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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Natal: pensar na família como dom de Deus.


sagrada-familia3A identidade cristã do Natal está na pessoa de Jesus Cristo, o alvo primeiro da Família de Nazaré. Nascendo de Maria, o Menino Jesus foi "confortavelmente" colocado numa manjedoura, num cocho onde os animais eram tratados e cuidados pelos pastores. Lugar simples, mas usado com todo carinho e amor por sua genitora.
Aquela que se apresenta como "... a serva do Senhor..." (Lc 1,38) gera a Palavra, "Palavra que era Deus" (Jo 1,1), mas agora se torna pessoa, na Pessoa de Jesus Cristo. É isso que faz do Natal uma Festa de tamanha importância no mundo cristão, que conseguiu fazer história e atingir também a sociedade civil com uma tônica comercial.
Nasce em Belém um Rei-Pastor, que teve como meta a construção de um Reino marcado pela justiça e pela paz. Reino da humildade, da simplicidade e da acolhida. Foi Rei diferente daqueles conhecidos até então, sem privilégios e evidências econômicas. Tinha como marca indelével a valorização da pessoa e sua dignidade.
Com a Família de Nazaré, a começar com o nascimento de Jesus em Belém, tem início uma nova humanidade, que vai se concretizando em Nazaré, tendo sua culminância em Jerusalém, quando entrega sua vida ao Pai no alto da cruz. De Nazaré não era esperado nada de bom, mas tudo mudou a partir daí.
A palavra Jesus significa "Deus salva". Ele é o "Emanuel" no dizer do profeta (Is 7,14), é o Deus conosco para elevar a criatura humana à uma dignidade que ultrapassa os limites do humano. Em tudo isso está o valor da celebração do Natal, indo além de simples festa de nascimento e de concorrência frenética do comércio.
Falar de Natal significa pensar na família como dom de Deus, de participação no poder criador, gerador e salvador da humanidade. Lamentamos o esvaziamento e a perda de valores que afetam nossas famílias nos últimos tempos. Isto é preocupante porque perdemos referências cristalizadas de construção do bem na caminhada histórica da humanidade. A nova cultura vem desconstruindo a família tradicional.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG

Natal é tempo de recordar o valor da vida humana.


presepio
Ao chegar o tempo do Natal, naturalmente recordamos o valor da vida humana. Deus quis também se tornar homem enviando seu Filho amado que nasceu do seio de Maria Virgem. Tal fato dignifica e sacraliza a vida humana. 
Vem à tona, por outro lado, as questões da bioética.
Esse termo surgiu por volta dos anos 70, nos Estados Unidos, após o aparecimento de tantos dados novos relacionados à vida graças ao amplo progresso da ciência médica. Trata-se de estabelecer princípios éticos na manipulação de dados relacionados com a vida, sobretudo com a vida humana. A descoberta da composição das células, realizada pelo Monge católico Mendel, da ordem agostiniana, em meados do século XIX, possibilitou um enorme avanço da ciência, pois suas pesquisas revelaram como se transmitem os caracteres humanos de pais para filhos, através dos genes. Viu Mendel que os primeiros minutos da existência de um novo ser humano, a partir do momento da concepção, já são determinantes para toda a sua vida. O avanço da ciência é algo maravilhoso que constituiu uma verdadeira bênção de Deus para a humanidade.
Mais recentemente se descobriu a ação das células-tronco. O uso de tais células no tratamento de várias doenças representará a solução para inumeráveis casos tidos antes como insolúveis. Isso é maravilhoso! Porém há um grande problema: a busca de células-tronco em embriões humanos. Para aproveitá-las, deve-se matar o embrião. Isto é imoral, pois o embrião é uma verdadeira pessoa desde o momento de sua concepção, segundo ensina a própria ciência. A coisa se torna ainda mais grave quando se sabe que a criação de embriões humanos em bancos de reserva genética é um negócio imensamente lucrativo, embora escandalosamente desonesto.
Contudo, podem-se obter estas células em tecidos adultos, inclusive com melhor comportamento terapêutico que as embrionárias, uma vez que estas últimas são muito ativas, destinadas a construir o organismo todo e quando transferidas acabam gerando tumores em lugar de curar doenças. Não haveria, portanto, nenhuma razão para se optar pelas células embrionárias. Infelizmente no Brasil, muito desacertadamente, se aprovou há alguns anos a lei da biossegurança, página inconveniente de nossa história.
O problema está relacionado com a gravíssima questão do aborto, que será sempre um crime e um grave pecado. Tramitam no Congresso brasileiro projetos de lei que pretendem descriminalizar o aborto. Descriminalizar significa declarar que não será mais crime cometer aborto voluntário, ou seja, deixaria de ser crime matar as crianças antes de seu nascimento. Por mais argumentos que arranjem os abortistas e os aborteiros, nunca terão condição de negar esta verdade: aborto é a eliminação violenta de uma ou mais vidas humanas. Com o emprego de eufemismos tais como interrupção da gravidez, descriminalização, ou despenalização do aborto, gravidez assistida, direito da mulher sobre o seu corpo e outros, vai se tentando no Brasil legalizar a prática hedionda do abortamento de seres humanos.
Leve-se em conta que a criança gerada no seio materno não é parte do corpo da mãe, mas é outro ser humano distinto dela. Nenhuma mulher tem direito de assassinar ou causar a morte de seu filho. Se a mãe matasse um filho de três meses depois de nascido, seria certamente considerada um monstro. Mas, como aceitar que se possa matar sua criança três, seis ou nove meses antes de nascer?!
Tratando-se de bioética, outros temas são hoje objeto de estudo e de preocupações, como a eutanásia, o abortamento de anencéfalos, a fecundação in vitro e outros, mas ficam para uma próxima oportunidade. Concluo esta parte, lembrando a palavra de Jesus Cristo que nos pode iluminar em toda as questões: Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância. (Jo 10,10)
Que neste Natal você possa celebrar vitórias da vida.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização.


