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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Viver para servir.

Resultado de imagem para dom alberto taveiraDom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará

Jesus, que veio para servir e não para ser servido (Cf. Mc 10, 45), formou seus discípulos de todos os tempos na escola do serviço mútuo. Desde sempre, mesmo com o mistério do pecado, que provoca escândalos, divisão e todos os seus frutos (Cf. Lc 17, 1-4), o Senhor se faz presente, proclamando a misericórdia, espalhando o perdão, edificando a reconciliação e a paz. Até hoje, o serviço prestado pela Igreja, quando vivido com autenticidade, tem o rosto da caridade.
Só que os discípulos, desde tempos idos, devem ser continuamente formados e corrigidos. O Evangelho de São Lucas (Cf. Lc 17, 1-10) reflete os caminhos para solucionar problemas vividos pelas primeiras gerações de cristãos, além de anunciar a Palavra de Jesus. Dali colhemos ensinamentos para nossa vida pessoal e nas Comunidades cristãs. Começa dos pequenos, os mais simples, a serem respeitados, que não podem ser escandalizados e devem estar no coração da comunidade cristã (Cf. Lc 17, 1-2). Com eles, ganham destaque (Cf. Lc 17, 3-4) os mais fracos e pecadores, com os quais, "sete vezes", isto é, sempre, há que se perdoar!
Certamente a proposta de Jesus causa até hoje reações, parecendo impossível vivê-la integralmente. Só com a fé e a confiança total em Deus! (Cf. Lc 17, 5-6). Com a fé, podemos tornar-nos  capazes de destruir a montanha de preconceitos existentes no relacionamento entre as pessoas, para jogá-la ao mar e tornar-nos livres e irmãos de verdade. Assim se pode compreender o que o Senhor pede, quando exige que os cristãos se sintam quais servos inúteis! Trata-se de servir aos outros sem buscar retribuição, apoio ou elogio. Mais adiante, a gratidão e a simplicidade, que não vão atrás da propaganda enganosa (Cf. Lc 17, 11-21), completam este pequeno manual de vida cristã em Comunidade! E ele pode ampliar seu alcance para a sociedade!
Justamente neste final de semana, o Brasil inteiro vai às urnas, para eleger as pessoas que deverão estar à frente dos poderes executivo e legislativo dos municípios de nosso país, chamados a servir e não ser servidos! Podemos imaginar a dificuldade para qualquer candidato acolher a provocante proposta de Jesus: "Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: 'Somos simples servos; fizemos o que devíamos fazer'" (Lc 17, 10). 
Embora não tenha nenhum partido político nem faça campanha partidária, a Igreja pode e deve orientar os seus fiéis sobre a importância de seu voto consciente e correto. “A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política, não pode nem deve se colocar no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Deve inserir-se nela pela via da argumentação racional e deve despertar as forças espirituais, sem as quais a justiça... não poderá firmar-se nem prosperar” (Bento XVI, Deus Caritas Est, n. 28).
Na Doutrina Social da Igreja, "política" é "uma prudente solicitude pelo bem comum" (João Paulo II, Laborem exercens, 20). "Os fiéis leigos não podem de maneira nenhuma abdicar de participar na 'política', ou seja, na multíplice e variada ação econômica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover de forma orgânica e institucional o bem comum” (João Paulo II, Christifideles laici, 42).
Infelizmente, a corrupção eleitoral ainda é um problema enraizado na mentalidade do nosso povo. Muitos acham natural a troca do voto por algum favor do candidato. É preciso instalar uma nova consciência política e mudar a situação com o nosso voto. Voto não se vende. "Voto não tem preço, tem consequências". Não se deve votar apenas levados pela propaganda, pela maioria, pelo interesse financeiro pessoal ou por pressão. Cada um é responsável pelo seu voto e suas consequências. O voto para escolher o Prefeito e Vereadores é importante. Depende de cada um de nós que o município seja governado por pessoas que desejam o bem de todos. Quem não cuida honestamente de seus negócios pessoais ou empresas não tem condições de representar o povo na Prefeitura nem na Câmara de Vereadores. Cabe-nos escolher candidatos que não trocam seu voto por tijolos, bolsas de alimentos, remédios, promessas ilusórias para melhorar seu bairro, candidatos que respeitam e valorizam a família, candidatos com ficha limpa, que não aumentem seus bens pela corrupção. 
É necessário campear no meio do imenso leque dos homens e mulheres que se apresentam como candidatos, para ver quem valoriza a educação das crianças, adolescentes e jovens, o ensino religioso nas escolas e o atendimento melhor à saúde, quem respeita a vida em todas as idades e é contra o aborto. Especialmente em nosso ambiente, verificar quem respeita o equilíbrio da natureza - florestas, rios-, promove o saneamento básico e a construção de moradia em lugares sem risco. Em quem apresenta projetos práticos por transporte digno para a população. Em quem se compromete com uma organização eficaz para a segurança e paz da sociedade (Cf. Dom Fernando Rifan, Eleições 2012).
Um dos princípios basilares do Ensinamento Social da Igreja, a busca do Bem Comum, pode ser um critério adequado para o exercício da cidadania nas eleições municipais. E este é uma das fragilidades da prática política em nosso país. Grupos ideológicos ou setoriais visam em primeiro lugar seus interesses corporativos, ao invés de compreender a política, que, em si é uma alta forma de caridade, como o caminho para se buscar o bem de todos, considerando como privilegiados os mais frágeis da sociedade, os pobres e excluídos, que clamam por justiça!
Enfim, podemos olhar para Jesus, o Filho de Deus, condenado à morte por um conluio político-religioso no tempo da ocupação romana na Palestina. Por causa de sua confiança no Pai, acolheu a todos como irmãos, interpelou o sistema político vigente, que mantinha marginalizadas tantas pessoas. Conduzido à morte no Calvário, diante de seus algozes, do alto do trono da Cruz, aquele que veio para servir e não para ser servido, é capaz de dizer "Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!" (Lc 23, 34). É ousadia, mas o perdão, a reconciliação, a capacidade para olhar os adversários na política e na sociedade como irmãos, tudo isso pode ser o caminho para o dia seguinte às eleições!

