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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Bispo explica quando evitar filhos deixa de ser pecado 

Dom Petrini, bispo referencial da Pastoral Familiar no Brasil, explica quando o “fechamento” à vida deixa de ser pecado grave para se tornar paternidade responsável.


Dom João Carlos Petrini / Foto: Arquivo
A abertura à vida é considerada, pela Igreja, um aspecto fundamental e necessário no matrimônio. A terceira parte do documento de trabalho do Sínodo dos Bispos sobre a Família, apresentado no ano passado, aponta alguns dos desafios pastorais acerca deste tema.
A mentalidade atual que propõe o fechamento à vida entre os casais é um dos desafios enumerados. 
Fechamento à vida x pecado grave
Dom Petrini também esclarece quando o “fechamento” à vida se torna um pecado grave e quando passa a ser uma forma de paternidade responsável, como referiu o Papa Francisco, recentemente.

Entenda:  Clique Aqui
Como motivar as famílias para geração de filhos?
Outro desafio apresentado pelo documento de trabalho do Sínodo dos Bispos sobre a Família é buscar meios para motivar os casais para terem filhos. Considerando o desinteresse por parte de muitas famílias contemporâneas pela vida, Dom Petrini sugere algumas dicas para incentivar os casais à abertura à vida.

Ouça:   Clique Aqui

Os estudos realizados na Assembleia Sinodal serão retomados e aprofundados na 14ª Assembleia do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 4 a 25 de outubro de 2015, com o tema “A vocação e a missão da família na Igreja, no mundo contemporâneo”.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Formação sobre família e caridade na Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Pajuçara - Região Sagrada Família.

Realizada dia 22.02.2015, formação sobre "família e caridade" na Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Pajuçara - Região Sagrada Família. Na ocasião, antecedendo a partilha sobre o tema principal, os envolvidos promoveram um sublime momento de espiritualidade e no encerramento a participação de todos na maior oração do católico que é Santa Missa, presidida pelo Pároco Padre Lucas, que motivou os agentes da Pastoral Familiar na caminhada de evangelização junto as famílias da comunidade. Representando a Comissão Arquidiocesana o Casal Coordenador Fábio e Márcia.



Comissão apresenta subsídios da Semana da Família e da Vida.

subsidiosOs subsídios "Hora da Família" e "Hora da Vida" são produzidos pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), com a proposta de animar as famílias ao encontro fraterno, de partilhas e reflexão sobre os ensinamentos e valores cristãos acerca da vida e da família.
O "Hora da Família" e "Hora da Vida" estarão disponíveis simultaneamente. O objetivo é motivar as comunidades para celebrar intensamente, em todo o Brasil, a Semana Nacional da Família, de 9 a 15 de agosto, e a Semana Nacional da Vida, de 1º a 7 de outubro, que culminará com o Dia do Nascituro, dia 8.
Temas de reflexão
A edição 2015 do "Hora da Família" está em sintonia com o tema do Encontro Mundial das Famílias, que ocorrerá no mês de setembro, na Filadélfia. Propõe para reflexão "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva" e traz na capa do subsídio uma imagem do papa Francisco rodeado de crianças alegres com balões, celebrando a família.
O "Hora da Vida" traz como tema de reflexão "O Evangelho da Vida: Anunciar, Celebrar e Servir", propondo sete encontros, com diferentes abordagens sobre a celebração da Vida. O subsídio recorda também os 20 anos da Encíclica Evangelium Vitae, de São João Paulo II.

Catequese papa: "Não privemos as nossas famílias da beleza da experiência fraterna de filhos".

papa-familias"A quebra do vínculo entre irmãos é uma coisa bruta e má para a humanidade. Também em família, quantos irmãos brigam por coisas pequenas, ou por uma herança e depois não se falam mais, não se saúdam mais. Isto é ruim!", disse o papa Francisco, em catequese, na Quarta-feira de Cinzas, 18. O pontífice falou da vocação do irmão e da irmã na família. Dando continuidade às catequeses sobre a família, ele apresentou reflexão sobre a passagem bíblica de Caim e Abel e chamou atenção para as relações dolorosas de conflito, de traição, de ódio entre irmãos.
Ao final da catequese, o papa sugeriu para que todos rezem por seus irmãos. "Em silêncio cada um de nós, pensemos nos nossos irmãos, nas nossas irmãs e em silêncio do coração rezemos por eles", disse.
Confira a íntegra da mensagem:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia.
No nosso caminho de catequeses sobre família, depois de ter considerado o papel da mãe, do pai, dos filhos, hoje é a vez dos irmãos. "Irmão" e "irmã" são palavras que o cristianismo ama muito. E, graças à experiência familiar, são palavras que todas as culturas e todas as épocas compreendem.
A ligação fraterna tem um lugar especial na história do povo de Deus, que recebe a sua revelação no vivo da experiência humana. O salmista canta a beleza da ligação fraterna: "Eis como é belo e como é doce que os irmãos vivam juntos!" (Sal 132, 1). E isto é verdade, a fraternidade é bonita! Jesus Cristo levou à sua plenitude também esta experiência humana de ser irmãos e irmãs, assumindo-a no amor trinitário e potencializando-a de forma que vá bem além das ligações de parentesco e possa superar todo muro de estranheza.
Sabemos que quando a relação fraterna se arruína, quando se arruína as relações entre irmãos, se abre o caminho a experiências dolorosas de conflito, de traição, de ódio. A passagem bíblica de Caim e Abel constitui o exemplo deste êxito negativo. Depois do assassinato de Abel, Deus pergunta a Caim: "Onde está Abel, o teu irmão?"(Gen 4,9a). É uma pergunta que o Senhor continua a repetir a cada geração. E, infelizmente, não cessa de se repetir também a dramática resposta de Caim: "Não sei. Sou talvez eu o protetor do meu irmão?" (Gen 4,9b). A quebra do vínculo entre irmãos é uma coisa bruta e má para a humanidade. Também em família, quantos irmãos brigam por coisas pequenas, ou por uma herança e depois não se falam mais, não se saúdam mais. Isto é ruim! A fraternidade é uma coisa grande, quando se pensa que todos os irmãos habitaram o ventre da mesma mãe durante nove meses, vêm da mesma carne da mãe! E não se pode romper a fraternidade. Pensemos um pouco: todos conhecemos famílias que têm irmãos divididos, que brigaram; peçamos ao Senhor por estas famílias – talvez na nossa família há alguns casos – que os ajude a reunir os irmãos, a reconstituir a família. A fraternidade não deve ser rompida e quando se rompe acontece o que aconteceu com Caim e Abel. Quando o Senhor pergunta a Caim onde está o seu irmão, ele responde: "Mas, eu não sei, a mim não importa o meu irmão". Isto é bruto, é uma coisa muito dolorosa de ouvir. Nas nossas orações sempre rezemos pelos irmãos que se dividiram.
A ligação de fraternidade que se forma em família entre os filhos, se acontece em um clima de educação à abertura aos outros, é a grande escola de liberdade e de paz. Na família, entre irmãos, se aprende a convivência humana, como se deve conviver em sociedade. Talvez nem sempre somos conscientes disso, mas é justamente a família que introduz a fraternidade no mundo! A partir dessa primeira experiência de fraternidade, alimentada pelos afetos e pela educação familiar, o estilo de fraternidade se irradia como uma promessa sobre toda a sociedade e sobre relações entre os povos.
A benção que Deus, em Jesus Cristo, derrama sobre este vínculo de fraternidade o dilata de um modo inimaginável, tornando-o capaz de ultrapassar toda diferença de nação, de língua, de cultura e até mesmo de religião.
Pensem o que se torna a ligação entre os homens, mesmo muito diferentes entre eles, quando podem dizer do outro: "Este é como um irmão, esta é como uma irmã para mim!". Isso é belo! A história mostrou o suficiente que, mesmo a liberdade e a igualdade, sem fraternidade, podem se encher de individualismo e de conformismo, também de interesse pessoal.
A fraternidade em família resplandece de modo especial quando vemos a preocupação, a paciência, o afeto de que são circundados o irmãozinho ou a irmãzinha mais frágil, doente ou portador de necessidades especiais. Os irmãos e irmãs que fazem isso são muitos, em todo o mundo, e talvez não apreciamos o suficiente sua generosidade. E quando ou irmãos são tantos na família – hoje, cumprimentei uma família que tem nove filhos – o maior ou a maior ajuda o pai, a mãe a cuidar do menor. E é bonito este trabalho de ajuda entre os irmãos.
Ter um irmão, uma irmã que te quer bem é uma experiência forte, impagável, insubstituível. Do mesmo modo acontece para a fraternidade cristã. Os menores, os mais frágeis, os mais pobres devem nos sensibilizar: têm "direito" de nos tomar a alma e o coração. Sim, esses são nossos irmãos e como tais devemos amá-los e cuidar deles. Quando isso acontece, quando os pobres são como de casa, a nossa própria fraternidade cristã retoma a vida. Os cristãos, de fato, vão ao encontro dos pobres e frágeis não para obedecer a um programa ideológico, mas porque a palavra e o exemplo do Senhor nos dizem que todos somos irmãos. Este é o princípio do amor de Deus e de toda justiça entre os homens. Sugiro a vocês uma coisa: antes de terminar, faltam poucas linhas, em silêncio cada um de nós, pensemos nos nossos irmãos, nas nossas irmãs e em silêncio do coração rezemos por eles. Um instante de silêncio.
Bem, com essa oração levamos todos, irmãos e irmãs, com o pensamento, com o coração, aqui na praça para receber a benção.
Hoje, mais do que nunca, é necessário levar de volta a fraternidade ao centro da nossa sociedade tecnocrática e burocrática: então também a liberdade e a igualdade tomarão suas corretas entonações. Por isso, não privemos as nossas famílias da beleza de uma ampla experiência fraterna de filhos e filhas. E não percamos a nossa confiança na amplitude de horizonte que a fé é capaz de trazer desta experiência, iluminada pela benção de Deus.
CNPF/CNBB com News.va.