familia2014Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
Concluímos um ciclo de catequeses sobre a Igreja. Agradeçamos ao Senhor que nos fez percorrer este caminho redescobrindo a beleza e a responsabilidade de pertencer à Igreja, de ser Igreja, todos nós.
Agora iniciamos uma nova etapa, um novo ciclo, e o tema será a família; um tema que se insere neste tempo intermediário entre duas Assembleias do Sínodo dedicadas a esta realidade tão importante. Por isso, antes de entrar no percurso de diversos aspectos da vida familiar, hoje desejo partir justamente da Assembleia sinodal do mês de outubro passado, que tinha este tema: "Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização". É importante recordar como se desenvolveu e o que produziu, como aconteceu e o que produziu.
Durante o Sínodo, a mídia fez o seu trabalho – havia muita espera, muita atenção – e a agradecemos porque o fizeram também com abundância. Tantas notícias, tantas! Isto foi possível graças à Sala de Imprensa, que cada dia fez um briefing. Mas muitas vezes a visão da mídia era um pouco no estilo de crônicas esportivas, ou políticas: falava-se muitas vezes de dois times, pró e contra, conservadores e progressistas, etc. Hoje gostaria de contar aquilo que foi o Sínodo.
Antes de tudo, pedi aos padres sinodais para falar com franqueza e coragem e escutar com humildade, dizer com coragem tudo aquilo que tinham no coração. No Sínodo, não houve censura prévia, mas cada um podia, mais ainda, devia dizer aquilo que tinha no coração, aquilo que pensava sinceramente. "Mas isto dará discussão". É verdade, ouvimos como os apóstolos discutiram. Diz o texto: saiu uma forte discussão. Os apóstolos repreendiam-se entre eles, porque procuravam a vontade de Deus sobre os pagãos, se podiam entrar na Igreja ou não. Era uma coisa nova. Sempre, quando se procura a vontade de Deus, em uma assembleia sinodal, há diversos pontos de vista e há a discussão e isto não é uma coisa ruim! Sempre que se faça com humildade e com alma de serviço à assembleia dos irmãos. Seria uma coisa ruim a censura prévia. Não, não. Cada um devia dizer aquilo que pensava. Depois do relatório inicial do Cardeal Erdő, houve um primeiro momento, fundamental, no qual todos os padres sinodais puderam falar e todos escutaram. E era edificante aquela atitude de escuta que tinham os padres. Um momento de grande liberdade, em que cada um expôs o seu pensamento com parresia e com confiança. Na base das intervenções estava o Instrumento de Trabalho, fruto da precedente consulta de toda a Igreja. E aqui devemos agradecer à Secretaria do Sínodo pelo grande trabalho que fez seja antes seja durante a Assembleia. Realmente foram bravíssimos.
Nenhuma intervenção colocou em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio, isso é: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida (cfr Conc. Ecum. Vat. II Gaudium et spes, 48; Código de Direito Canônico, 1055-1056). Isso não foi tocado.
Todas as intervenções foram coletadas e assim se chegou ao segundo momento, isso é um esboço que se chama Relatório depois da discussão. Também este relatório foi desenvolvido pelo Cardeal Erdő, articulado em três pontos: a escuta do contexto e dos desafios da família; o olhar fixo sobre Cristo e o Evangelho da família; o confronto com as perspectivas pastorais.
papaidosos1Sobre esta primeira proposta de síntese se desenvolveu a discussão nos grupos, que foi o terceiro momento. Os grupos, como sempre, estavam divididos por línguas, porque é melhor assim, comunica-se melhor: italiano, inglês, espanhol e francês. Cada grupo, no fim do seu trabalho, apresentou um relatório e todos os relatórios dos grupos foram publicados. Tudo foi dado, para a transparência para que se soubesse o que acontecia.
Naquele ponto – é o quarto momento – uma comissão examinou todos as sugestões que surgiram dos grupos linguísticos e foi feito o Relatório final, que manteve o esquema precedente – escuta da realidade, olhar ao Evangelho e empenho pastoral – mas procurou incorporar o fruto das discussões nos grupos. Como sempre, foi aprovada também uma mensagem final do Sínodo, mais breve e mais de divulgação com relação ao Relatório.
Este foi o desenvolvimento da Assembleia sinodal. Alguns de vocês podem me perguntar: "Os padres brigaram?". Não sei se brigaram, mas que falaram forte, sim, é verdade. E esta é a liberdade, é justamente a liberdade que há na Igreja. Tudo aconteceu "cum Petro et sub Petro", isso é, com a presença do Papa, que é garantia para todos de liberdade e de confiança, garantia da ortodoxia. E no fim com a minha intervenção dei uma leitura sintética da experiência sinodal.
Então, os documentos oficiais que saíram do Sínodo são três: a mensagem final, o relatório final e o discurso final do Papa. Não há outros.
O Relatório final, que foi o ponto de chegada de toda a reflexão das dioceses até aquele momento, ontem foi publicado e enviado às Conferências Episcopais, que será discutido em vista da próxima Assembleia, aquela Ordinária, em outubro de 2015. Digo que ontem foi publicada – já havia sido publicada – mas ontem foi publicada com perguntas dirigidas às Conferências Episcopais e assim se torna justamente Lineamenta do próximo Sínodo.
Devemos saber que o Sínodo não é um parlamento, vem o representante desta Igreja, desta Igreja, desta Igreja... Não, não é isto. Vem o representante, sim, mas a estrutura não é parlamentar, é totalmente diferente. O Sínodo é um espaço protegido a fim de que o Espírito Santo possa trabalhar; não houve confronto entre facções, como em parlamento onde isto é permitido, mas um confronto entre os bispos, que veio depois de um longo trabalho de preparação e que agora prosseguirá em um outro trabalho, para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade. É um processo, é o normal caminho sinodal. Agora este Relatório volta às Igrejas particulares e assim continua nesse trabalho de oração, reflexão e discussão fraterna a fim de preparar a próxima Assembleia. Este é o Sínodo dos Bispos. Confiemo-lo à proteção da Virgem nossa Mãe. Que ela nos ajude a seguir a vontade de Deus tomando as decisões pastorais que ajudem mais e melhor a família. Peço-vos para acompanhar este percurso sinodal até o próximo Sínodo com a oração. Que o Senhor nos ilumine, nos faça andar rumo à maturidade daquilo que, como Sínodo, devemos dizer a todas as Igrejas. E sobre isso é importante a vossa oração.
Por Assessoria CNPF/Vaticano.

Papa Francisco inicia ciclo de catequeses sobre a Família.


catequese_familia_papaO papa Francisco encontrou-se na manhã de quarta-feira, 10 de dezembro, com milhares de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo durante a Audiência Geral na Praça São Pedro. Na sua catequese, proferida em italiano, o Santo Padre recordou inicialmente que na semana passada ele concluiu o ciclo de catequeses dedicado à Igreja. Nesta quarta-feira, portanto, Francisco deu início a uma nova série de catequeses, desta vez centralizada na família; um tema que se insere neste tempo intermédio entre duas Assembleias do Sínodo dedicadas a esta "realidade tão importante".
Antes de dar início este importante percurso sobre os diversos aspectos da vida familiar, Francisco voltou seu pensamento à Assembleia sinodal do último mês de outubro que teve como tema "Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização".
Francisco recordou que durante o Sínodo os meios de comunicação fizeram o seu trabalho pois havia muita expectativa, muita atenção, e agradeceu-lhes porque o fizeram muito bem. E isso foi possível graças à Sala de Imprensa, que todos os dias realizou um "briefing". E o papa fez uma constatação:
"Frequentemente, a visão da mídia era um pouco no estilo das crônicas esportivas, ou políticas: falava-se quase sempre de dois times, pró e contra, conservadores e progressistas, etc. Hoje gostaria brevemente de contar o que foi o Sínodo".
Francisco recordou que pedira aos padres sinodais para falar com franqueza e coragem e ouvir com humildade. Após o Relatório inicial do Cardeal Erdò – disse Francisco -, houve um momento fundamental, no qual todos os Padres puderam falar e todos ouviram. Um momento de grande liberdade no qual cada um expôs o seu pensamento com parrésia e com confiança. O papa disse que na base dos discursos estava o "Instrumento de trabalho", fruto de consultas precedentes de toda a Igreja.
"Nenhum discurso colocou em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida".
A família
Todos os pronunciamentos foram reunidos e assim – disse Francisco – se chegou ao segundo momento, isto é o Relatório após as discussões, também realizado pelo Cardeal Erdò. Era articulado em três pontos: a escuta do contexto e dos desafios da família; o olhar fixo em Cristo e o Evangelho da família; o confronto com as perspectivas pastorais.
Sobre esta primeira proposta, salientou Francisco, realizaram-se as discussões nos grupos, que foi o terceiro momento. Os grupos estavam divididos por línguas: italiano, inglês, espanhol e francês. Cada grupo apresentou depois um relatório e todos os relatórios depois foram publicados.
O quarto momento: uma comissão examinou todas as sugestões que surgiram nos grupos e foi redigido o Relatório final, que manteve o esquema precedente: "escuta da realidade, olhar ao Evangelho e compromisso pastoral", procurando acolher o fruto das discussões de grupo.
"Assim foi o desenvolvimento da Assembleia sinodal. Tudo ocorreu "cum Petro e sub Petro", isto é com a presença do Papa que é a garantia para todos de liberdade e de confiança, e garantia da ortodoxia".
Enfim, concluiu Francisco, os documentos finais que brotaram do Sínodo são três: a Mensagem final, o Relatório final e o discurso final do papa.
O Relatório final, que foi o ponto de chegada de toda a reflexão agora será enviado às Conferências Episcopais, que vão discuti-lo em vista da próxima Assembleia, desta vez Ordinária, em outubro de 2015.
"O Sínodo não é um parlamento, mas um espaço protegido para que o Espírito Santo possa agir: não houve confrontos entre facções, mas um confronto entre os Bispos, que ocorreu após um longo trabalho de preparação e que agora prosseguirá em outro trabalho, para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade

Vaticano apresenta primeiro documento para o Sínodo 2015.


