12.16, ás 17h, na paróquia São José , bairro Passaré da região Nossa Senhora da Conceição, missa de Ação de Graças pelo Envio da Pastoral Familiar.  O Pároco Padre Luciano e o Vigário Padre Francisco incentivaram e motivaram os agentes, pela Implantação da Pastoral Familiar em sua área, felicitando-os e agradecendo a presença de todos. O casal coordenador da pastoral Familiar de Fortaleza, comentaram a leitura das preces e reforçaram o convite aos presentes para fazerem a opção pelo engajamento pastoral. Compareceram os agentes da Comissão Arquidiocesana , Fábio e Márcia, Fontenele e Margareth, Rocha e Sílvia, Cláudio Reges e Raquel.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Reunião Episcopal Região Nossa Senhora da Conceição

Aconteceu no dia dezessete de dezembro ás 8h, Reunião Episcopal, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do bairro Mondubim. Representando a Pastoral Familiar da região Nossa Senhora da Conceição o casal assessor Cláudio Reges e Raquel. A reunião deu início com a presença do Vigário Episcopal, Padre Élio, e  com a presença de outros párocos e agentes de pastorais. Foram apresentadas as atividades dos meses mais recentes e algumas atividades a serem  realizadas no ano de 2017. A reunião foi concluída em um clima de muita espiritualidade e Paz. 


Reunião Episcopal da Região Nossa Senhora da Assunção

Aconteceu no dia dezessete de dezembro ás 8h. Reunião Episcopal da região Nossa Senhora da Assunção, no Santuário, onde foram feitas as avaliações de 2016 e colocadas as propostas para 2017. Presentes vários párocos e também agentes de pastorais. O casal assessor da região Ceza e Rosilene se fizeram presentes na reunião, onde foi finalizada com um almoço de confraternização entre os presentes e votos de um Feliz Natal.


Papa celebrará seus 80 anos com Missa e “dia normal”

Um dia “normal”. Assim o Papa Francisco vai celebrar seu aniversário de 80 anos neste sábado, 17. Neste dia especial, o Papa será acompanhado em oração por tantas pessoas que puderam lhe enviar os parabéns este ano pela internet, através de e-mail disponível em vários idiomas.
Por ocasião do aniversário do Papa, a Rádio Vaticano conversou com o substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu, um dos colaboradores próximos de Francisco. Além de deixar seus parabéns para o Papa, ele conta como Francisco vive seu cotidiano e o dia de seu aniversário, sempre com atenção ao próximo. Confira a entrevista:
Dom Becciu – Dar os parabéns ao Papa…deve sair do coração; além daquelas felicitações formais, de boa saúde – desejamos a ele, de coração, claro, boa saúde – eu direi o desejo de que mantenha esta alegria que manifesta e que emana continuamente dele. Penso que este é o voto que quero lhe fazer: que com o passar dos anos, mantenha sempre este estilo alegre, esta maneira de comunicar ao povo e que ajuda todos a dar passos adiante na vida espiritual.
Desde os anos em que era arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio sempre viveu o seu aniversário com sobriedade e o vemos também nesta ocasião, pensando mais nos outros que em si mesmo. Para o senhor, há um ensinamento? Ele nos dá um ensinamento nisso, o estilo do Papa, também em ocasião do seu aniversário?
Dom Becciu – É tudo coerência. É coerência com o seu estilo de vida e, portanto, também celebrar o aniversário, sabemos disso. Para ele, amanhã, de extraordinário tem a Missa que celebrará com os cardeias e depois continua – ele me dizia outro dia – um “dia normal”. A lição que dá a nós todos é que devemos dar verdadeira importância às coisas essenciais da vida e às coisas essenciais do Evangelho. Não deve haver ocasiões para exaltar – ao menos me parece que esta seja a “lição” do Papa – a nós mesmos, nós padres, nós consagrados, diria nós cristãos: não devem haver ocasiões para exaltarmos a nós mesmos, mas nos dedicarmos ao serviço do Evangelho, nós somos instrumentos deste desígnio de Deus. Parece-me que seja isso: a sobriedade da vida, demos importância às coisas realmente essenciais.
