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quinta-feira, 30 de março de 2017

São José: o homem do silêncio e da ação

Todos conhecemos a história da anunciação do Anjo a Maria e a sua resposta generosa. O Fiat, o sim de Maria, é para nós exemplo de como escutar e seguir a vontade de Deus. Mas hoje queremos voltar o nosso olhar para São José e lembrar que ele também recebeu uma anunciação do anjo, diante da qual às sagradas Escrituras não registraram uma resposta verbal, mas um simples e contundente “fez como o anjo do Senhor lhe ordenara” (Mt 1, 24). E assim, sem ter o registro de uma palavra sequer, conhecemos São José como o homem justo, que cumpriu em todos os momentos a vontade do Senhor.
Essa palavra, Justo, com o qual a Bíblia caracteriza São José, tem um significado profundo. Ela nos lembra de sua retidão moral, de sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial, como nos disse São João Paulo II em uma audiência geral do ano 2003. É interessante notar que o próprio Deus é qualificado de Justo muitas vezes no antigo testamento. Isso nos mostra o peso que essa palavra possui. E vemos essa justiça de José sendo expressada no silencio de suas muitas ações. Lembremos, por exemplo, o serviço que prestou de paternidade, a longa caminhada até Belém para o recenseamento, a circuncisão do Senhor (Era um dever religioso do pai essa prática), a imposição do nome de Jesus, sua apresentação no templo, etc.
Todos esses serviços, José prestou na humildade e no recolhimento de uma vida silenciosa. Na exortação apostólica redemptoris custos, João Paulo II diz que foi justamente esse silêncio que nos permitiu, ao longo dos anos, “captar perfeitamente a verdade contida no juízo que dele nos dá o Evangelho: o “justo” (Mt 1, 19). Quanto isso não pode nos ensinar. Parece até contraditório pensar, na época das redes sociais e da facilidade de comunicação que existe, que é em uma vida silenciosa, sem fazer muito barulho, que pode-se perceber o profundo de quem somos. Por outro lado, é fácil perceber que muitas vezes as redes sociais transmitem apenas uma pequena parcela daquilo que nossa vida realmente é.
Hoje em dia talvez valha mais o parecer bom do que o realmente ser bom. Em São José vemos justamente o contrário. Vemos uma pessoa sendo justa sem querer parecer justa. É fácil lembrar aqui daquela outra passagem bíblica na qual Jesus chama a atenção para os que fazem jejuns e se deixam ver de caras tristes para que outros percebam que estão jejuando, ou que fazem orações larguíssimas em praças públicas para que outros os vejam, ou ainda os que fazem caridade pelo mesmo motivo. Diz Jesus que todos eles já receberam a sua recompensa (que é o louvor dos homens). São José certamente não foi um desses, mas daqueles que oravam com a porta fechada e que ao darem com a mão direita, a mão esquerda não se inteirava. A recompensa destes será abundante no Reino de Deus.
Olhemos para São José e lembremos que assim como ele era o custódio da Sagrada Família, continua sendo o protetor da Igreja. Podemos recorrer a ele por ajuda em nossas necessidades espirituais e materiais confiantes de que com seu estilo silencioso sempre escutará as nossas preces e as colocará na presença de Deus.
Colunista irmão João assinatura