" Que Ressurreição alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social', disse o papa Francisco.


familia2014Por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade 2015, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Quarta-feira de Cinzas, 18, o papa Francisco enviou mensagem, na qual destaca que o tempo quaresmal é propício para a vivência dos sentimentos de fraternidade e cooperação.
No texto, o papa Francisco fala da importância da contribuição da Igreja no respeito à laicidade do Estado, sem esquecer a autonomia das realidades terrenas, conforme motiva a Doutrina Social, em vista do bem do ser humano. "Cada um deve fazer a sua parte, começando pela minha casa, no meu trabalho, junto das pessoas com que me relaciono. E de modo concreto, é preciso ajudar aqueles que são mais pobres e necessitados", disse Francisco.
Ao final da mensagem, o papa cita, ainda, o lema da CF 2015, "Eu vim para servir", recordando as palavras de Jesus. "Queridos irmãos e irmãs, quando Jesus nos diz 'Eu vim para servir', no ensina aquilo que resume a identidade do cristão: amar servindo. Por isso, faço votos que o caminho quaresmal deste ano, à luz das propostas da Campanha da Fraternidade, predisponha os corações para a vida nova que Cristo nos oferece, e que a força transformadora que brota da sua Ressurreição alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural e fortaleça em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. A todos e a cada um, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, envio de todo coração a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim", disse.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Objetivos da Pastoral Familiar na Paróquia São Benedito - Centro - Região São José.

Realizada formação dia 08.02.2015, sobre os "Objetivos da Pastoral Familiar" na Paróquia São Benedito - Centro - Região São José. Na ocasião, deu-se início nas atividades com momento sublime de oração, diante do Santíssimo Sacramento, muito bem conduzida pelo Padre Jackson que acolheu a todos de forma paterna e fraternal, deixando os envolvidos a vontade para a manhã de partilha e aprendizado. Entre os presentes, havia paroquianos com intuito de conhecer as especificidades desta pastoral, a fim de decidir-se pelo engajamento pastoral. Rogamos a Cristo pelos frutos desta Pastoral, que é resposta da Igreja aos problemas que afligem a família. Representando a Comissão Arquidiocesana o Casal Coordenador Fábio e Márcia e o assessor da região Rocha.



“MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015″.


Todos os meses este espaço é dedicado à Palavra do Pastor. Estamos para viver mais uma vez, pela graça de Deus, o tempo oportuno da Quaresma: tempo de conversão, de salvação.
Penso que nada é mais justo, neste mês deixar minha palavra de lado e dar espaço à palavra do Santo Padre Francisco. Todos nós abriremos nosso coração para elas, que nos chamam a fortalecer os corações no Amor de Deus.
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano
                                                                                                                                               domjose200
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015
“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5, 8)
papa-francisco-corpo
Amados irmãos e irmãs,
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-se por cada um de nós; o seu amor impede-lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa conosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo nele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, nele, um não olha com indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o fato de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham conosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inativa no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões de onipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Francisco

2a. Reunião do Conselho Arquidiocesano da Pastoral Familiar do ano de 2015.

Realizada dia 07.02.2015, a segunda reunião do Conselho Arquidiocesano do ano de 2015. Iniciamos com momento de oração, com a partilha da palavra feita pelo Diácono Cristiano da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Carlito Pamplona. Na ocasião demos continuidade com o projeto iniciado no ano de dois mil e quatorze, denominado "O que fazer e como fazer" com o tema "Mediação de conflitos familiares", tendo como facilitadora Irmã Socorro.  Esta formação, acrescenta de forma construtiva a nossas atividades formativas, novas possibilidades nas ações de campo do tipo; Visita Missionária e Aconselhamento Familiar, melhorando nosso desempenho cognitivo e comportamental. Em seguida as paróquias puderam se manifestar com perguntas. Dentro das perspectivas do trabalho de pastoral de conjunto, e de acordo com o que nos pede o Diretório da Pastoral Familiar, apresentamos o Movimento "Encontro Matrimonial Mundial, com o casal representante Junior e Simone, que divulgaram a metodologia dos encontros e as possibilidades de parcerias com a Pastoral Familiar, principalmente na busca pelo dialogo entre os casais.