sinodoParte do relatório elaborado pela última Assembleia Extraordinária, realizada no último mês de outubro, integra o primeiro dos documentos a serem apresentados pelo Vaticano para a 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. A reunião sinodal acontecerá no período de 4 a 25 de outubro de 2015 com a participação de padres sinodais de diversas partes do mundo.
O próximo Sínodo debaterá "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo". Será uma continuação das reflexões iniciadas em 2014 sobre os desafios da evangelização da família. A realização do Sínodo em duas etapas foi escolha do papa Francisco, que pela primeira vez adotou esse modelo para os trabalhos da Assembleia.
O texto foi divulgado pelo Vaticano na terça-feira, 9. Intitulado de lineamenta, traz reflexões da Assembleia Extraordinária, que antecedeu o Sínodo Ordinário. O documento está organizado em três partes: "A escuta – o contexto e os desafios sobre família", "O olhar sobre Cristo: o Evangelho da Família" e "O confronto: perspectivas pastorais".
Para facilitar o aprofundamento dos temas contidos no relatório, foram acrescentadas à lineamenta algumas perguntas que ajudarão a elaborar o Instrumentum laboris (Documento de Trabalho) da próxima Assembleia.
A primeira versão do Documento publicado em italiano foi enviada às Conferências Episcopais, aos Sínodos das Igrejas Orientais Católicas sui iuris, à União dos Superiores Religiosos e aos Dicastérios da Cúria Romana. A proposta é que ele seja estudado e debatido nas comunidades, com a participação dos fiéis. Os resultados dessa consulta serão enviados à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos até 15 de abril do próximo ano.

"Beleza do matrimônio e a alegria de ser e fazer família".


FranciscoFamilia_LaurenCater_ACIPrensa"Não podemos qualificar uma família com conceitos ideológicos, não podemos falar de família conservadora e família progressista. A família é família!", disse o papa Francisco em carta enviada ao presidente do Pontifício Conselho para a Família, dom Vicenzo Paglia, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias. O evento ocorrerá na Filadélfia, Estados Unidos, de 22 a 27 de setembro de 2015 com o tema "O amor e nossa missão. A família plenamente viva".
O papa afirmou na carta a dom Paglia que "a missão da família cristã" é "a de anunciar ao mundo, com a força do Sacramento nupcial, o amor de Deus". "A partir deste mesmo anúncio nasce e constrói-se uma família viva, que põe o foco do amor no centro de todo seu dinamismo humano e espiritual".
Assim, "uma família que, com a graça do Senhor, vive em plenitude a própria vocação e a missão O glorifica".
O texto recolhe também o recente Sínodo dos Bispos sobre a família, durante o qual foram debatidas temáticas "mais urgentes que envolvem a família em nossa sociedade plural".
"Os valores e as virtudes da família, sua verdade existencial, são pontos de força sobre os que se apoia o núcleo familiar e não podem ser postos em discussão".
Beleza do matrimônio
"Estamos chamados a revisar nosso estilo de vida que está sempre exposto ao risco de ser 'contagiado' por uma mentalidade mundana – individualista, consumista, hedonista– e encontrar sempre de novo a via mestra para viver e proporcionar a grandeza e beleza do matrimônio e a alegria de ser e fazer família".
O papa assegura que a Igreja deve "prosseguir o empenho de anunciar o Evangelho do matrimônio e da família e de experimentar as propostas pastorais no contexto social e cultural no qual vivemos".
Os desafios "nos estimulam a ampliar os espaços de amor fiel aberto à vida, à comunhão, à misericórdia, a compartilhar e à solidariedade", finaliza o papa, pedindo a todos se deixem guiar pela Palavra de Deus.
Com informações e foto do News.va

Defesa da vida: Papa condena formas de escravidão humana.


escravidao"Desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão", disse o papa Francisco na mensagem por ocasião do Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2015. O papa propõe reflexão sobre os conflitos e guerras ideológicas entre as religiões e países, chamando atenção para a necessidade do diálogo e da paz. O pontífice alerta, ainda, para as diferentes formas de escravidão existentes no mundo e que é preciso "considerar todos os homens, 'já não escravos, mas irmãos'.
"Temos de reconhecer que estamos perante um fenômeno mundial que excede as competências de uma única comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenômeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,[12] o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)".
Ao final da mensagem, Francisco convoca os cristãos para que sejam "artífices da globalização da solidariedade e da fraternidade que possa devolver-lhes a esperança e levá-los a retomar, com coragem, o caminho através dos problemas do nosso tempo e as novas perspectivas que este traz consigo e que Deus coloca nas nossas mãos".

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Como acolher a mulher que abortou? A voz de São João Paulo II.

  

gravidaSão João Paulo II teve a coragem de tratar do assunto com esperança e acolhida às mulheres que recorreram a essa prática. Na Carta Encíclica Evangelium Vitae, escrita pelo santo, são apontados caminhos para o arrependimento e conversão
1 – A verdade do que aconteceu, o consolo e a esperança
"A Igreja está a par dos numerosos condicionalismos que poderiam ter influído sobre a vossa decisão, e não duvida que, em muitos casos, se tratou de uma decisão difícil, talvez dramática. Provavelmente a ferida no vosso espírito ainda não está sarada. Na realidade, aquilo que aconteceu, foi e permanece profundamente injusto. Mas não vos deixeis cair no desânimo, nem percais a esperança. Sabei, antes, compreender o que se verificou e interpretai-o em toda a sua verdade" (n.99).
2 – As razões e justificativas inaceitáveis
"É verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um caráter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas estas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente" (n.58).
3 – Os culpados
"A decidirem a morte da criança ainda não nascida, a par da mãe, aparecem, com frequência, outras pessoas. Antes de mais, culpado pode ser o pai da criança, não apenas quando claramente constringe a mulher ao aborto, mas também quando favorece indiretamente tal decisão ao deixá-la sozinha com os problemas de uma gravidez: 55 desse modo, a família fica mortalmente ferida e profanada na sua natureza de comunidade de amor e na sua vocação para ser 'santuário da vida'. Nem se podem calar as solicitações que, às vezes, provêm do âmbito familiar mais alargado e dos amigos. A mulher, não raro, é sujeita a pressões tão fortes que se sente psicologicamente constrangida a ceder ao aborto: não há dúvida que, neste caso, a responsabilidade moral pesa particularmente sobre aqueles que direta ou indirectamente a forçaram a abortar. Responsáveis são também os médicos e restantes profissionais da saúde, sempre que põem ao serviço da morte a competência adquirida para promover a vida" (n. 59).
4 – O arrependimento, o perdão, a paz e o testemunho
"Se não o fizestes ainda, abri-vos com humildade e confiança ao arrependimento: o Pai de toda a misericórdia espera-vos para vos oferecer o seu perdão e a sua paz no sacramento da Reconciliação. A este mesmo Pai e à sua misericórdia, podeis com esperança confiar o vosso menino. Ajudadas pelo conselho e pela solidariedade de pessoas amigas e competentes, podereis contar-vos, com o vosso doloroso testemunho, entre os mais eloquentes defensores do direito de todos à vida. Através do vosso compromisso a favor da vida, coroado eventualmente com o nascimento de novos filhos e exercido através do acolhimento e atenção a quem está mais carecido de solidariedade, sereis artífices de um novo modo de olhar a vida do homem" (n. 99).
5 – Confiar na ajuda de Deus
Neste grande esforço por uma nova cultura da vida, somos sustentados e fortalecidos pela confiança de quem sabe que o Evangelho da vida, como o Reino de Deus, cresce e dá frutos abundantes (cf. Mc 4, 26-29). Certamente é enorme a desproporção existente entre os meios numerosos e potentes, de que estão dotadas as forças propulsoras da 'cultura da morte', e os meios de que dispõem os promotores de uma 'cultura da vida e do amor'. Mas nós sabemos que podemos confiar na ajuda de Deus, para Quem nada é impossível (n.100).
Colaboração de Paulo Humberto Moreira Nunes, da Comissão Arquidiocesana de Defesa e Promoção da Vida (CADPV), da arquidiocese de Teresina (PI).