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Formação "Visita Missionária" na Paróquia Mãe Santíssima no bairro Parque Dois Irmãos da Região Nossa Senhora da Conceição

Aconteceu dia 28.09.16 ás 19h30m na Paróquia Mãe Santíssima no bairro Parque Dois Irmãos da região Nossa Senhora da Conceição, uma formação sobre "Visita Missionária." Todo esse trabalho proposto pela Pastoral Familiar deve ser visto como missão, missão que nasce do desejo de compartilhar com as pessoas visitadas  a própria experiência de salvação. É uma resposta ao seguimento de Jesus Cristo, demonstrando sua fé e seu compromisso cristão. Representando a Comissão Arquidiocesana de Fortaleza  os coordenadores da Pastoral Familiar Fábio e Márcia e o casal assessor da região Cláudio Reges e Raquel.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

3º Encontro de Implantação da Pastoral Familiar na Paróquia São José - Passaré da Região Nossa Senhora da Conceição

Realizado no dia 26.09.16 às 19.30h, na Paróquia São José no Passaré da Região Nossa Senhora da Conceição o terceiro Encontro de Implantação da Pastoral Familiar, com o tema: O Sacramento do Matrimônio. A vocação para o Matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram da mão do Criador. O casamento não é uma instituição simplesmente humana, a salvação da pessoa e da sociedade está estreitamente ligada ao bem - estar da comunidade conjugal e familiar. O Pároco Pe. Luciano esteve presente neste encontro abençoando os agentes pastorais. Representando a Pastoral Familiar  da Arquidiocese de Fortaleza o casal assessor da região, Cláudio Reges e Raquel.


Papa: a vaidade é a osteoporose da alma.