 
 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Catequese papa Francisco: "Os filhos são um dom, são um presente".

papa_francisco_e_as_criancas_filipinasO papa Francisco refletiu sobre a presença dos filhos na família e na sociedade, durante a catequese desta quarta-feira, 11 de fevereiro. Ele explicou que ser filho, no projeto de Deus, é levar consigo a memória e a esperança de um amor que realizou a si mesmo dando a vida a outro ser humano.

"Os filhos são a alegria da família e da sociedade, não é um problema de biologia reprodutiva, nem um modo de realizar-se, nem uma posse dos pais; os filhos são um dom, um presente", disse Francisco.
Motivou os filhos a nunca deixar de reconhecer os valores de sua família e honrar o pai e a mãe, como ensina o quarto mandamento. "Uma sociedade de filhos que não honram os pais é uma sociedade sem honra; quando não se honra os pais se perde a própria honra".
O papa mencionou ainda na catequese a realidade de pais que não querem ter filhos, que contribuem para uma a formação de uma sociedade deprimida. Na ocasião, citou, por exemplo, a realidade da Europa, onde a taxa de nascimento não chega a 1%. Recordou, também, a Encíclica Humanae vitae, do beato Paulo VI, que dizia que ter mais filhos não pode se tornar automaticamente uma escolha irresponsável. Mas não ter filhos é uma escolha egoísta. "A vida rejuvenesce e conquista energia multiplicando-se", disse o papa.
Confira a íntegra da catequese:
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Depois de ter refletido sobre as figuras da mãe e do pai, nestas catequeses sobre família gostaria de falar do filho, ou melhor, dos filhos. Inspiro-me em uma bela imagem de Isaías. Escreve o profeta: "Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa. Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará" (60,4-5a). É uma imagem esplêndida, uma imagem da felicidade que se realiza na reunificação entre pais e filhos, que caminham juntos rumo a um futuro de liberdade e de paz, depois de um longo tempo de privações e de separação, quando o povo hebreu se encontrava distante da pátria.
De fato, há uma estreita ligação entre a esperança de um povo e a harmonia entre as gerações. Devemos pensar bem nisto. Há uma ligação estreita entre a esperança de um povo e a harmonia entre as gerações. A alegria dos filhos faz palpitar os corações dos pais e reabre o futuro. Os filhos são a alegria da família e da sociedade. Não são um problema de biologia reprodutiva, nem um dos tantos modos de se realizar. E tão pouco uma posse dos pais... Não. Os filhos são um dom, são um presente: entendem? Os filhos são um dom. Cada um é único e irrepetível; e ao mesmo tempo inconfundivelmente ligado às suas raízes. Ser filho e filha, segundo o desígnio de Deus, significa levar em si a memória e a esperança de um amor que se realizou justamente iluminando a vida de um outro ser humano, original e novo. E para os pais cada filho é si mesmo, é diferente, é diverso. Permitam-me uma recordação de família. Eu me lembro da minha mãe, dizia a nós – éramos cinco -: "Mas eu tenho cinco filhos". Quando lhe perguntavam: "Qual é o teu preferido", ela respondia: "Eu tenho cinco filhos, como cinco dedos [mostra os dedos da mão] Se me batem neste, me faz mal; se me batem neste outro, me faz mal. Me faz mal em todos os cinco. Todos são filhos meus, mas todos diferentes como os dedos de uma mão". E assim é a família! Os filhos são diferentes, mas todos filhos.
Um filho é amado porque é filho: não porque é bonito, ou porque é assim ou assim; não, porque é filho! Não porque pensa como eu, ou encarna os meus desejos. Um filho é um filho: uma vida gerada por nós mas destinada a ele, ao seu bem, ao bem da família, da sociedade, de toda a humanidade.
Daqui vem também a profundidade da experiência humana de ser filho e filha, que nos permite descobrir a dimensão mais gratuita do amor, que nunca termina de nos surpreender. É a beleza de ser amado primeiro: os filhos são amados antes de chegarem. Quantas vezes as mães na praça me mostram a barriga e me pedem a benção... estas crianças são amadas antes de vir ao mundo. E esta é gratuidade, isto é amor; são amados antes do nascimento, como o amor de Deus que nos ama sempre primeiro. São amados antes de terem feito qualquer coisa para merecê-lo, antes de saber falar ou pensar, até mesmo antes de vir ao mundo! Ser filhos é a condição fundamental para conhecer o amor de Deus, que é a fonte última deste autêntico milagre. Na alma de cada filho, por quanto vulneráveis, Deus coloca o selo deste amor, que está na base da sua dignidade pessoal, uma dignidade que nada e ninguém poderá destruir.
Hoje parece mais difícil para os filhos imaginar o seu futuro. Os pais – mencionei em catequeses anteriores – deram talvez um passo para trás e os filhos se tornaram mais incertos em dar os seus passos adiante. Podemos aprender a boa relação entre as gerações com o nosso Pai Celeste, que deixa cada um de nós livre mas não nos deixa sozinhos nunca. E se erramos, Ele continua a nos seguir com paciência sem diminuir o seu amor por nós. O Pai celeste não dá passos para trás no seu amor por nós, nunca! Vai sempre adiante e, se não pode seguir adiante nos espera, mas não vai nunca para trás; quer que os seus filhos sejam corajosos e deem seus passos adiante.
Os filhos, por sua parte, não devem ter medo do empenho de construir um mundo novo: é justo para eles desejar que seja melhor que aquele que receberam! Mas isto deve ser feito sem arrogância, sem presunção. Dos filhos é preciso saber reconhecer o valor e aos pais se deve sempre dar honra.
O quarto mandamento pede aos filhos – e todos o somos! – para honrar o pai e a mãe (cfr Es 20, 12). Este mandamento vem logo depois daqueles que dizem respeito ao próprio Deus. De fato, contém algo de sagrado, algo de divino, algo que está na raiz de todo outro tipo de respeito entre os homens. E na formulação bíblica deste quarto mandamento, acrescenta-se: "para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá". A ligação virtuosa entre as gerações é garantia de futuro, e é garantia de uma história realmente humana. Uma sociedade de filhos que não honram os pais é uma sociedade sem honra; quando não se honram os pais se perde a própria honra! É uma sociedade destinada a se encher de jovens áridos e ávidos. Porém, também uma sociedade avarenta de gerações, que não ama circundar-se de filhos, que os considera sobretudo uma preocupação, um peso, um risco, é uma sociedade deprimida. Pensemos em tantas sociedades que conhecemos aqui na Europa: são sociedades deprimidas, porque não querem os filhos, não têm os filhos, o nível de nascimento não chega a um por cento. Por que? Cada um de nós pense e responda. Se uma família generosa de filhos é olhada como se fosse um peso, há algo errado! A geração dos filhos deve ser responsável, como ensina também a Encíclica Humanae vitae, do beato Papa Paulo VI, mas ter mais filhos não pode se tornar automaticamente uma escolha irresponsável. Não ter filhos é uma escolha egoísta. A vida rejuvenesce e conquista energias multiplicando-se: se enriquece, não se empobrece! Os filhos aprendem a cuidarem da própria família, amadurecem na partilha dos seus sacrifícios, crescem na apreciação dos seus dons. A agradável experiência da fraternidade anima o respeito e o cuidado dos pais, aos quais é preciso o nosso reconhecimento. Tantos de vocês aqui presentes têm filhos e todos somos filhos. Façamos uma coisa, um minuto de silêncio. Cada um de nós pense no seu coração nos próprios filhos – se tem – pense em silêncio. E todos nós pensemos nos nossos pais e agradeçamos a Deus pelo dom da vida. Em silêncio, aqueles que têm filhos pensem neles e todos nós pensemos nos nossos pais (silêncio). O Senhor abençoe os nossos pais e abençoe os vossos filhos.
Jesus, o Filho eterno, feito filho no tempo, ajude-nos a encontrar o caminho de uma nova irradiação desta experiência humana tão simples e tão grande que é ser filho. No multiplicar-se das gerações há um mistério de enriquecimento da vida de todos, que vem do próprio Deus. Devemos redescobri-lo, desafiando o preconceito; e vivê-lo, na fé, em perfeita alegria. E vos digo: quão belo é quando passo em meio a vocês e vejo os pais e as mães que levantam seus filhos para serem abençoados; isto é um gesto quase divino. Obrigado porque o fazem!