quarta-feira, 29 de março de 2017

Catequese do Papa: esperar contra toda esperança

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O trecho da Carta de São Paulo aos Romanos que acabamos de ouvir nos dá um grande presente. De fato, estamos habituados a reconhecer em Abraão o nosso pai na fé; hoje, o Apóstolo nos faz compreender que Abraão é para nós pai na esperança; não somente pai da fé, mas pai na esperança. E isso porque no seu relato podemos já colher um anúncio da Ressurreição, da vida nova que vence o mal e a própria morte.
No texto se diz que Abraão acredita no Deus “que dá vida aos mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Rm 4, 17); e depois precisa: “Ele não vacilou na fé, mesmo vendo já como morto o próprio corpo e morto o seio de Sara” (Rm 4, 19). Bem, esta é a experiência que somos chamados a viver também nós. O Deus que se revela a Abraão é o Deus que salva, o Deus que faz sair do desespero e da morte, o Deus que chama à vida. Na história de Abraão tudo se torna um hino ao Deus que liberta e regenera, tudo se torna profecia. E o torna para nós, para nós que agora reconhecemos e celebramos o cumprimento de tudo isso no mistério da Páscoa. Deus, de fato, “ressuscitou Jesus dos mortos” (Rm 4, 24), para que também nós possamos passar Nele da morte à vida. E realmente, então, Abraão pode muito bem ser chamado “pai de muitos povos”, enquanto resplandece como anúncio de uma humanidade nova – nós! – resgatada por Cristo do pecado e da morte e introduzida de uma vez por todas no abraço do amor de Deus.
Neste ponto, Paulo nos ajuda a colocar em foco o laço estreitíssimo entre a fé e a esperança. Ele de fato afirma que Abraão “acreditou, firme na esperança contra toda esperança” (Rm 4, 18). A nossa esperança não se rege por raciocínios, previsões e seguranças humanas; e se manifesta lá onde não há mais esperança, onde não há mais nada em que esperar, justamente como acontece com Abraão, diante de sua morte iminente e da esterilidade da mulher Sara. Aproximava-se o fim para eles, não podiam ter filhos e naquela situação Abraão acreditou e teve esperança contra toda esperança. E isso é grande! A grande esperança se enraiza na fé, e justamente por isso é capaz de seguir além de toda esperança. Sim, porque não se baseia na nossa palavra, mas na Palavra de Deus. Também neste sentido, então, somos chamados a seguir o exemplo de Abraão, que, mesmo diante da evidência de uma realidade que parece destinada à morte, confia em Deus, “plenamente convencido de que o que ele havia prometido também era capaz de cumprir” (Rm 4, 21). Eu gostaria de fazer uma pergunta a vocês: nós, todos nós, estamos convencidos disso? Estamos convencidos de que Deus nos quer bem e que tudo aquilo que nos prometeu está disposto a cumprir? Mas, padre, quanto devemos pagar por isso? Há somente um preço: “abrir o coração”. Abram seus corações e esta força de Deus vos levará adiante, fará coisas milagrosas e vos ensinará o que é a esperança. Este é o único preço: abrir o coração à fé e Ele fará o resto.
Este é o paradoxo e ao mesmo tempo o elemento mais forte, mais alto da nossa esperança! Uma esperança baseada sobre uma promessa que, do ponto de vista humano, parece incerta e imprevisível, mas que não diminui nem diante da morte, quando quem promete é o Deus da Ressurreição e da vida. Não é qualquer um que promete! Aquele que promete é o Deus da Ressurreição e da vida.
Queridos irmãos e irmãs, peçamos hoje ao Senhor a graça de permanecermos fundados não tanto sobre as nossas seguranças, sobre as nossas capacidades, mas sobre a esperança que decorre da promessa de Deus, como verdadeiros filhos de Abraão. Quando Deus promete, cumpre o que prometeu. Nunca falta à sua palavra. E então a nossa vida assumirá uma luz nova, na consciência que Aquele que ressuscitou o seu Filho ressuscitará também a nós e nos tornará realmente uma só coisa com Ele, junto a todos os nossos irmãos na fé. Nós todos acreditamos. Hoje estamos todos na praça, louvamos ao Senhor, cantaremos o Pai Nosso, depois receberemos a benção…Mas isso passa. Mas essa é também uma promessa de esperança. Se hoje temos o coração aberto, asseguro-vos que todos nós nos encontraremos na praça do céu que nunca passa. Essa é a promessa de Deus e esta é a nossa esperança, se nós abrimos os nossos corações. Obrigado