Quinta-feira, 22 de setembro, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que a vaidade é a osteoporose da alma. O Evangelho do dia apresenta-nos o rei Herodes inquieto porque, depois de ter morto João o Batista, agora sente-se ameaçado por Jesus. Estava preocupado como o pai, Herodes o Grande, depois da visita dos reis magos – afirmou o Papa.
Segundo o Santo Padre, Herodes tem na alma duas inquietações: aquela boa “que nos dá o Espírito Santo e faz com que alma esteja inquieta para fazer coisas boas” e a “inquietação má, aquela que nasce de uma consciência suja”. E os dois Herodes resolviam as suas inquietações “matando” e passando “por cima dos cadáveres” – disse Francisco:
“Esta gente que fez tanto mal, que faz mal, tem a consciência suja e não pode viver em paz, porque vive numa comichão constante, numa urticária que não os deixa em paz... Esta gente praticou o mal, mas o mal tem sempre a mesma raiz, todo o mal: a avidez, a vaidade e o orgulho. E os três não deixam a consciência em paz; os três não deixam que a inquietação saudável do Espírito Santo entre, mas levam a viver assim: inquietos, com medo. Avidez, vaidade e orgulho são a raiz de todos os males”.
O Papa Francisco na sua homilia focou a sua atenção na vaidade e citou a leitura do Eclesiastes proposta pela liturgia do dia tendo sublinhado que a vaidade é como a osteoporose da alma: os ossos parecem bons mas dentro estão estragados – afirmou o Papa:
“A vaidade que nos enche. A vaidade que não tem vida longa, porque é como uma bola de sabão. A vaidade que não nos dá um ganho real. Qual o ganho que tem o homem com toda a trabalheira com a qual se ocupa? Ele está ansioso para aparecer, para fingir, pela aparência. Esta é a vaidade. Se queremos dizer simplesmente: "A vaidade é maquiar a própria vida. E isso deixa a alma doente, porque se alguém falsifica a própria vida para aparecer, para fazer de conta, e todas as coisas que faz são para fingir, por vaidade, no final o que é que ganha? A vaidade é como uma osteoporose da alma: os ossos do lado de fora parece bons, mas por dentro estão todos estragados. A vaidade leva-nos à fraude”.
O Papa Francisco recordou que existem muitas pessoas que parecem boas, que vão à missa aos domingos e até fazem ofertas para a Igreja, mas isso é o que se vê – comentou – mas “a osteoporose é a corrupção que têm dentro”. “Que o Senhor nos livre destas três raízes de todo os males: a avidez, a vaidade e o orgulho. Mas sobretudo da vaidade, que nos faz tanto mal” – disse o Papa na conclusão da sua homilia.

Papa na Audiência: perdão e doação; pilares da convivência fraterna.


Cidade do Vaticano (RV) – “Misericordiosos como o Pai” foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira (21/09), na Praça S. Pedro.
 