Campanha da Fraternidade 2015 oferece subsídio para famílias.

DSC_0868-RecoveredPara auxiliar na vivência da Quaresma, a equipe executiva da Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), propõe 11 encontros, com abordagens específicas de acordo com o público.
Cada livreto traz uma formação, sendo a catequese para crianças e adolescentes, para jovens, círculos bíblicos, celebrações ecumênicas, encontros para a família e a via-sacra. A novidade são os encontros para o Ensino Fundamental I e II, como também para os alunos do Ensino Médio.
Encontros de família
O subsídio "Famílias na CF e Via-Sacra" apresenta cinco encontros para reflexão e meditação quaresmal. São os temas: "O projeto de Deus para a sociedade", "A quebra da aliança com Deus e suas consequências na sociedade", "Jesus serve-nos oferecendo sua vida", "A Igreja a serviço das pessoas nas periferias", "Fraternidade: Igreja e Sociedade".
Em cada encontro, além do estudo à luz da Palavra Deus, a comunidade medita fatos da vida, com testemunhos de famílias e, também, participa de partilha em grupo, orientada pelo subsídio.
Igreja e Sociedade
A Campanha da Fraternidade 2015 tem com tema "Fraternidade: Igreja e Sociedade" e lema "Eu vim para servir" (cf. Mc 10, 45). O lançamento oficial ocorre no dia 18 de fevereiro, às 10h30, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Arquidiocese de Fortaleza junto com a secretaria da Saúde Municipal contra o Sarampo.

Arquidiocese de Fortaleza junto com a secretaria da Saúde Municipal contra o Sarampo
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Representantes da Secretaria de Saúde do Município de Fortaleza estiveram em audiência nessa quarta, 28, com o  Vigário Geral da Arquidiocese, Monsenhor João Jorge Corrêa Filho,  solicitando o apoio da Igreja Católica na prevenção e combate ao surto de Sarampo que está acometendo a população cearense. Em carta entregue ao religioso a senhora Maria do Perpétuo Socorro Martins Beckenfeld, Secretária Municipal de Saúde de Fortaleza diz: “Sabemos da importância e capilaridade da Igreja Católica e portanto, das condições de disseminação que um alerta sobre esta campanha pode ter, trazendo benefícios para todas as famílias e consequentemente toda a comunidade.  No intuito de facilitar a transmissão desta informação estamos sugerindo um texto que pode ser lido como aviso nos finais das celebrações.”
 A Arquidiocese consciente de sua missão em defesa da vida, e vida em abundância, se comprometeu na divulgação da campanha junto as Paróquias, Área Pastoral e comunidades.  A campanha da Secretaria da Saúde  e abraçada pela Igreja Católica consiste em alertar os cearenses sobre o  perigo do Sarampo e o chamamento para vacinação gratuita nos Postos de Saúde.
Segundo Monsenhor João Jorge, o texto abaixo deverá ser lido no final das celebrações da Santa Missa em todas as Paróquias da Arquidiocese de Fortaleza.
 Sobre a Campanha contra o Sarampo
No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%.  Contudo, em virtude do grande tráfego internacional de pessoas oriundas de países onde esta doença não foi erradicada e o contato destas, com pessoas não vacinadas no Ceará, o Sarampo veio a ressurgir após 15 anos de intensas campanhas encetadas pelo Poder Público.
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa provocada pelo Morbili vírus e transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. É uma doença altamente contagiosa e de caráter epidêmico e potencialmente grave. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. Seus sintomas são além das manchas avermelhadas na pele, que começam no rosto e progridem em direção aos pés, podemos citar ainda: febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas. Otite, pneumonia, encefalite são complicações graves do sarampo. As consequências desta doença são graves, podendo levar a óbito, ou provocar cegueira.
Considerando o risco a que estão expostas a população de até 49 anos de idade, mas, sobretudo as crianças, a partir de 6 meses de idade, precisamos alertar as famílias a buscar a vacinação em nossas unidades, composta de 93 Postos de Saúde, localizados por toda a cidade de Fortaleza.
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Informações  na Secretaria de Saúde de Fortaleza (85) 34526609.
 clique para ampliar

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Paróquia de São José Operário foi criada neste domingo.


300Trinta anos depois da fundação do bairro Araturi em Caucaia a Igreja, que tem como padroeiro São José Operário será elevada à Paróquia. A Celebração de Criação da Paróquia de São José Operário do Araturi aconteceu no próximo dia 08 de fevereiro às 8 horas da manhã, com a presença do Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques.
Na oportunidade, também foi empossado o primeiro pároco, Padre Josileudo Queiroz (foto), que desde 2013 é o vigário pastoral da Área, que compõe três principais comunidades: Araturi, Esplanada e Quilômetro Catorze. Apesar de apenas três comunidades, a nova paróquia abrange diversos bairros, como: Araturi, Parque Araturi, Jurema Park, Novo Paraíso, Vila São Vicente de Paulo, Esplanada, Quilômetro Catorze, Arianópoles, Residencial Lino da Silveira, entre outros bairros adjacentes.
Para a ocasião foi preparada uma celebração especial, sendo um ministério de música composto pelos membros de todos os ministérios que servem à paróquia, pastorais e movimentos caracterizados e Igreja lotada para o momento histórico. A Área Pastoral São José Operário, antes assim conhecida, fazia parte da Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres e até pouco tempo era administrada pelos padres redentoristas, tendo ganhado autonomia em fevereiro de 2013. Representando a Comissão Arquidiocesana o Casal Assessor da Região Episcopal Antônio Carlos e Fátima.