O Papa completa 80 anos: em tantas ocasiões colocou e continua a colocar destaque sobre a importância da aliança entre jovens e idosos. Como explica que justamente um homem idoso de idade como é o Santo Padre – talvez idoso somente de idade, devemos acrescentar – seja tão ouvido e seguido pelos jovens, como ponto de referência?
Dom Becciu – Esta é uma bela pergunta! É uma bela pergunta porque nos coloca interrogações: como o Papa consegue comunicar-se com os jovens? Eu darei uma resposta. Antes de tudo, é um homem direto: sabe falar com os jovens, mas sabe falar aos jovens porque comunica ideais. Os jovens percebem quem comunica apenas coisas vagas, palavras vazias e quem, em vez disso, tem propostas fortes na vida. Ele as propõe porque quando fala com os jovens desencadeia um sentimento, um sentimento especial, justamente porque o Papa remonta ao Evangelho e fala do Evangelho, fala de coisas essenciais e radicais. Nisso é um líder, nisso conquista a admiração dos jovens porque – repito – veem nele um homem que fala ao coração, mas fala ao coração dando propostas verdadeiras, sinceras. Parece-me que seja assim, os jovens são assim: ou você fala com eles de modo verdadeiro ou você os perde.  
O senhor tem uma relação de colaboração cotidiana com o Santo Padre. Há coisa que fazem o Papa se irritar? E, em vez disso, o que o deixa mais alegre, segundo a sua experiência?
Dom Becciu – Irritá-lo….não sei. Eu o vi poucas vezes, quase nunca, irritado. Certamente triste, certamente desgostoso quando há notícias negativas e quando vê certos comportamentos que não são lineares, sobretudo falo de pessoas que deveriam dar testemunho evangélico e não o fazem….Estas coisas sim, deixam-no triste. Mas ontem, me parece, dizia: “Pecadores, sim, todos somos” e ele tem uma grande atitude misericordiosa para com quem erra, se sente mortificado pelo erro, arrependido, mas não tolera os corruptos, diz ele, isso é, aqueles que realmente com alma má fazem o mal, instrumentalizam as coisas sagradas para exaltar a si mesmo, para alcançar objetivos não nobres e aceitáveis. Isto sim. Do seu caráter, o que me agrada? São tantos aspectos: ele é muito simples e sabe deixar à vontade as pessoas que o encontram; se interessa pelas pequenas coisas; ele destaca muitas vezes a ternura: é terno com as pessoas, basta ver como sabe estar com as crianças…mas, com todas as pessoas! Se sabe que uma pessoa está sofrendo, está próximo a ela, procura-a, telefona….Enfim, é fácil lidar com um Papa assim!
Por último, o aniversário do Papa é justamente quando se aproxima o Natal do Senhor. Qual é o presente que lhe parece que o agradaria mais, neste tempo forte do ano, e também poucos dias depois do fim do Jubileu da Misericórdia?
Dom Becciu – Penso que o presente mais belo seria saber que os focos de guerra se extinguiram, talvez; e é um presente que devemos pedir para o Natal. Depois, outro presente é que os cristãos se empenhem em dar vida à misericórdia, portanto, que o Ano da Misericórdia não se reduza a um simples parêntese, mas seja um impulso para um novo estilo de vida pessoal e também eclesial. E depois, outro presente, o que poderia ser? Talvez ver todos um pouco mais alegres, em torno dele, por receber essa mensagem de alegria, por serem portadores da alegria!