Não obstante a chuva que caiu sobre Roma nas primeiras horas do dia, cerca de 25 mil fiéis ouviram o Papa Francisco falar que ser misericordioso não é um slogan, mas um compromisso de vida.
“Mas é realmente possível amar como Deus ama e ser misericordioso como Ele?”, questionou o Pontífice, que explicou:
“Se olharmos a história da salvação, vemos que toda a revelação de Deus é um incessante e incansável amor pelos homens: Deus é como um pai e como uma mãe que ama de amor insondável. A morte de Jesus na cruz é o ápice da história de amor de Deus com o homem. Um amor tão grande que só Deus pode realizar.”
Se comparado com este amor sem medida, prosseguiu o Papa, é evidente que o nosso parecerá imperfeito. “Ser perfeito significa ser misericordiosos”, afirmou. Mas quando Jesus nos pede para sermos misericordiosos como o Pai não pensa na quantidade, mas no compromisso dos discípulos de se tornarem sinais, canais, testemunhas da misericórdia infinita de Deus.
Perdoar e doar-se
Por isso, a Igreja só pode ser sacramento da misericórdia de Deus no mundo, em todos os tempos e por toda a humanidade. Na prática, acrescentou Francisco, ser misericordioso significa saber perdoar e doar-se. Jesus não pretende subverter o decurso da justiça humana, todavia recorda aos discípulos que para ter relações fraternas é preciso suspender os juízos e as condenações.
“O cristão deve perdoar. Por quê? Porque foi perdoado. Todos nós que estamos aqui nesta Praça fomos perdoados. Todos nós, em nossas vidas, sentimos necessidade do perdão de Deus. Porque fomos perdoados, devemos perdoar. Todos os dias rezamos no Pai-Nosso: perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Assim é fácil perdoar. Se Deus me perdoou porque não posso perdoar? Sou maior que Deus? Entenderam bem isso?"
Dignidade
“Julgar e condenar o irmão que peca é errado”, destacou o Papa. “Não temos o poder de condenar o nosso irmão que erra, não estamos acima dele: mas temos o dever de recuperá-lo à dignidade de filho do Pai e de acompanhá-lo no seu caminho de conversão.” “Deus não quer renunciar a nenhum de seus filhos”, frisou o Pontífice.  
Perdoar é o primeiro pilar que sustenta a comunidade cristã, continuou. O segundo é doar-se. Estar disposto a doar-se obedece a uma lógica coerente: na medida em que se recebe de Deus, se doa ao irmão, e na medida em que se doa ao irmão, se recebe de Deus!
Portanto, concluiu o Papa, o amor misericordioso é o único caminho a percorrer.
“Quanta necessidade temos todos nós de sermos um pouco mais misericordiosos, de não falar mal dos outros, de não julgar, de não falar mal com críticas, com inveja, com ciúme. Não! Perdoar, ser misericordiosos, viver a nossa vida no amor e doar. Este amor permite aos discípulos de Jesus não perder a identidade recebida por Ele, e reconhecer-se como filhos do mesmo Pai. Não se esqueçam disso: misericórdia e dom. Perdão e doação. E assim o coração se alarga no amor. Ao invés, o egoísmo, a raiva faz com que o coração se torne pequeno, duro como uma pedra. O que vocês preferem: um coração de pedra ou um coração cheio de amor?", perguntou aos fiéis na Praça. "Se preferirem um coração repleto de amor, sejam misericordiosos!"
Alzheimer
Ao final da Audiência, Francisco recordou que neste dia 21 de setembro celebra-se o 23º Dia Mundial do Doente de Alzheimer, que este ano tem como tema “Lembre-se de mim”.
“Convido todos os presentes a 'lembrarem-se', com a solicitude de Maria e com a ternura de Jesus Misericordioso, dos que padecem deste mal e de seus familiares para que sintam a nossa proximidade. Rezemos também pelas pessoas que assistem os doentes, que sabem colher suas necessidade, inclusive as mais imperceptíveis, porque vistos com olhos repletos de amor."

Dia Nacional da Bíblia - Bíblia: tesouro sempre novo.