Papa Francisco fala da caridade no Dia Mundial dos Doentes.

O 23º Dia Mundial do Doente será celebrado nesta quarta-feira, 11 de fevereiro, festividade da Virgem de Lourdes. Por ocasião da data, o papa Francisco enviou mensagem, em que recorda ser preciso cuidar das pessoas doentes. "A caridade precisa de tempo. Tempo para cuidar dos doentes e tempo para os visitar. Tempo para estar junto deles", disse Francisco.

A celebração foi instituída pelo papa João Paulo II em 1992. A mensagem oficial foi divulgada pelo Vaticano em 30 de dezembro do ano passado. 
Leia, na íntegra, o texto:

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
 PARA O XXIII DIA MUNDIAL DO DOENTE 

«Sapientia cordis. “Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Jó 29, 15)» 
Queridos irmãos e irmãs,
Por ocasião do XXIII Dia Mundial do Doente, instituído por São João Paulo II, dirijo-me a todos vós que carregais o peso da doença, encontrando-vos de várias maneiras unidos à carne de Cristo sofredor, bem como a vós, profissionais e voluntários no campo da saúde.
O tema deste ano convida-nos a meditar uma frase do livro de Jó: «Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo» (29, 15). Gostaria de o fazer na perspectiva da «sapientia cordis», da sabedoria do coração.
1. Esta sabedoria não é um conhecimento teórico, abstrato, fruto de raciocínios; antes, como a descreve São Tiago na sua Carta, é «pura (…), pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia» (3, 17). Trata-se, por conseguinte, de uma disposição infundida pelo Espírito Santo na mente e no coração de quem sabe abrir-se ao sofrimento dos irmãos e neles reconhece a imagem de Deus. Por isso, façamos nossa esta invocação do Salmo: «Ensina-nos a contar assim os nossos dias, / para podermos chegar à sabedoria do coração» (Sal 90/89, 12). Nesta sapientia cordis, que é dom de Deus, podemos resumir os frutos do Dia Mundial do Doente. 
2. Sabedoria do coração é servir o irmão. No discurso de Jó que contém as palavras «eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo», evidencia-se a dimensão de serviço aos necessitados por parte deste homem justo, que goza de uma certa autoridade e ocupa um lugar de destaque entre os anciãos da cidade. A sua estatura moral manifesta-se no serviço ao pobre que pede ajuda, bem como no cuidado do órfão e da viúva (cf. 29, 12-13).
Também hoje quantos cristãos dão testemunho – não com as palavras mas com a sua vida radicada numa fé genuína – de ser «os olhos do cego» e «os pés para o coxo»! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar. Este serviço, especialmente quando se prolonga no tempo, pode tornar-se cansativo e pesado; é relativamente fácil servir alguns dias, mas torna-se difícil cuidar de uma pessoa durante meses ou até anos, inclusive quando ela já não é capaz de agradecer. E, no entanto, que grande caminho de santificação é este! Em tais momentos, pode-se contar de modo particular com a proximidade do Senhor, sendo também de especial apoio à missão da Igreja.
3. Sabedoria do coração é estar com o irmão. O tempo gasto junto do doente é um tempo santo. É louvor a Deus, que nos configura à imagem do seu Filho, que «não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão» (Mt 20, 28). Foi o próprio Jesus que o disse: «Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22, 27).
Com fé viva, peçamos ao Espírito Santo que nos conceda a graça de compreender o valor do acompanhamento, muitas vezes silencioso, que nos leva a dedicar tempo a estas irmãs e a estes irmãos que, graças à nossa proximidade e ao nosso afeto, se sentem mais amados e confortados. E, ao invés, que grande mentira se esconde por trás de certas expressões que insistem muito sobre a «qualidade da vida» para fazer crer que as vidas gravemente afetadas pela doença não mereceriam ser vividas!
4. Sabedoria do coração é sair de si ao encontro do irmão. Às vezes, o nosso mundo esquece o valor especial que tem o tempo gasto à cabeceira do doente, porque, obcecados pela rapidez, pelo frenesi do fazer e do produzir, esquece-se a dimensão da gratuidade, do prestar cuidados, do encarregar-se do outro. No fundo, por detrás desta atitude, há muitas vezes uma fé morna, que esqueceu a palavra do Senhor que diz: «a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).
Por isso, gostaria de recordar uma vez mais a «absoluta prioridade da “saída de si próprio para o irmão”, como um dos dois mandamentos principais que fundamentam toda a norma moral e como o sinal mais claro para discernir sobre o caminho de crescimento espiritual em resposta à doação absolutamente gratuita de Deus» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 179). É da própria natureza missionária da Igreja que brotam «a caridade efetiva para com o próximo, a compaixão que compreende, assiste e promove» (Ibid., 179).
5. Sabedoria do coração é ser solidário com o irmão, sem o julgar. A caridade precisa de tempo. Tempo para cuidar dos doentes e tempo para os visitar. Tempo para estar junto deles, como fizeram os amigos de Jó: «Ficaram sentados no chão, ao lado dele, sete dias e sete noites, sem lhe dizer palavra, pois viram que a sua dor era demasiado grande» (Job 2, 13). Mas, dentro de si mesmos, os amigos de Jó escondiam um juízo negativo acerca dele: pensavam que a sua infelicidade fosse o castigo de Deus por alguma culpa dele. Pelo contrário, a verdadeira caridade é partilha que não julga, que não tem a pretensão de converter o outro; está livre daquela falsa humildade que, fundamentalmente, busca aprovação e se compraz com o bem realizado.
A experiência de Jó só encontra a sua resposta autêntica na Cruz de Jesus, ato supremo de solidariedade de Deus para conosco, totalmente gratuito, totalmente misericordioso. E esta resposta de amor ao drama do sofrimento humano, especialmente do sofrimento inocente, permanece para sempre gravada no corpo de Cristo ressuscitado, naquelas suas chagas gloriosas que são escândalo para a fé, mas também verificação da fé (cf. Homilia na canonização de João XXIII e João Paulo II, 27 de Abril de 2014).
Mesmo quando a doença, a solidão e a incapacidade levam a melhor sobre a nossa vida de doação, a experiência do sofrimento pode tornar-se lugar privilegiado da transmissão da graça e fonte para adquirir e fortalecer a sapientia cordis. Por isso se compreende como Jó, no fim da sua experiência, pôde afirmar dirigindo-se a Deus: «Os meus ouvidos tinham ouvido falar de Ti, mas agora vêem-Te os meus próprios olhos» (42, 5). Também as pessoas imersas no mistério do sofrimento e da dor, se acolhido na fé, podem tornar-se testemunhas vivas duma fé que permite abraçar o próprio sofrimento, ainda que o homem não seja capaz, pela própria inteligência, de o compreender até ao fundo.
6. Confio este Dia Mundial do Doente à proteção materna de Maria, que acolheu no ventre e gerou a Sabedoria encarnada, Jesus Cristo, nosso Senhor.
Ó Maria, Sede da Sabedoria, intercedei como nossa Mãe por todos os doentes e quantos cuidam deles. Fazei que possamos, no serviço ao próximo sofredor e através da própria experiência do sofrimento, acolher e fazer crescer em nós a verdadeira sabedoria do coração.
Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.