Bispos que defendem a valorização da vida são homenageados pelo Senado.

dom_Mauro_MorelliSeis personalidades que se destacaram na defesa dos direitos humanos foram homenageadas pelo Senado Federal com a Comenda Dom Hélder Câmara. Entre elas, receberam condecoração o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, e o bispo emérito de Duque de Caxias (RJ), dom Mauro Morelli. Durante a cerimônia, também foi homenageada, em memória, a fundadora da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, a médica Zilda Arns, falecida em 12 de janeiro de 2010.
Em seu discurso, dom Mauro Morelli defendeu a ampliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar e disse imaginar um país com educação e nutrição. "Sinto que o Brasil precisa se desenvolver de baixo para cima. Um povo saudável e inteligente e participativo é fundamental para a democracia" afirmou. Na foto, dom Mauro recebendo a Comenda das mãos do senador Cristovam Buarque. 
Defensores da vida
Em sua trajetória na Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns coordenou mais de 155 mil voluntários presentes em 32 mil comunidades em bolsões de pobrezas pelo Brasil. Seu trabalho serviu de modelo para diversos países como Angola, Moçambique, Peru, Bolívia, México, Argentina, Filipinas, Colômbia, entre outros.
O bispo emérito, dom Mauro Morelli, atua em atividades de Segurança Alimentar Nutricional. É fundador do Instituto Harpia Harpyia – Agência de Defesa e Promoção do Direito ao Alimento e à Nutrição. Desde 2005, tem se dedicado à causa da segurança alimentar no Brasil.
A Comenda de Direitos Humanos dom Hélder Câmara, do Senado Federal, foi criada em 2010. Reconhece os trabalhos de pessoas que deram contribuição relevante à defesa dos direitos humanos no Brasil. Leva o nome do arcebispo de Olinda e Recife, dom Hélder Câmara (1909 – 1999), que teve intensa atuação como bispo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na defesa dos mais pobres e dos perseguidos políticos durante a ditadura militar no Brasil.
Fonte: CNBB com informações e foto do Senado.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Papa Francisco.

Ano da Paz tem início hoje em todo o país.


Ano da Paz 270x270O Ano da Paz começa neste primeiro domingo do Advento, 30, e será um momento para ajudar na superação da violência e despertar para a convivência mais respeitosa e fraterna entre as pessoas. Aprovado por unanimidade durante a 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrida de 30 de abril a 9 de maio de 2014, o período de reflexões, orações e ações sociais se estenderá até o Natal de 2015.
O arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, afirma que o Ano da Paz é um convite para reflexão sobre os motivos de tantos acontecimentos violentos. “Está na hora da sociedade brasileira dar passos no sentido de buscar uma harmonia maior no relacionamento humano. Os nossos relacionamentos estão muito degastados”, ressalta.
Dom Belisário manifestou a preocupação da entidade com o nível de violência da sociedade brasileira. Para ele, é uma questão complexa que envolve herança histórica, injustiça estrutura, tráfico de drogas e exclusão “de uma camada grande da sociedade”. “Isso tudo tem colaborado para termos essa sociedade tão violenta que a gente está”, disse.
De acordo com os últimos dados do Mapa da Violência, mais de 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. Os jovens são os principais afetados neste contexto, somando mais de 27 mil vítimas naquele ano.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, afirmou que as relações mais próximas, na atualidade, encontram dificuldade de manterem-se vivas e que há uma violência generalizada. “Violência que se manifesta na forma da morte de pessoas, na falta de ética na gestão da coisa pública, na impunidade. A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples”, explicou.
Para celebração do Ano da Paz, serão aproveitados os meses temáticos do Ano Litúrgico, como os meses vocacional, da Bíblia e da missão. “Vamos refletir durante o ano sobre o porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para pensar sobre a paz e a realidade da violência”, lembrou dom Leonardo.
O vice-presidente da CNBB considera que as comunidades devem ser criativas e propor as iniciativas conforme a realidade de cada uma. “A gente quer no Ano da Paz que rezemos, reflitamos, peçamos a paz… Um momento forte de evangelização, de reflexão, de pergunta ‘por que está acontecendo tanta violência?’”, sugeriu.

Confira abaixo a entrevista com dom Leonardo Steiner, na íntegra:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá promover o Ano da Paz. A inciativa foi aprovada por unanimidade pelo episcopado brasileiro na 52ª Assembleia Geral da entidade, ocorrida de 30 de abril a 9 de maio de 2014. A proposta chegou no momento em que há uma realidade de violência. Como caracterizar este contexto?
Dom Leonardo – Percebemos uma violência assustadora em quase todos os níveis; generalizada. Violência que se manifesta na forma da morte de pessoas, na falta de ética na gestão da coisa pública, na impunidade. A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples. As relações mais próximas, hoje, encontram dificuldade de se manterem vivas, fortes, acolhedoras, fontais.
Como, então, pode ser definida a Paz?
Dom Leonardo – A paz é conviver! Harmonia em tensão. Tensão benfazeja que busca integrar todas as pessoas na comunidade. Integrar é abrir espaços. Abrir espaços para outro às vezes causa tensão, mas em seguida enriquece a vida da comunidade. A violência é a decadência do conviver; fruto da exclusão, da rejeição. Falta de amor nas relações. A paz é fruto da participação de todos na construção de uma sociedade em que todas as pessoas, famílias podem viver, educar os filhos e ter oportunidade de futuro. Paz significa a possibilidade de realização, de maturação, de plenificacão dos membros de uma comunidade.
Qual o principal objetivo do Ano da Paz?
Dom Leonardo – O Ano da Paz deverá nos ajudar na superação da violência em todos os níveis. Despertar para a convivência cortês, fraterna. Para termos mais urbanidade, despertemos para a irmandade, conforme nos ensinou Jesus.
Quando se iniciará o Ano da paz?
Dom Leonardo – O início acontecerá com o Advento deste ano. Neste período porque, como comunidades de fé, estaremos na expectativa de um tempo novo, da vida nova. Estaremos à espera do Príncipe da Paz, a Criança de Belém! Partindo do Advento de Deus, estaremos iluminando as nossas relações e anunciando com os anjos: Paz na terra aos homens amados por Deus! O encerramento do Ano da paz será no Natal de 2015.
Poderia indicar algumas iniciativas?
Dom Leonardo – Vamos refletir durante o ano sobre o porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para refletir sobre a paz e a realidade da violência: os meses temáticos como agosto, mês das vocações, setembro, mês da Palavra de Deus, outubro o mês das missões. Mas desejamos ter um dia para manifestar nas ruas de nossas cidades que acreditamos na paz, na fraternidade.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.


logomarca_aidsA taxa de detecção de Aids, entre jovens de 15 a 24 anos, vem crescendo de forma acelerada no Brasil. Desde 2006, os casos de Aids nos jovens entre 15 e 24 anos aumentaram mais de 50%. No resto do mundo, o número de novos casos de HIV entre os jovens caiu 32% em uma década.
Visando a ampliação da testagem do HIV, vírus da Aids, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Pastoral da Aids e do Ministério da Saúde (MS), lançou no dia 27 de novembro, a Campanha "Cuide bem de você e de todos que você ama. Faça o teste HIV". 
Baixe os materiais e ajude na divulgação da campanha:
1. Para baixar e salvar os vídeos com Dom Leonardo Steiner - CNBB
2. Para baixar e salvar os vídeos com o padre Fábio de Melo
3. Para baixar e salvar os spots de rádio com o padre Fábio de Melo
5. Para baixar e salvar a arte da Campanha para confeccionar banners, camisetas e outros 
Campanha mundial
Com a proposta de motivar a população para a prevenção do HIV, foi criado em outubro de 1987, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, por decisão da Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. É uma maneira, também, de para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids. A data no Brasil passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.
Símbolos
O laço vermelho que marca a identidade visual da campanha representa a solidariedade e comprometimento na luta contra a Aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, em homenagem as pessoas que morreram de aids. A cor vermelha foi escolhida por representar o sangue e a idéia de paixão. O símbolo foi inspirado, ainda, no laço amarelo que honrava os soldados americanos na Guerra do Golfo.
Assessoria CNPF com informações G1/Ministério da Saúde.