Dom Caetano Ferrari
Diocese de Bauru

Lembro-me que no primeiro domingo de setembro chamei a atenção aqui que todo setembro é dedicado à Bíblia. Hoje, último domingo de setembro, é Dia Nacional da Bíblia. E no próximo dia 30, comemora-se São Jerônimo, um dos quatro grandes doutores da Igreja latina, que ficou famoso por ter feito a tradução de toda a Bíblia do original hebraico e grego para o latim, concluída no ano de 404 e conhecida como “Vulgata”. Conhecedor profundo do hebraico, grego e latim, São Jerônimo é considerado como um dos maiores conhecedores da Bíblia. Pois bem, por estes motivos, setembro foi organizado ao redor do tema da Bíblia para que nós, cristãos, possamos valorizar a Palavra de Deus em nossa vida, não só em setembro, mas sempre. 
A Igreja vem dizendo desde tempos remotos que a Palavra de Deus é para ser “escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada”. O método tradicional que a Igreja usa é o da “Leitura Orante da Bíblia”, em latim, a “Lectio Divina”. Esta forma privilegiada para se aproximar da Sagrada Escritura é a que melhor introduz ao conhecimento de Jesus Cristo e melhor conduz ao encontro pessoal com Ele. Pois, como escreveu São Jerônimo, “Conhecer a Bíblia é conhecer a Cristo, desconhecer a Bíblia é desconhecer a Cristo”. E o que há de mais importante na vida do que conhecer e amar a Jesus Cristo? Na Escritura se lê que neste mundo “nada deve se antepor a Jesus Cristo”. Jesus Cristo é o Messias, o Salvador, o Senhor. Paulo Apóstolo, depois que fez a experiência do encontro com Jesus Cristo, tornou-se apaixonado por Ele e o demonstrou com expressões de afeição e adesão de extraordinária beleza e profundo significado, como estas, por exemplo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20); “Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1, 21); “Mas o que era para mim lucro tive-o como perda, por amor de Cristo. Mais ainda, tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por ele, perdi tudo e tudo tenho como lixo, para ganhar a Cristo e ser achado nele,..” (Fl 3, 7-9). 
Meditemos o Evangelho da Missa de hoje, tirado de Lucas 16,19-31. Jesus conta a parábola de um homem rico e de um pobre chamado Lázaro. O rico vivia na fartura dos bens, no luxo do vestir, no prazer das festas esplêndidas todos os dias. Lázaro, cheio de feridas, se contentava com os cachorros que vinham lamber suas feridas. E faminto, desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico. Vindo a morrer, os anjos o levaram para junto de Abraão. Depois morreu o rico e foi levado para a região dos mortos, onde passou a sofrer em meio aos tormentos. Deste lugar, o rico via de longe Abraão, com Lázaro a seu lado. Então, gritando por socorro, pedia a Abraão para que mandasse Lázaro molhar a ponta do dedo com água para lhe refrescar a língua, porque sofria muito naquelas chamas. Abraão respondeu: Lembra-te que durante a vida tu recebeste bens e Lázaro, males. Agora ele encontra consolo e tu, tormentos. Além do mais, há um grande abismo entre nós, ninguém daqui pode passar até aí, nem daí, até aqui. Então, num repente de bondade, o rico pediu a Abraão para que Lázaro pudesse ressuscitar e ir até à casa do seu pai e familiares, a fim de preveni-los para não virem também eles para este lugar de tormento. Mas Abraão respondeu que eles têm Moisés e os profetas, bastando que os escutem. E concluiu: “Se não escutam a Moisés nem aos profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”.
 Pois bem, há um ditado popular que no meu modo de ver pode ser associado aqui. Diz o ditado: “Para o bom entendedor meia palavra basta”. Ora, adaptando para hoje o que Jesus acabou de falar, para o cristão chegar ao céu, basta que escute ao magistério oficial da Igreja. De fato, o magistério apostólico deve ser escutado por todo cristão porque é o garantidor fiel da genuína doutrina cristã e o transmissor seguro dos ensinamentos e preceitos divinos que a Igreja recebeu de Jesus Cristo, de quem provém todo o poder e toda a autoridade, com a missão de guardá-los e ensiná-los a todos os cristãos em vista da sua salvação eterna. Mas, dizem alguns, a Igreja cometeu muitos erros no passado, muitos dos seus representantes se deixaram corromper pelo poder, pelo ter, pelo prazer. A Igreja é pecadora, por isso, não merece crédito, seu testemunho deve ser visto com suspeita e sua palavra não deve ser aceita cem por cento, como certa. Ao contrário do que se pode pensar, com relação às pessoas que assim pensam vale também, “in totum”, o que Jesus acabou de dizer, repetindo, “Se não escutam à voz da Igreja, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”. A apelação, a título de justificativa, por parte dessas pessoas para um eventual descrédito da Igreja, por causa dos pecados de seus líderes, não cabe. O que está a faltar não é o crédito da Igreja, que em matéria de fé e moral não erra porque é assistida pelo Espírito Santo e, consequentemente, não prega meia palavra ou meia verdade, mas a faltar está sim o crédito da fé dessas mesmas pessoas, a qual nem precisaria que fosse cem por cento, bastando que fosse do tamanho mínimo da metade, da “meia palavra” do bom entendedor. Assim sendo, pode-se dizer que para o bom cristão meia medida de fé basta. Como crer em Cristo e crer na Igreja é a mesma coisa, assim também, escutar ao Cristo e escutar à Igreja é a mesma coisa. Então, quem não escuta à Igreja não escuta ao Cristo e não acreditará no que ela ensina, mesmo que alguém ressuscite. Eis a lição do Evangelho de hoje. 
Supliquemos ao Senhor a graça de valorizar em nossa vida cristã a leitura orante da Bíblia. Amém! 