Franciscus

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mais oração com o Evangelho e menos novela, pede Papa Francisco.

Papa Francisco na Missa da Casa Santa Marta-Foto: L'Osservatore Romano
Contemplar o Evangelho para chegar à verdadeira esperança, fixando o olhar em Jesus, em vez de perder tempo com novelas, expressou nesta terça-feira o Papa Francisco durante a Missa na Casa Santa Marta.
“O que eu fiz com este Evangelho é justamente a oração de contemplação: pegar o Evangelho, ler e imaginar-me nas cenas, imaginar o que acontece e falar com Jesus, como me vem ao coração. E com isso nós fazemos crescer a esperança, porque temos o olhar fixo no Senhor. Façam esta oração de contemplação”, disse.
“'Mas tenho tanto tantas coisas para fazer!'. 'Faça-o em casa, 15 minutos, pega o Evangelho, uma pequena passagem, imagina o que aconteceu e fala com Jesus sobre isso. Assim, o teu olhar estará fixo em Jesus e não tanto na novela, por exemplo”.
Assim, “teu ouvido estará fixo nas palavras de Jesus e não tanto nas fofocas do vizinho”.
E “a oração de contemplação nos ajuda a ter esperança e a viver da sustância do Evangelho. Rezar sempre!”, disse o Papa.
Francisco durante a sua homilia convidou a “rezar as orações, rezar o rosário, falar com o Senhor, mas também fazer esta oração de contemplação para ter nosso olhar fixo em Jesus”. Porque desta oração “vem a esperança” e desta maneira “nossa vida cristã se desenvolve entre a memória e a esperança”.
“Memória de todo o caminho passado, memória de tantas graças recebidas pelo Senhor; e esperança, olhando o Senhor, que é o único que pode dar-me a esperança. E para olhar o Senhor, para conhecê-Lo, peguemos o Evangelho e façamos esta oração de contemplação. Hoje, por exemplo, procurem 10 minutos, 15, não mais que isso, leiam o Evangelho, imaginem e digam algo a Jesus. E nada mais. E assim o seu conhecimento de Jesus será maior e a sua esperança crescerá. Não se esqueçam, mantendo o olhar fixo em Jesus. E por isso a oração de contemplação”.
As reflexões partiram de um trecho da Carta aos Hebreus, que se concentra na esperança que é
“fixar os olhos em Jesus”.
Sem escutar o Senhor talvez a pessoa possa ser “otimista e positiva”, mas a esperança “se aprende somente olhando para Jesus”. Por isso, “é bom rezar o Rosário todos os dias”, assim como falar “com o Senhor, quando tenho uma dificuldade, ou com a Virgem ou com os Santos...”, destacou.
Neste contexto, destacou a importância de fazer a “oração de contemplação”, que se pode fazer “com o Evangelho na mão”.
Como faço a contemplação com o Evangelho de hoje? Vejo que Jesus estava em meio da multidão, sempre com muita gente. Aparece cinco vezes a palavra 'multidão'. É um convite a pensar na vida de Cristo sempre com o povo”.
“Mas não descansava?”, se perguntou Francisco. “Sim, uma vez, diz o Evangelho, dormiu no barco, mas veio a tempestade e os discípulos despertaram. Jesus estava continuamente entre as pessoas”.

O Evangelho é capaz de mudar as nossas vidas, assinala o Papa Francisco.

Papa Francisco. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Imprensa

“O Evangelho muda o coração, muda a vida, transforma as inclinações ao mal em propósitos de bem”. Com estas palavras o Papa Francisco animou na manhã do domingo os fiéis à conversão, ocasião em que também rezou com os presentes o Ângelus na Praça de São Pedro.
“O Evangelho é palavra de vida: não oprime a pessoa, ao contrário, liberta os que estão escravos de tantos espíritos malvados deste mundo: a vaidade, o amor ao dinheiro, o orgulho, a sensualidade”.
Francisco assegurou que “o Evangelho é capaz de mudar as pessoas!”.
Por isso, “é tarefa dos cristãos difundir em todas partes a força redentora, convertendo-se em missionários e arautos da Palavra de Deus”.
O Santo Padre destacou, falando sobre a passagem do Evangelho deste domingo, que “a nova doutrina ensinada com autoridade por Jesus é aquela que a Igreja leva ao mundo, junto com os sinais eficazes de sua presença: o ensino com autoridade e a ação libertadora do Filho de Deus se convertem nas palavras de salvação e gestos de amor da Igreja missionária”.
Comentando o Evangelho do dia, tomado de São Marcos, narrando uma entrada de Jesus na sinagoga na qual se pôs a ensinar, o Papa Francisco explicou que “isto faz pensar no primado da Palavra de Deus, Palavra para ser escutada, acolhida e anunciada”.
A principal preocupação de Cristo, disse, “é a de comunicar a Palavra de Deus com a força do Espírito Santo. E as pessoas na sinagoga ficaram tocadas, porque Jesus 'ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas'”.
“O que significa 'com autoridade'?”, perguntou o Pontífice diante das milhares de pessoas que o escutavam na Praça de São Pedro. “Quer dizer que nas palavras humanas de Jesus se sentia toda a força da Palavra de Deus, sentia-se a própria autoridade de Deus, aquela que inspira as Sagradas Escrituras. E uma das características da Palavra de Deus, é que realiza aquilo que diz”.
“Às vezes nós dizemos palavras vazias, sem raízes, supérfluas, que não correspondem à verdade. A Palavra de Deus corresponde à verdade”, assegurou o Papa.
O Santo Padre assinalou que “Jesus, depois de ter pregado, demonstra em seguida sua autoridade libertando um homem, presente na sinagoga, que estava possuído pelo demônio”.
“Só a autoridade divina de Cristo poderia ter suscitado a reação de Satanás, oculto naquele homem” e Jesus ordena “severamente” que dele saia.
“Só com a força de sua palavra, Jesus liberta a pessoa do maligno”, destacou.
Por último, o Papa pediu recordar sempre que o Evangelho tem “a força de mudar a vida”.
“Leiam uma passagem do Evangelho cada dia. É a força que nos muda, que nos transforma: muda a vida, muda o coração”, concluiu.