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Faleceu o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns

Faleceu hoje, dia 14 de dezembro de 2016, às 11:45, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo, que entregou sua vida a Deus, depois de tê-la dedicado generosamente aos irmãos neste mundo.
Louvemos e agradeçamos ao “Altíssimo, onipotente e bom Senhor” pelos 95 anos de vida de Dom Paulo, seus 76 anos de consagração religiosa, 71 anos de sacerdócio ministerial, 50 de episcopado e 43 anos de cardinalato.
Glorifiquemos a Deus pelos dons concedidos a Dom Paulo, e que ele soube partilhar com os irmãos. Louvemos a Deus pelo testemunho de vida franciscana de Dom Paulo e pelo seu engajamento corajoso na defesa da dignidade humana e dos direitos inalienáveis de cada pessoa.
Agradeçamos a Deus por seu exemplo de Pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos, pobres e aflitos. Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto da sua esperança junto de Deus!
Convido todos a elevarem preces de louvor e gratidão a Deus e de sufrágio em favor do falecido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. Convido também a participarem do velório e dos ritos fúnebres que serão realizados na Catedral Metropolitana de São Paulo.
Na festa de São João da Cruz,
São Paulo, 14 de dezembro.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo metropolitano de São Paulo. 
Biografia
Dom Paulo Evaristo Arns O.F.M. nasceu em Forquilhinha (SC) em 14 de setembro de 1921.  Era o quinto de treze filhos do casal Gabriel Arns e Helena Steiner, descendentes de imigrantes alemães.
Três de suas irmãs são freiras e um irmão pertence à Ordem dos Frades Menores. Dona Zilda Arns, morta no terremoto do Haiti em 2010, era uma de suas irmãs.
Estudos
Realizou seus estudos fundamentais em Forquilhinha. Mais tarde ingressou no Seminário Seráfico São Luís de Tolosa, em Rio Negro (PR). Em 1940, entrou no noviciado, em Rodeio (SC). Posteriormente cursou Filosofia em Curitiba e Teologia em Petrópolis.
Ordenação sacerdotal
Foi ordenado sacerdote em Petrópolis em 30 de novembro de 1945, pelo Arcebispo de Niterói Dom José Pereira Alves. Ali exerceu seu ministério por dez anos junto aos mais desfavorecidos. Contemporaneamente lecionou no Teologado Franciscano e na Universidade Católica de Petrópolis.
Mais tarde, cursou Letras na Universidade Sorbonne, em Paris, onde se doutorou em 1952. Ao retornar ao Brasil lecionou nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de Agudos e Bauru. Mais tarde voltou á Petrópolis, onde continuou seu trabalho junto aos mais necessitados.
Ordenação Episcopal
Em 2 de maio de 1966, aos 44 anos, foi eleito Bispo titular de Respecta e auxiliar de São Paulo, recebendo a ordenação em 3 de julho de 1966, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Forquilhinha, sendo sagrante principal o Arcebispo de São Paulo, Dom Agnelo Rossi, e consagrantes Dom Anselmo Pietrulla OFM, então Bispo de Tubarão, e Dom Honorato Piazera SCI, então Bispo coadjutor de Lages.
No dia 22 de outubro de 1970, foi nomeado por  Paulo VI como Arcebispo Metropolitano de São Paulo, tomando posse em 1º de novembro de 1970. Exerceu o cargo até 15 de abril de 1998, quando renunciou, por limite de idade. Desde então detinha o título de Arcebispo-emérito de São Paulo.
Tinha por lema inscrito em seu brasão "EX SPE IN SPEM" (De Esperança em Esperança).
Cardinalato
Dom Paulo foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI no Consistório de 5 de março de 1973, passando a ser Cardeal-presbítero de Santo Antônio de Pádua, na Via Tuscolana.
Como Cardeal eleitor participou dos Conclaves de agosto e de outubro de 1978. Participou também, como não-votante, dos Conclaves de 2005 e de 2013. Em 9 de julho de 2012 tornou-se o Protopresbítero do Colégio dos Cardeais, por ser aquele que há mais tempo foi elevado à dignidade cardinalícia entre todos os cardeais-presbíteros, sendo também o mais antigo de todos os membros do Colégio Cardinalício.
Ação Pastoral
A ação pastoral de Dom Paulo foi voltada aos habitantes da periferia e trabalhadores, à formação de Comunidades Eclesiais de Base nos bairros. Sua forte atuação o levou a ser conhecido como “o Cardeal dos Direitos Humanos”, tendo sido o fundador da Comissão Justiça e Paz de São Paulo.
Durante a ditadura militar, na década de 1970, notabilizou-se na luta pelo fim das torturas e restabelecimento da democracia no país. Ao lado do pastor presbiteriano Jaime Wright, coordenou o projeto Brasil Nunca Mais, que reuniu documentos onde era denunciada a prática de crimes cometidos por agentes de Estado contra presos políticos. Na obra são relatados métodos de tortura e acusações ilegais. Em 1972, criou a Comissão Brasileira Justiça e Paz, que articulou denúncias contra abusos do regime militar.
Enquanto Arcebispo de São Paulo instituiu novas regiões episcopais (divisões da Arquidiocese de São Paulo) e quarenta e três novas paróquias.] Incentivou a Pastoral da Moradia e a Pastoral Operária.
Em 22 de maio de 1977 recebeu o título de "Doutor Honoris Causa" (juntamente com o presidente norte-americano Jimmy Carter) da Universidade de Notre Dame, Indiana, Estados Unidos. A distinção, concedida também ao Cardeal Kim da Coreia do Sul e ao Bispo Lamont da Rodésia, deveu-se ao seu empenho em prol dos direitos humanos.
Em 3 de junho de 1980 recebeu , em São Paulo o Papa João Paulo II. Em 30 de novembro de 1984 inaugurou a Biblioteca Dom José Gaspar.
Em 1985, com a ajuda de sua irmã, a pediatra Zilda Arns Neumann, implantou a Pastoral da Criança.
Em 1989 a Arquidiocese de São Paulo, por decisão do Papa João Paulo II, teve seu território reduzido com a criação das novas Dioceses: Osasco, Campo Limpo, São Miguel Paulista e Santo Amaro.
Em 1992, Dom Paulo criou o Vicariato Episcopal da Comunicação, com a finalidade de fazer a Igreja estar presente em todos os meios de comunicação. Em 22 de fevereiro de 1992 inaugurou uma nova residência destinada aos padres idosos, a Casa São Paulo, ano em que também criou a Pastoral dos Portadores de HIV. Em 1994 criou o Conselho Arquidiocesano de Leigos.
Em 1996, ao completar 75 anos, apresentou renúncia ao Papa João Paulo II por limite de idade. Desde então tornou-se Arcebispo emérito de São Paulo, sendo substituído por Dom Frei Cláudio Cardeal Hummes.