CNBB lança Campanha de Diagnóstico Precoce do HIV.


Campanha_2711_1A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Pastoral da Aids e do Ministério da Saúde (MS), lançou na tarde desta quinta-feira, dia 27, a Campanha “Cuide bem de você e de todos que você ama”. A iniciativa visa a ampliação da testagem do HIV, vírus da Aids.
O evento de abertura aconteceu na sede da CNBB, em Brasília (DF), e teve a participação do bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da instituição, dom Leonardo Steiner; do ministro da Saúde, Arthur Chioro; do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa; do coordenador do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita; dos secretário executivo e assessor da Pastoral da Aids, respectivamente, frei José Bernardi e frei Luiz Carlos Lunardi.
Na ocasião, dom Leonardo Steiner afirmou que "uma ação que tem por objetivo dar vida melhor às pessoas não pode deixar de ter o apoio da CNBB". Ele recordou a atuação da Igreja com as pessoas que vivem com o vírus da Aids. “Talvez tenha sido a Igreja a primeira a acolher e ir ao encontro das pessoas. Nós estamos dando apenas continuidade e estamos dando um grande passo para que as pessoas possam, o quanto antes, fazer o teste e assim serem acompanhadas”, disse. O bispo convidou, ainda, os participantes a fazerem o gesto com as mãos, como motiva o cartaz da campanha. 
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, nos 30 anos de luta conta a Aids no Brasil aconteceram inovações tecnológicas e avanços no tratamento, fazendo com que atualmente haja uma naturalidade em relação às infecções. “É verdade que temos grupos na população que têm de 12 a 24 vezes mais chances de ter a infecção com o HIV, mas é importante que a sociedade brasileira e, particularmente, os jovens tenham a noção muito clara de que o HIV vai também expor à infecção pessoas que não fazem parte desses grupos”, ressaltou.
Segundo dados do Ministério da Saúde, são 720 mil pessoas que vivem com HIV/Aids no Brasil e 350 mil estão em tratamento. Além disso, cerca de 150 mil pessoas vivem com HIV e não sabem. 
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde explicou que há efeitos positivos quando o teste anti-HIV é feito antes que alguns sintomas se manifestem, pois beneficia a pessoa com o novo protocolo adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento e reduz o risco de novas infecções.
Cuidado
O slogan da Campanha, “Cuide bem de você e de todos que você ama”, teve destaque na fala dos presentes à mesa. O secretário executivo da Pastoral da Aids, frei José Bernardi, afirmou que, com os materiais da Campanha, pretende-se “sensibilizar para o cuidado”. “Fazer o teste HIV é uma forma de cuidar de si e das pessoas que você ama. As peças da Campanha exploram essa ideia e acrescentam informações úteis sobre a epidemia, o HIV e a Aids, que muitas vezes são confundidos pela sociedade”. 
Para Chioro, o slogan remete a valores “essenciais na produção de uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e saudável”. “É o conceito do amor e do respeito a cada um e ao próximo, isso é fundamental para a gente combater ainda os estigmas, o preconceito, a desinformação, que são produtores de muita dor, de muito sofrimento e muita doença”, afirmou.
Ao final da cerimônia, dom Leonardo Steiner convidou os presentes a repetirem o gesto do cartaz da Campanha, que mostra uma pessoa com as mãos próximas, simbolizando o cuidado a partir do lema “Cuide bem de você e de todos que você ama”.
Também participaram da cerimônia agentes da Pastoral da Aids e representantes de entidades, como a secretária executiva do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic), pastora Romi Márcia Bencke.
Campanha
A campanha será desenvolvida em todas as dioceses e paróquias do Brasil. Além de cartazes para igrejas e outros espaços públicos, há folhetos que trazem as razões para a realização do teste. Também foram produzidos spots radiofônicos e peças para televisão e internet. 
O auge da Campanha, que prosseguirá durante o ano de 2015, acontecerá de 29 de novembro a 1º de dezembro, com divulgação especial em todas as celebrações católicas, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Fonte: CNBB

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Como conciliar a relação entre Estado, educação sexual e família?

Criancas_pordosolQuestionamentos sobre a proposta de educação sexual do governo são apresentadas para reflexão por padre Rafael Fornasier. 
Existe uma parceria crescente entre Ministério da Saúde e da Educação no sentido de se transmitir na escola orientações no tangente à sexualidade. Desta parceria, materiais pedagógicos têm sido elaborados e propostos aos educadores. Isso tem causado reações por parte de pais, não só daqueles que têm e praticam uma religião, mas também daqueles que, através do bom senso, reagem ao conteúdo que é oferecido ou ao modo como este é veiculado por iniciativa destes ministérios e secretarias. Cartilhas são preparadas no intuito de fornecer material de apoio aos professores e pais. A partir de orientações em âmbito nacional, percebe-se o aumento de iniciativas por parte das secretarias estaduais e municipais da educação, que adotam cartilhas produzidas por grupos de estudo sobre a orientação sexual, a chamada diversidade de gênero, incluindo a questão homossexual, a prevenção de doenças e a gravidez (métodos contraceptivos). Com a adoção destes materiais em várias partes do Brasil, reações de professores e pais, bem como de ações em âmbito jurídico, deve-se, portanto, afirmar que nem tudo que se propõe é positivo.
Como avaliar a postura do governo através de seus ministérios e secretárias? Que princípios norteiam sua proposta de educação sexual? Que conclusões podemos tirar a partir não só de reações isoladas, mas também em nível coletivo e jurídico, sobre os textos orientativos? Como avaliar o papel da família e dos educadores no âmbito destas propostas?
Alguns apontam hoje para uma tendência do Estado em querer substituir à família no que concerne a educação das crianças, adolescentes e jovens (postura estatizante). Por um lado, fazendo apelo aos direitos das crianças e, por outro, criando seu próprio departamento de planejamento familiar, que, no fundo, não leva em conta os interesses da família, mas tende a propor seu ponto de vista em função de estudos de especialistas, que, muita vezes, sequer têm a família como horizonte ou a valorizam. Por exemplo, num documento Europeu que aborda a questão da educação sexual, fala-se claramente em se evitar a intromissão da família ou da sociedade a respeito dos direitos sexuais individuais. Mas, ao mesmo tempo, conta com esta, porém, não como primeira responsável.
O papel da família (comunidade eclesial) na educação sexual
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1950) lemos o seguinte:
Artigo XII - Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo XXVI - 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Nossa Constituição Federal não trata do assunto. Mas a Lei de Diretrizes Básicas da Educação (1996) afirma o que segue:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A lei também pede a articulação com a família e a comunidade e não trata da educação sexual e da questão de gênero. Porém, muitas vezes a família é mais cobrada do que envolvida no processo de orientação da educação.
Embora nos Parâmetros Curriculares Nacionais, em particular no tema da orientação sexual e, portanto, da educação sexual, considera-se o ensino nesta área como complementar à educação familiar, muitas vezes, existe uma inclinação a não considerar a família como primeira instância educativa e, ao mesmo tempo, a cobrança sobre ela é muito grande:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (ECA, 2010)
Considerações
Uma necessária educação para o amor deve ser abraçada, levando em conta os aspectos fisiológico, psíquico, cultural, social e espiritual a partir de uma antropologia adequada, ou seja, uma visão do homem e da mulher que dê conta da sua dignidade humana e sua realização como pessoa.
A família deve acompanhar o projeto político da escola para aí se debater o que se deve ou não, ou como se poderia abordar a questão da sexualidade. Os pais deveriam estar mais presentes neste processo. Veja-se, por exemplo, a cartilha preparada pelo próprio MEC, em parceria com diversas entidades, inclusive a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que lembra o papel dos pais. Iniciativa positiva, mas que deveria se repetir ao se tratar de assuntos vitais abordados na escolha, e não só em relação ao acompanhamento escolar do filho como um todo. Neste sentido, é cada vez mais necessário estar atento às cartilhas propostas e ao que se deseja incluir na grade curricular do ensino fundamental e médio.
*Sacerdote, mestre em Teologia Dogmática e assessor nacional da Comissão para a Vida e a Família da CNBB.
**Artigo publicado originalmente na edição n.96 da Revista Vida e Família.