Você quer ser um bom pai? Siga estes conselhos do Papa Francisco.

Imagem referencial / Foto: Daniel Ibáñez (Grupo ACI)

Vaticano, 04 Fev. 15 / 08:05 pm

“Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar, do fundo do coração”, afirmou o Papa Francisco durante a Audiência Geral na Sala Paulo VI, na qual refletiu sobre o papel do pai na família, colocando como exemplo a parábola do Filho Pródigo.
Como já havia anunciado na semana passada, a catequese de hoje se referiu à função do pai na família, a partir de uma perspectiva positiva, deixando de lado os “perigos dos pais 'ausentes'”.
“Toda família precisa do pai”, começou dizendo. O pai “sabe bem quanto custa transmitir esta herança: quanta proximidade, quanta doçura e quanta firmeza”, mas também “quanto consolo e recompensa se recebe quando os filhos honram esta herança! É uma alegria que redime todo cansaço, que supera toda incompreensão e cura toda ferida”.
Francisco falou depois de algumas necessidades, como a da presença do pai na família. “Que seja próximo à mulher, para partilhar tudo, alegrias e dores, cansaços e esperanças. E que seja próximo aos filhos em seu crescimento: quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho”. Em todas estas ocasiões “o pai deve estar sempre presente”.
Mas, o Papa alertou que estar presente não é o mesmo que “controlar”: “Os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer”.
O Pontífice colocou como exemplo o Evangelho que fala de Deus como sendo um “Pai bom” e a Parábola do Filho Pródigo ou “do pai misericordioso”.
“Os pais devem ser pacientes. Tantas vezes não há outra coisa a fazer se não esperar; rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia”.
E é que “um bom pai sabe esperar e sabe perdoar, do fundo do coração. Certo, sabe também corrigir com firmeza: não é um pai frágil, complacente, sentimental. O pai que sabe corrigir sem degradar é o mesmo que sabe proteger sem se economizar”.
Para fazer mais compreensíveis suas palavras o Papa colocou o seguinte exemplo: “Uma vez ouvi em uma reunião de matrimônio um pai dizer: ‘Algumas vezes preciso bater um pouco nos filhos… mas nunca no rosto para não degradá-los’”.
“Sem a graça que vem do Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar”.
Em sua catequese, Francisco tomou algumas expressões do Livro dos Provérbios dirigidas aos próprios filhos: “Filho meu, se o teu coração for sábio, também o meu será cheio de alegria. Exultarei dentro de mim, quando os teus lábios disserem palavras retas”.
“Não se poderia exprimir melhor o orgulho e a comoção de um pai que reconhece ter transmitido ao filho aquilo que realmente conta na vida, ou seja, um coração sábio”.
O Papa explicou que este pai não dizia “estou orgulhoso de você porque és igual a mim, porque repetes as coisas que eu digo e que eu faço. Não, não lhe diz simplesmente qualquer coisa. Diz-lhe algo de bem mais importante, que podemos interpretar assim: ‘Serei feliz toda vez que te ver agir com sabedoria e estarei comovido toda vez que te ouvir falar com retidão’”.

“Isso é aquilo que quis te deixar, para que se tornasse uma coisa tua: a atitude de sentir e agir, de falar e julgar com sabedoria e retidão. E para que tu pudesses ser assim, te ensinei coisas que não sabia, corrigi erros que não vias. Fiz você sentir um afeto profundo e ao mesmo tempo discreto, que talvez não reconhecestes plenamente quando eras jovem e incerto. Dei a você um testemunho de rigor e de firmeza que talvez você não entendeu, quando você quis somente cumplicidade e proteção”.

O Papa continuou com o exemplo: “precisei eu mesmo, primeiro, colocar-me à prova da sabedoria do coração e vigiar sobre os excessos de sentimento e do ressentimento, para levar o peso das inevitáveis incompreensões e encontrar as palavras certas para me fazer entender. Agora, continua o pai – quando vejo que você procura ser assim com os teus filhos, e com todos, me comovo. ‘Sou feliz de ser teu pai’”.

E “é assim que diz um pai sábio, um pai maduro.”, assegurou Francisco.

Por último, o Papa assegurou que “a Igreja, nossa mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de Deus, como São José”.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

60 anos da Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro - Carlito Pamplona - Região Nossa Senhora da Assunção.





Realizado de 29.01 a 01.02.2015 o Jubileu paroquial de 60 anos da Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro - Carlito Pamplona - Região Nossa Senhora da Assunção. Além da principal programação, que foram as Celebrações Eucarísticas, a comunidade promoveu uma exposição sobre o período de caminhada deste Jubileu. Também fez parte do evento à  apresentação das Pastorais, movimentos e serviços disponíveis na paróquia. A Pastoral Familiar paroquial, montou um belíssimo stand de divulgação de sua missão, como também apresentou a literatura formativa disponível. Munidos por um novo ardor missionário e motivados a desenvolver ações de evangelização na comunidade, a equipe paroquial realizou o último casamento comunitário do ano em dezembro de dois mil e quatorze. Momento sublime dos objetivos e metas desta pastoral, pois é no Sacramento do Matrimônio, com as bênçãos de Deus, que o casal tem de fato, sua complementaridade e missão divina confiada a eles, de acolher os filhos e  forjar através da fé, da esperança e da caridade, uma família cristã, uma família que seja verdadeiramente uma Igreja doméstica, santuário da Vida e eixo transversal da sociedade. Rogamos a Cristo as bênçãos sobre toda comunidade paroquial, em especial ao Padre Josimar e ao Diácono Cristiano, pelo compromisso, empenho e motivação, junto aos envolvidos nesta abençoada comemoração e casamento comunitário. Representando a Comissão Arquidiocesana o Casal Coordenador Fábio e Márcia.










1a. Espiritualidade da Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar de Fortaleza.

Realizada nos dias 31.01. e 01.02.2015, a primeira Espiritualidade da Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar de Fortaleza no corrente ano. Na ocasião, propícia para reflexão e oração, os agentes tiveram oportunidade de socialização fraterna e momento especial de Adoração ao Santíssimo Sacramento, que certamente despertou em todos os presentes, a necessidade de nos revestirmos com a couraça do senhor, a fim de resistirmos as investidas do inimigo, bem como de combatermos o bom combate. A busca pela humildade, deve ser na vida de todo agente uma constante, pois é através dela, que a luz de Cristo reluz em nós, possibilitando que nossas atitudes sejam transparentes e consequentemente, possam edificar nossa caminhada, e deixar por onde passarmos, rastro de céu.



Igreja motiva para Dia Internacional contra o Tráfico de Pessoas.

  human_trafficking_1O papa Francisco convocou para o próximo domingo, 8, o Dia Internacional de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas. A iniciativa tem como tema: "Acenda uma luz contra o tráfico de pessoas". É promovida pelos Pontifícios Conselhos dos Migrantes e da Justiça, em parceria com a União Internacional dos Superiores Gerais.