Dom Washington Cruz
Arcebispo de Goiânia

Uma tradição pastoral já consagrada, aqui no Brasil, dá ao mês de setembro um grande relevo ao santo livro da Bíblia. Isto porque, no dia 30 deste mês, comemora-se São Jerônimo, sacerdote e doutor da Igreja, que traduziu dos originais para o latim quase todos os livros sagrados. Dentre os colaboradores do papa São Dâmaso foi um dos teólogos mais preparados e conceituados.
Após a tradução dos Setenta – tradução da bíblia hebraica feita por 72 representantes de diversos grupos de Israel – muitas divergências dogmáticas surgiram, a ponto de se fazer necessária uma nova tradução latina da Palavra de Deus. O papa Dâmaso, em 384 D.C., confiou então a São Jerônimo a tarefa de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento.  
Na Bíblia, encontramos abundantemente o Plano, o desígnio salvífico de Deus para toda a humanidade.  O evangelista João termina o seu Evangelho afirmando de forma hiperbólica: “Há muitas coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos” (Jo 21,25). 
A transmissão da revelação divina é universal, destinada a todos os homens e mulheres, em todas as línguas e culturas, para todos os contextos. Porque “Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Por isso, é necessário que Cristo seja anunciado a todos os homens, segundo o seu próprio mandamento: “Ide, pois, a todas as nações. Fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28,19). 
A Bíblia nos aproxima de Deus. Há quem a leia como um cientista que busca as verdades acerca do homem, da sociedade e de Deus. A Bíblia não é uma tese científica. Nela não encontraremos esboçadas razões de natureza pragmática. A Bíblia é o resultante de uma expressão literária da fé de um povo. Todo o conteúdo da revelação que ali está expressa é também linguagem da cultura. E da cultura de uma sociedade localizada num lugar específico (na região do Oriente Médio), num tempo específico (aproximadamente entre 1.000 anos antes de Cristo e 100 anos depois de seu nascimento). E também mediada pelas experiências individuais daqueles através de quem Deus falou, seja por meio dos profetas, dos evangelistas ou dos apóstolos. Portanto, para compreendermos a Bíblia em sua inteireza, é necessário que tenhamos boas informações acerca das culturas de dentro das quais os livros foram escritos. E absorver o que é essencial nas narrativas contidas nos livros sagrados.
Espera-se que este mês da Bíblia seja um tempo oportuno para que todos encontremos em suas páginas uma consequente orientação para o tempo presente. Afinal, a Bíblia é um rico tesouro de fé transmitida de geração em geração. Sua riqueza é infinita e sua atualidade é fascinante. É o próprio Deus quem nos fala.

domingo, 25 de setembro de 2016

Formação "Escuta Cristã e Aconselhamento" na Área Pastoral Santo Antônio de Pádua - Planalto Pici da Região Bom Jesus dos Aflitos

No dia 25.09.16, aconteceu às 9h, uma formação sobre "Escuta Cristã e Aconselhamento" na Área Pastoral Sto. Antônio de Pádua - Planalto Pici da Região Bom Jesus dos Aflitos com a presença dos agentes de pastorais e também do pároco Pe. Carlos Tamboril conduzindo suas ovelhas para a grande missão. Os condutores desta formação foram Fábio e Márcia casal arquidiocesano da Pastoral Familiar de Fortaleza. O serviço de Escuta Cristã é parte da Pastoral Familiar na diocese e na paróquia. Para que aconteça uma pastoral de conjunto na paróquia, o "Serviço de Escuta Cristã"é proposto para atender as pessoas que procuram a própria para "Aconselhamento". É um trabalho com dimensão missionária, escutar o coração do outro para que se aprenda a escutar o próprio coração.



sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Consulta pública sobre aborto- PARTICIPE!