Pastoral da Aids lança campanha de prevenção precoce do HIV.

Teasers-5-Pastoral-da-Aids"Cuide bem de você e de todos os que você ama. Faça o teste HIV". Este é o lema da Campanha da Pastoral da Aids, que será lançada no dia 27 de novembro, às 15h, na sede da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), em Brasília.

O lançamento contará com a presença do bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, do ministro da Saúde, Arthur Chioro, do secretário executivo e do assessor da Pastoral da Aids, respectivamente, frei José Bernardi e frei Luiz Carlos Lunardi.
A Campanha buscará incentivar o diagnóstico precoce para o HIV, com a finalidade de contribuir para com a otimização do tratamento e evitar novas infecções. Trata-se de uma resposta ao desafio de diminuir o número de infecções pelo vírus, dado que, mesmo com a epidemia estabilizada, permanecem as chamadas transmissões verticais, ou seja, quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.
De acordo com frei Luiz Carlos Lunardi, é preciso envolvimento de todos os seguimentos da sociedade no enfrentamento da doença. "Todos os setores sociais, todas as organizações devem se comprometer na luta contra a Aids. No acompanhamento das pessoas [portadoras do] HIV, uma questão de solidariedade; na questão do acesso aos medicamentos e tratamentos; na superação do estigma e do preconceito; e lutar e se engajar na luta pelo acesso ao diagnóstico precoce", disse.
De acordo com a Pastoral da Aids, a epidemia da aids está no Brasil há 30 anos. A Pastoral alerta para uma realidade em que, apesar dos avanços na área da medicina e das políticas públicas, ainda persistem óbitos e infecções. Por este motivo, a Pastoral estabeleceu, em parceria com o Ministério da Saúde, o foco da campanha no diagnóstico precoce, para que as pessoas não cheguem doentes ao serviço de saúde, com poucas chances de êxito no tratamento.
A Pastoral da Aids ressalta, ainda, o envolvimento da Igreja na superação da aids desde o início e de muitas maneiras, como as casas de apoio e os centros de convivência sob seu cuidado.
Informações sobre o lançamento: (61) 2103-8313 ou pelo e-mail: assessor@pastoralaids.org.br 
Fonte: CNBB

Família Santuário da Vida!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Missa de envio Área Pastoral São José Operário - Araturi - Caucaia - Região Nossa Senhora dos Prazeres.

Ocorreu no dia 16/11/2014, Missa de envio da Pastoral Familiar na Área Pastoral São José Operário - Araturi - Caucaia - Região Nossa Senhora dos Prazeres. Na ocasião, marcada por uma espiritualidade singular e cheia de graça, como também, pelo louvor vigoroso proporcionado pela motivação do Sacerdote e ação do Espírito Santo, que nos levou a uma verdadeira, frutuosa e perene comunhão com Deus. Na celebração, Padre Joseleudo destacou o novo ardor missionário que trouxe estes oito encontros de implantação e formação, pela Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar de Fortaleza, uma vez que, havia atividades inerentes a Pastoral Familiar junto as famílias da comunidade. Ficamos felizes com a crontribuição valiosa, que prestamos pela missão ao reino de Deus, na edificante caminhada de motivar, subsidiar, ajudar e impulsionar as ações de evangelização nas comunidades através das Pastoral Familiar. Representando a Comissão Arquidiocesana os Casais: Fábio e Márcia, Fontenelle e Margareth, Antônio Carlos e Fátima, Rocha e Sílvia e Rogério e Marlene






quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"A complementaridade entre o homem e a mulher está na base do matrimônio", disse o papa.

FranciscoFamilia_LOsservatoreRomano"A família é um fato antropológico e, consequentemente, um fato social, de cultura. Nós não podemos qualificá-la com conceitos de natureza ideológica (...) Não se pode falar hoje de família conservadora ou família progressista: a família é família! A família tem uma força em si", disse o papa Francisco na abertura do Congresso Internacional sobre a complementaridade entre homem e mulher, na segunda-feira, 17 de novembro.
Em seu discurso, o papa alertou para o perigo da armadilha de qualificar a família com conceitos de natureza ideológica, que só têm força em um momento da história. Ele reiterou o valor da família como fundamento social e destacou o direito da criança de crescer com a presença de um pai e de uma mãe.
Missão do homem e da mulher:
De acordo com Francisco, a complementaridade entre o homem e a mulher está na base do matrimônio e da família. No contexto familiar, essa complementaridade assume várias formas, já que cada homem e cada mulher têm sua própria contribuição para o casamento e a educação dos filhos.
Citando novamente a "cultura do provisório", o papa admitiu que o matrimônio e a família estão em crise. A revolução nos costumes e na moral muitas vezes abanou a "bandeira da liberdade" e acabou levando devastação espiritual e material a tantas pessoas, especialmente as mais vulneráveis.
Francisco disse que a família permanece no fundamento da convivência e da garantia contra a desintegração social. Ele enfatizou que as crianças têm o direito de crescer em uma família, com um pai e uma mãe, capazes de criar um ambiente idôneo ao seu desenvolvimento.
"Possa este congresso ser fonte de inspiração para todos aqueles que procuram apoiar e reforçar a união do homem e da mulher no matrimônio como um bem único, natural, fundamental e belo para as pessoas, as famílias, as comunidades e as sociedades", desejou o Papa.
O congresso internacional sobre complementaridade entre homem e mulher acontece no Vaticano até a quarta-feira, 19. O evento é promovido pela Congregação para a Doutrina da Fé.

Entenda sobre os métodos naturais para uma vida a dois mais saudável.