Na data é celebrado o dia de Santa Bakhita, canonizada em 2000 por São João Paulo II. De origem africana, Josefina Bakhita foi raptada ainda na infância para ser escrava na Europa. Após quase 20 anos de maus-tratos e humilhações, foi entregue a uma família que decidiu levá-la à sua terra natal, deixando-a com as Irmãs Canosianas, ordem na qual se firmou.
A oração proposta pela Rede Internacional da Vida Consagrada contra o tráfico de pessoas Talitha Kum faz parte dos materiais que pretendem ajudar na reflexão sobre uma realidade apontada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Campanha da Fraternidade de 2014, cujo tema foi "Fraternidade e Tráfico Humano".
Programação
Em Roma, estão previstas atividades no decorrer da semana. Amanhã, dia 3, haverá uma entrevista coletiva com o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz; os representantes do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, cardeal Antonio Maria Veglió, e do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Peter Kodwo Appiah Turkson; e da diretora da Rede Internacional da Vida Consagrada contra o tráfico de pessoas Talitha Kum, irmã Gabriella Bottani.
santa_bakitaNa sexta-feira haverá uma Vigília de Oração, com os objetivos de "transformar a mente e o coração, rompendo com a superficialidade e a indiferença que impedem de reconhecer em cada pessoa um irmão e uma irmã" e de "dar esperança aos que vivem o drama do cuidado de pessoas, para que não se sintam sozinhos", entre outros.
No domingo, dia de Santa Bakhita, o cardeal João Braz de Aviz presidirá uma missa em memória das 21 milhões de vítimas do tráfico para diversos fins, como exploração sexual, trabalho forçado, tráfico de órgãos e adoções ilegais, segundo o Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Escritório da Organização das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (Unodc).
Iniciativa
Um site preparado para o Dia Internacional de Oração e reflexão contra o tráfico de pessoas propõe que seja acesa uma vela simbolizando o pedido para que o tráfico tenha fim. No endereço podem ser compartilhados testemunhos "de esperança e liberdade".
CNPF com CNBB.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Catequese papa: "Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar".

Em continuidade às catequeses sobre a família, o papa Francisco retomou a importância figura do pai, na reflexão desta quarta-feira, 4. Na semana passada, Francisco falou da "ausência paterna" e as consequências na vida dos filhos.
"A primeira necessidade, então, é justamente essa: que o pai seja presença na família. Que seja próximo à mulher, para partilhar tudo, alegrias e dores, cansaços e esperanças. E que seja próximo aos filhos em seu crescimento", disse Francisco.
Ainda, durante a catequese, o papa explicou que "os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar".
Confira a catequese na íntegra:
CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano
Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Boletim da Santa Sé
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje gostaria de desenvolver a segunda parte da reflexão sobre a figura do pai na família. Na vez passada, falei do perigo dos pais "ausentes", hoje quero olhar ao aspecto positivo. Também São José foi tentado a deixar Maria, quando descobriu que estava grávida: mas intervém o anjo do Senhor que lhe revelou o desígnio de Deus e a sua missão de pai adotivo; e José, homem justo, "toma consigo sua esposa" (Mt 1, 24) e se torna o pai da família de Nazaré.
Cada família precisa do pai. Hoje nos concentremos no valor do seu papel, e gostaria de partir de algumas expressões que se encontram no Livro dos Provérbios, palavras que um pai dirige ao próprio filho, e diz assim: "Filho meu, se o teu coração for sábio, também o meu será cheio de alegria. Exultarei dentro de mim, quando os teus lábios disserem palavras retas" (Pv 23, 15-16). Não se poderia exprimir melhor o orgulho e a comoção de um pai que reconhece ter transmitido ao filho aquilo que realmente conta na vida, ou seja, um coração sábio. Este pai não diz: "papa_papa_04022015Estou orgulhoso de você porque és igual a mim, porque repetes as coisas que eu digo e que eu faço". Não, não lhe diz simplesmente qualquer coisa. Diz-lhe algo de bem mais importante, que podemos interpretar assim: "Serei feliz toda vez que te ver agir com sabedoria e estarei comovido toda vez que te ouvir falar com retidão. Isso é aquilo que quis te deixar, para que se tornasse uma coisa tua: a atitude de sentir e agir, de falar e julgar com sabedoria e retidão. E para que tu pudesses ser assim, te ensinei coisas que não sabia, corrigi erros que não vias.
Fiz você sentir um afeto profundo e ao mesmo tempo discreto, que talvez não reconhecestes plenamente quando eras jovem e incerto. Dei a você um testemunho de rigor e de firmeza que talvez você não entendeu, quando você quis somente cumplicidade e proteção. Precisei eu mesmo, primeiro, colocar-me à prova da sabedoria do coração e vigiar sobre os excessos de sentimento e do ressentimento, para levar o peso das inevitáveis incompreensões e encontrar as palavras certas para me fazer entender. Agora, continua o pai – quando vejo que você procura ser assim com os teus filhos, e com todos, me comovo. Sou feliz de ser teu pai". É assim que diz um pai sábio, um pai maduro.
Um pai sabe bem quanto custa transmitir esta herança: quanta proximidade, quanta doçura e quanta firmeza. Porém, que consolo e recompensa se recebe quando os filhos honram esta herança! É uma alegria que redime todo cansaço, que supera toda incompreensão e cura toda ferida.
A primeira necessidade, então, é justamente essa: que o pai seja presença na família. Que seja próximo à mulher, para partilhar tudo, alegrias e dores, cansaços e esperanças. E que seja próximo aos filhos em seu crescimento: quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho; pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador! Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer.
O Evangelho nos fala do exemplo do Pai que está nos céus – o único, diz Jesus, que pode ser chamado realmente "Pai bom" (cfr Mc 10, 18). Todos conhecem aquela extraordinária parábola chamada do "filho pródigo", ou melhor, do "pai misericordioso", que se encontra no Evangelho de Lucas no capítulo 15 (cfr 15, 11-32). Quanta dignidade e quanta ternura na espera daquele pai que está na porta da casa esperando que o filho retorne! Os pais devem ser pacientes. Tantas vezes não há outra coisa a fazer se não esperar; rezar e esperar com paciência, doçura, magnanimidade, misericórdia.
Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar, do fundo do coração. Certo, sabe também corrigir com firmeza: não é um pai frágil, complacente, sentimental. O pai que sabe corrigir sem degradar é o mesmo que sabe proteger sem se economizar. Uma vez ouvi em uma reunião de matrimônio um pai dizer: "Algumas vezes preciso bater um pouco nos filhos... mas nunca no rosto para não degradá-los". Que bonito! Tem sentido de dignidade. Deve punir, faz isso de modo justo, e segue adiante.
Portanto, se há alguém que pode explicar até o fundo a oração do "Pai nosso", ensinada por Jesus, este é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar.
A Igreja, nossa mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de Deus, como São José.
Tradução: Jéssica Marçal/Canção Nova.