Não desista: complete seu cadastro. Assuma as suas convicções.
Não desista: complete seu cadastro. Assuma as suas convicções.
O Senado Federal lançou uma consulta pública para conhecer a opinião da população brasileira sobre a legalização do aborto no país, dentro das doze primeiras semanas de gestação, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Na proposta, a chamada "interrupção da gravidez" passaria a ser tratada como "política de saúde pública" e não mais criminalizada. De autoria de André de Oliveira Kiepper, o texto foi apresentado através do Portal e-Cidadania e publicado em 24 de setembro de 2014.
O projeto pede ainda que as unidades do SUS nas quais o aborto seja autorizado cumpram uma série de requisitos de "segurança" para as mulheres.
A consulta pública ganhou notoriedade nas redes sociais ao longo das últimas semanas e os números favoráveis à aprovação da proposta vêm aumentando. Até o momento desta publicação, 181.795 cidadãos tinham se manifestado a favor e 147.800 contra.
Por isso, os brasileiros pró-vida e contrários ao aborto estão se mobilizando para reverter a situação.
Não se omita: leia o texto da proposta na íntegra e, conscientemente, VOTE AQUI agora mesmo.
Após votar, o portal e-Cidadania vai pedir que você confirme seu voto mediante cadastro de nome e email. Não desista: complete seu cadastro. Assuma as suas convicções.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

8º Encontro de Implantação da Pastoral Familiar na Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Pobres - Tancredo Neves da Região Nossa Senhora da Conceição

Aconteceu no dia 21.09.16, na Paróquia N. S. Mãe dos Pobres - Tancredo Neves às 19.30h, da região N. S. da Conceição o oitavo encontro de Implantação da Pastoral Familiar com o tema: A Formação de Agentes da Pastoral Familiar. Após a leitura do texto bíblico houve uma breve reflexão para que a Palavra de Deus encontre acolhimento nos corações e favoreça a reflexão com o grupo. O estudo desse tema constitui uma constante preocupação de todo agente de pastoral, pois é um dos maiores e mais importantes meios de  formação e informação. Este último encontro apresenta a necessidade básica da formação e o desenvolvimento dos membros da Equipe. Presentes os agentes pastorais da comissão arquidiocesana da Pastoral Familiar de Fortaleza, Fontenele e Margareth, Cláudio Reges e Raquel.



terça-feira, 20 de setembro de 2016

Formação Visita Missionária "Paróquia em estado permanente de missão"na Paróquia Santa Cecília - Bom Jardim, Região Bom Jesus dos Aflitos

Dia 20.09.16, aconteceu na paróquia Santa Cecília - Bom Jardim da região Bom Jesus dos Aflitos uma formação sobre Visita Missionária, Paróquia em estado permanente de missão. O que é a visitação pastoral e qual a sua missão? A visitação pastoral nasce da necessidade de bons pastores, daqueles que deixam no redil as noventa e nove ovelhas que estão seguras e vão ao encontro daquela que se perdeu ou se desgarrou do rebanho.

Nessas visitas permanentes, o agente de pastoral criará laços fraternos com a família visitada e lhe mostrará, na prática que a base das atividades missionárias da paróquia está fundamentada na pessoa de Jesus Cristo, Caminho Verdade e Vida ( Jo 14,6 ). Presentes nesta formação os agentes da Pastoral Familiar  da Arquidiocese de Fortaleza,  Fábio e Márcia, Sampaio e Teresinha.