casal-bebeO uso dos contraceptivos pode interferir na paternidade responsável? Saiba como é possível viver o relacionamento conjugal de forma saudável e no amor fraterno, na reflexão de MARLI VIRGINIA LINS E NOBREGA*
Os métodos de planejamento familiar natural são métodos de regulação da fertilidade, que fazem parte de um estilo de vida cristão. Não são métodos contraceptivos, não são pílulas anti-bebês e não provocam abortos.
O primeiro desafio para utilização dos métodos naturais é a mentalidade contraceptiva. Falta aos cristãos a compreensão do valor, da beleza e da dignidade da vida humana, criada por Deus à sua imagem e semelhança. A pessoa é digna e boa, e o filho desta pessoa é digno e bom?
Muitos casais têm medo de ter um filho, ou têm medo de ter mais um filho, porque não veem este filho como um presente do amor de Deus, mas como um mal. A mentalidade contraceptiva os faz considerar o filho não concebido como uma "coisa indesejada", e desta maneira, mesmo inconscientemente, desprezam o ser humano, desvalorizam a vida.
Deus cria a mulher com períodos de fertilidade, e causar uma disfunção nesta mulher, a infertilidade, ainda que temporária, é reduzir a sexualidade a um simples objeto de prazer, por isto, a mentalidade e os métodos contraceptivos são intrinsicamente ruins.
O segundo grande desafio é o conceito errôneo de paternidade responsável. Casais usam os métodos contraceptivos acreditando que eles são necessários para exercer a paternidade responsável, mas a paternidade responsável pressupõe uma abertura aos filhos, e os contraceptivos têm como finalidade excluir os filhos do relacionamento conjugal.
O ato matrimonial, ao unir intimamente os esposos, conserva o amor mútuo e recíproco, e os tornam aptos a gerarem uma nova vida, aptos a paternidade. Os esposos realizam a vocação matrimonial quando respeitam em cada ato conjugal esses dois aspectos essenciais: o unitivo e o procriativo . Realizam a missão a que foram chamados e exercem a paternidade de maneira responsável, mesmo quando com prudência e generosidade aceitam gerar e educar uma prole numerosa .
Na vida do casal podem existir circunstâncias sérias, tanto físicas quanto psicológicas, ou ainda circunstâncias externas, as quais impossibilitam a geração de um novo filho. Então, neste caso para exercer a paternidade responsável é lícito utilizar dos métodos de regulação da natalidade, mantendo as relações conjugais nos períodos de infecundidade da mulher.
O terceiro desafio é a falta de conhecimento dos métodos naturais. Os métodos de regulação da natalidade são métodos científicos muitos eficazes. Eles podem ser utilizados por mulheres em todas as fases da vida reprodutiva, da adolescência à menopausa. Podem ser utilizados por mulheres com ciclos regulares e irregulares.
Quando pensamos nos desafios podemos nos tornar pessimistas em relação à utilização dos métodos naturais. No entanto, já existe uma mudança de comportamento por parte dos cristãos, que compreendem a importância de estarem abertos à vida.
Podemos constatar esta nova realidade com a multiplicação de pedido de cursos sobre os métodos naturais e a quantidade de pessoas dispostas a serem instrutoras deles.
Também pessoas sem referência religiosa, mas em busca de uma vida saudável, procuram os métodos naturais para não ficarem expostas as doenças causadas pelo uso dos hormônios sexuais femininos.
O testemunho de jovens casais que viveram a castidade no namoro, e que por isso mesmo não encontram dificuldade em viver a castidade no matrimonio. Eles utilizam os períodos infecundos para o ato matrimonial, e os períodos de fecundidade para aprofundar o diálogo, o companheirismo, o amor fraterno, mostram a beleza da vida, de quem faz a experiência de um amor pleno.
Casais maduros, ao abandonarem os contraceptivos para serem fieis ao projeto de amor de Deus, descobrem o dom recíproco, e viverem o amor conjugal sem drogas e sem pecado.
A ciência tem mostrado a importância destes métodos, estudando em profundidade os ciclos femininos e colocando novos métodos a serviço dos casais.
O método Billings é o mais difundido e consiste na observação do muco cervical. O método da temperatura corporal basal é muito utilizado em associação ao método de Billings principalmente nos extremos da vida reprodutiva. O método sintotérmico Sensiplan, além da observação do muco e da temperatura, também orienta o toque do colo uterino como uma ajuda adicional.
Alternativa atraente para os apaixonados por tecnologia são os monitores de fertilidade. Dispositivos eletrônicos capazes de usar vários métodos para diagnostico de fertilidade podem analisar mudanças de níveis de hormônios, a temperatura corporal basal, a resistência elétrica de saliva e secreções vaginais, ou faz uma combinação desses métodos. Entre eles destacamos: Baby Comp que utiliza a temperatura corporal, Ovulens que mostra a cristalização da saliva, Persona que faz o teste do LH, e Ovacue que analisa a mudança dos eletrólitos na saliva e na secreção vaginal.
Os desafios para utilização dos métodos naturais são grandes, e as perspectivas são muito boas, mas é a liberdade de cada casal a grande responsável pela utilização ou não destes métodos.
*Médica Ginecologista e Obstetra, membro da Comissão de Bioética da CNBB.
Conf. Encíclica Humanae Vitae
Conf Gaudium et Spes, 50.
Conf. Encíclica Humanae Vitae 16

Aos pais, o papa pede para educar as crianças com exemplos.


crianas"Para transmitir a fé às crianças e aos jovens de hoje os adultos devem oferecer mais exemplos do que palavras", disse o papa Francisco durante a homilia da Missa na Casa Santa Marta, no dia 14 de novembro. Participou da celebração um grupo de crianças de uma paróquia de Roma convidado pelo papa.
Como transmitir a fé à geração digital, constantemente estimulada por imagens? A resposta do papa foi simples: pelo exemplo. "Olhar para os jovens, é olhar para uma promessa, para o mundo que virá. Mas o que deixaremos para o nosso futuro?", perguntou:
"Ensinamos aquilo que ouvimos na Primeira leitura: caminhar no amor e na verdade? Ou o ensinamos com as palavras, mas a nossa vida prossegue por outro rumo? Os jovens são para nós uma responsabilidade! Um cristão deve cuidar dos adolescentes, das crianças e transmitir a fé, transmitir aquilo que vive, que está no seu coração. Nós não podemos ignorar as mudas que crescem!".
Para o papa Francisco, é essencial assumir uma postura justa em relação aos jovens. E "como é a minha atitude?" – questionou ainda. De irmão, de pai, de mãe, de irmã, que ajuda a crescer ou é uma atitude de distância: "eles crescem, e eu sigo a minha vida...?":
"Todos nós temos uma responsabilidade: dar o melhor de nós, e o que temos de melhor é a fé. Temos que dar a fé, mas com o exemplo. Não com as palavras, hoje as palavras não servem. Nesse mundo da imagem, no qual todos têm um celular não é preciso palavras. Que exemplo damos?"
O papa começou a perguntar aos jovens porque estavam na Santa Marta. Depois de alguns instantes, um deles tomou coragem e admitiu: 'Para te ver', disse uma criança. O papa retribuiu, dizendo que ele também estava feliz em vê-los, e perguntou ainda se tinham recebido a Primeira Comunhão ou a Crisma, repetindo a todos que o Batismo 'abre as portas à vida cristã' e que, depois, 'começa um caminho que dura a vida toda'; o percurso descrito na Carta de São João lida pouco antes: "Caminhar na verdade e no amor".
"Mais adiante – indicou o papa – virão outros sacramentos, como o matrimônio, mas o importante – destacou – é saber viver este caminho como Jesus".
"Nestes sacramentos... a oração é um sacramento?... Não! A oração não é um Sacramento, mas devemos rezar. Vocês não sabem a quem rezar? Pois bem... Rezar ao Senhor, rezar a Jesus, rezar a Nossa Senhora para que nos ajudem neste caminho da verdade e do amor. Entenderam? Vocês vieram me perguntar, quem de vocês falou? Você? Concorda? Ou deixamos Jesus de lado?".

domingo, 16 de novembro de 2014

Missa de envio na Paróquia Cristo Redentor - Cristo Redentor - Região Nossa Senhora da Assunção.

Ocorreu no dia 09/11/2014, Missa de envio da Pastoral Familiar na Paróquia do Cristo Redentor, no Cristo Redentor na Região Nossa Senhora da Assunção. Na celebração Padre Elder destacou o novo ardor missionário que trouxe estes oito encontros de implantação pela Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar de Fortaleza, uma vez que, já havia um trabalho relacionado com as famílias na comunidade pela Pastoral Familiar. Ficamos felizes com esta crontribuição valiosa, que prestamos pela missão ao reino de Deus, na edificante caminhada de motivar, subsidiar, ajudar e impulsionar a ações de evangelização nas comunidades através das Pastoral Familiar. Representando a Comissão Arquidiocesana os Casais: Fábio e Márcia, Fontenele e Margareth, Antônio Carlos e Fátima, Rocha e Silvia e Messias e Marta.






sábado, 15 de novembro de 2014

Filme de Irmã Dulce fala de relacionamento "mãe e filho".

irm-dulce-primeiras-imagensNo próximo dia 27 de novembro acontece o lançamento do primeiro filme sobre a vida e missão da religiosa, Irmã Dulce. Na quinta-feira, 13, o longa já entrou em cartaz nas regiões Norte e Nordeste do país. Confira trechos do filme. 
O arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil, dom Murilo Kriger, destaca que o filme retrata com fidelidade e verdade o testumunho cristão da freira beatificada em 10 de dezembro de 2010, pelo papa Bento XVI, em Salvador. A beata recebeu o título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica.
"A verdade se impõe; a verdade ilumina; a verdade liberta. Um filme sobre Irmã Dulce só teria sentido se fosse expressão da verdade de sua vida. Não fosse verdadeiro, os primeiros a criticá-lo seriam os que a conheceram", explica dom Murilo.
Sobre a obra
Com direção de Vicente Amorim, roteiro de Anna Muylaert e L.G. Bayão, além da produção assinada por Iafa Britz, o longa-metragem, filmado em Salvador, mostra momentos marcantes da trajetória da beata.
O longa destaca o cuidado e o relacionamento de "mãe e filho" entre a freira e João, um menino pobre que a pede abrigo após a família ser retirada de casa. Na infância e na vida adulta dele, Irmã Dulce o salva duas vezes da morte: retirando-o do ônibus após acidente em frente ao convento e quando criminosos o ameaçam de morte por conta de uma dívida.
Com informações do G1 BA
Irmã Dulce: o filme
Dom Murilo S.R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia (BA) e Primaz do Brasil
Um filme sobre Irmã Dulce? Quando a questão foi colocada, pensei logo nas vantagens e nos riscos. Vantagens: Jesus disse que a luz precisa ser colocada no alto, para que ilumine o ambiente em que está. Ora, a vida de Irmã Dulce é rica de ensinamentos. Pequena e frágil, sensível à miséria humana, não procurou desculpas para ficar recolhida a seu convento. Pelo contrário, foi à luta, dedicou-se aos pobres e doentes e multiplicou-se em pessoas que podiam ajudá-la. Riscos: o valor da vida de Irmã Dulce se baseia especialmente na sua simplicidade. Um filme não iria idealizar essa vida, romanceá-la ou, mesmo, esvaziá-la? Lembrei-me logo de outra religiosa, também pequena, frágil e doente: Bernadete de Soubirous, vidente de Lourdes (1858). Pouco antes de seu falecimento, alguém lhe perguntou: "Quando se escrever sobre os acontecimentos da Gruta de Lourdes, o que você gostaria que fosse escrito?" Ela respondeu: "A verdade. Somente a verdade".
A verdade se impõe; a verdade ilumina; a verdade liberta. Um filme sobre Irmã Dulce só teria sentido se fosse expressão da verdade de sua vida. Não fosse verdadeiro, os primeiros a criticá-lo seriam os que a conheceram. É comum encontrarmos pessoas que fazem um comentário sobre um encontro que tiveram com Irmã Dulce; com a descrição da reação que ela teve diante de um problema; com a recordação de uma resposta sua, quando diante de um desafio. Vê-se, pois, que um filme sobre ela não poderia ser uma exaltação gratuita nem, muito menos, uma caricatura de sua vida. Por isso, as Obras Sociais de Irmã Dulce colocaram como exigência, para a concessão da licença para a produção de um filme sobre a vida de Irmã Dulce, que o roteiro fosse previamente aprovado por seus responsáveis. Afinal, não poderia prevalecer a chamada "lógica do mercado", que prioriza o que agrada mais, o que vende melhor, o que causa maior sucesso.
É verdade que, com isso, os problemas não estavam resolvidos. Outras questões nasciam: como traduzir na linguagem do cinema a riqueza dos detalhes da vida de Irmã Dulce? Se a intenção fosse fazer um documentário, tudo seria mais fácil. Mas como apresentar o olhar de Deus sobre sua vida? Tarefa difícil, mas que não podia ser ignorada, especialmente desde que a Igreja, reconhecendo a heroicidade das virtudes dessa religiosa, a beatificou. Como esquecer a tarde memorável do dia 22 de maio de 2011, quando se tornou oficial uma certeza que já estava arraigada no coração dos baianos: a de que o testemunho do "Anjo Bom da Bahia" poderia ser levado em consideração por quem quisesse seguir Jesus Cristo, particularmente em sua dedicação por aqueles que a sociedade costuma ignorar?
Os desafios e as preocupações diante da perspectiva do filme "Irmã Dulce" não paravam por aí. Mas era preciso avançar. Assim, algumas convicções se impuseram: o que fosse retratado deveria ser verdadeiro; aceitar-se que nenhum filme sobre Irmã Dulce seria completo e lembrar que uma obra artística é a expressão de um ponto de vista. Tomadas as decisões, as filmagens começaram.
Agora, a obra está pronta. Mais alguns dias e o filme "Irmã Dulce" estará nas telas de cinema de todo o Brasil. O que dizer dele? Estou feliz com o resultado. Sinto-me livre para dizer mais: o filme superou minhas expectativas. "Irmã Dulce" é um filme que eu gostaria de ter feito, se fosse cineasta.
Cumprimento aqui todos os que trabalharam em função desse filme. Não destaco nomes, para não cometer injustiças. Numa obra como essa, de muitas mãos, os aplausos devem ser para todos. Não sei o que a própria Irmã Dulce diria, se visse esse filme sobre a sua vida. É possível, até, que ela saísse na metade da exibição: vendo determinada cena, possivelmente se lembraria de algum pedido que um pobre lhe fez no dia anterior, de um rosto que ela viu no corredor de seu hospital ("Será que aquela senhora já foi atendida?...") ou de um médico com quem ela precisava falar com urgência. Que o filme esperasse; quem precisa de alguma ajuda, não pode esperar...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Francisco: "O Reino de Deus cresce em silêncio, não 'quer se mostrar'.


Cidade do Vaticano (RV) - O Reino de Deus cresce a cada dia graças a quem o testemunha sem fazer “barulho”, rezando e vivendo com fé os seus compromissos na família, no trabalho e na comunidade. Foi o que destacou o Papa Francisco na homilia desta manhã, celebrada na capela da Casa Santa Marta.
O Reino de Deus se encontra no silêncio, “talvez numa casa onde se chega ao final do mês somente com cinquenta centavos”, mas mesmo assim não se deixa de rezar e de cuidar dos próprios filhos e dos avós. Longe do clamor, porque o Reino de Deus “não chama atenção”, exatamente como acontece com a semente que cresce debaixo da terra. O Papa se deixa guiar na sua homilia pelas palavras lidas no trecho do Evangelho de Lucas, onde à pergunta dos fariseus “Quando chegará o Reino de Deus?”, Jesus responde: “não virá num dia em que lhes dirão: ‘Ei-lo ali’ ou: ‘Ei-lo aqui’; pois eis que ele está no meio de vós”. “O Reino de Deus – afirmou o Papa – não é espetáculo. O espetáculo muitas vezes é a caricatura do Reino”:
O espetáculo! Nunca o Senhor diz que o Reino de Deus é um espetáculo. É uma festa, mas é diferente. É festa, é bela, é uma grande festa, e o Céu é uma festa, mas não um espetáculo. A nossa fraqueza humana, no entanto, prefere o espetáculo”.
Muitas vezes, prosseguiu o Papa, o espetáculo é uma celebração – por exemplo um casamento – no qual as pessoas, ao invés de receber um Sacramento “vão para fazer uma exibição de moda, para se mostrar... por vaidade”. Ao contrário, “o Reino de Deus é silencioso, cresce dentro”. Em seguida, Francisco citou as palavras de Jesus: “também para o Reino chegará o momento de manifestar a força, mas será somente no final dos tempos”.
“O dia em que fará barulho, o fará como um relâmpago que atravessa os céus. Assim fará o Filho do homem no seu dia, no dia em que fará barulho. E quando se pensa na perseverança de tantos cristãos – homens e mulheres – que levam adiante a família, que cuidam dos filhos, que cuidam dos avós, que chegam ao fim do mês com meio euro no bolso mas rezam, ali está o Reino de Deus; escondido na santidade da vida cotidiana, na santidade de todos os dias, porque o Reino de Deus não está longe de nós, está perto! Esta é uma das suas características: proximidade, todos os dias”.
Também quando descreve o seu retorno numa manifestação de glória e de poder, Jesus – insistiu o Papa – acrescentou que “antes é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração”. Isto quer dizer, notou o Papa, que “o sofrimento, a cruz, a cruz cotidiana da vida – a cruz do trabalho, da família, de fazer bem as coisas – esta pequena cruz cotidiana é parte do Reino de Deus”. E encerrou: peçamos ao Senhor a graça de “zelar pelo Reino de Deus que está dentro de nós com a oração, a adoração e o serviço da caridade, silenciosamente”.
O Reino de Deus é humilde, como a semente: humilde; mas cresce, eh? Pela força do Espírito Santo. A nós cabe deixá-lo crescer em nós, sem nos vangloriar; deixar que o Espírito venha, nos transforme a alma e nos leve avante no silêncio, na paz, na serenidade, na proximidade a Deus, aos outros, na adoração a Deus, sem espetáculos”.