terça-feira, 28 de março de 2017

A preguiça paralisa a vida, é preciso seguir adiante, diz Papa

O Evangelho do dia, que narra o episódio do paralítico curado por Jesus, foi o centro da homilia do Papa Francisco na Missa desta terça-feira, 28, na Casa Santa Marta.
O relato conta a história de um homem doente há trinta e oito anos e que estava deitado na beira de uma piscina, onde ficavam ali deitados cegos, coxos e paralíticos, esperando que a água se movesse. Diziam que quando um anjo descia e movimentava a água da piscina, os primeiros doentes que entrassem, depois do borbulhar da água, ficavam curados de qualquer doença que tivessem.
Vendo o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, Jesus perguntou se ele queria ser curado, uma atitude bela, destacou o Papa Francisco. “Jesus sempre nos diz ‘Quer ficar curado? Quer ser feliz? Quer melhorar a sua vida? Quer estar cheio do Espírito Santo?’… a palavra de Jesus… Todos os outros que estavam ali – doentes, cegos, paralíticos – disseram: ‘Sim, Senhor, sim!’. Mas aquele homem, estranho, respondeu a Jesus: ‘Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente’. Sua resposta é uma lamentação: ‘Veja, Senhor, como é ruim e injusta a vida comigo. Todos os outros podem entrar e se curar e eu tento há 38 anos, mas…’”
Francisco explicou que este homem era como a árvore plantada nos braços de um rio, com as raízes secas, que não podiam tocar a água. É possível constatar isso a partir do comportamento do homem, a partir de suas lamentações. “Sempre tentando dar a culpa ao outro: ‘Mas são os outros que vão antes de mim, eu sou um coitadinho que está aqui há 38 anos…”. Este é um pecado feio, o pecado da preguiça, que é pior do que ter o coração morno, bem pior. É viver, mas ‘viver sem vontade de ir avante, de fazer alguma coisa na vida; é perder a memória da alegria’. “Este homem não conhecia nem de nome a alegria, a havia perdido. Isto é pecado, é uma doença muito ruim”. ‘Mas eu estou bem assim, me acostumei… A vida foi injusta comigo…’. “Sente-se o ressentimento, a amargura do seu coração”.
Jesus não o repreendeu, explicou o Papa, mas lhe disse para levantar, pegar a cama e andar e, então, o paralítico se curou. Isso foi feito em um dia de sábado, os Doutores da Lei disseram que não era permitido carregar a cama e lhe perguntam quem o havia curado naquele dia. O Paralítico não tinha ainda agradecido Jesus, não lhe havia nem perguntado seu nome. “Levantou-se com a preguiça de quem vive porque o oxigênio é grátis”, disse o Papa.
“A preguiça – explicou Francisco – é um pecado que paralisa, que nos deixa paralíticos, que não deixa caminhar. Hoje também o Senhor olha por todos nós; todos temos pecados, mas vendo este pecado, nos diz: ‘Levanta’”.


“Hoje o Senhor diz a cada um de nós: ‘Levanta, pega a tua vida como ela é: boa, ruim, como for, pegue-a e vá adiante. Não tenha medo, vai adiante, com a tua cama’. (…) ‘Quer ser curado?’ – é a primeira pergunta que o Senhor nos faz hoje. ‘Sim, Senhor’. ‘Levanta’. E na antífona, no início da missa, havia aquele trecho tão bonito: ‘Vós, que tendes sede, vinde às águas – são grátis, não a pagamento – vinde e bebei com alegria’. E se dissermos ao Senhor ‘Sim, quero ser curado; sim, Senhor, ajuda-me porque quero me levantar’, saberemos como é a alegria da salvação”.

domingo, 26 de março de 2017

Formação de Agentes da Pastoral Familiar do Setor Pré - Matrimonial

Aconteceu no dia 26.03.17 no Centro de Pastoral Maria Mãe da Igreja ( CPMMI ) situado à rua: Rodrigue Junior, nº 300 em Fortaleza, uma formação para agentes da Pastoral Familiar do setor Pré - Matrimonial.  Após o momento de oração, foi dado início a formação, cujo facilitadores foram  os assessores de algumas regiões, onde apresentaram várias oficinas relacionadas ao Setor Pré - Matrimonial. Foi registrada a presença de muitos agentes de pastorais como também a presença do Coordenador Fontenele e Margarida e do Vice - Coordenador  Rocha e Sílvia no qual estavam responsáveis pela formação.  O Setor Pré - Matrimonial é um dos três setores da estrutura da Pastoral Familiar, conforme proposto no Diretório da Pastoral Familiar da CNBB. A preparação para o matrimônio, no que cabe a Pastoral Familiar, é predominante tarefa do Setor que pode trabalhar diretamente com a criança a partir dos sete ou oito anos de idade, até o casamento. Como existe ligação entre todo o trabalho realizado pela pastoral, é claro que as atividades dos outros setores também influenciam na preparação para o matrimônio. O Setor tem desafios muito mais amplos.

sábado, 25 de março de 2017

1º Encontro de Implantação da Pastoral Familiar na Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja - Presidente Kennedy

Realizado no dia 25.03.17 na paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja no bairro Presidente Kennedy, da região Nossa Senhora da Assunção no horário de 17h. o primeiro Encontro de Implantação da Pastoral Familiar, com o tema: "A Situação de nossas Famílias". O primeiro encontro consiste em nos conhecermos melhor e conhecermos um pouco mais as belas notícias que Deus tem a respeito da pessoa humana, do matrimônio,da família: também de como Ele nos ama e conta conosco para um serviço de paz, fraternidade e evangelização. A Pastoral Familiar é formada por um grupo de pessoas que queira realizar com êxito uma tarefa evangelizadora, o estudo é de fundamental importância. A família é um organismo vivente, é importante que nunca falte a Palavra de Deus, que mantém viva a chama da fé. O Pároco Pe. Sávio esteve presente na Implantação e os facilitadores foi o casal assessor arquidiocesano Ronaldo e Arolisa.


Papa Francisco: a alegria da salvação nasce na vida quotidiana

No âmbito da sua visita pastoral à Diocese de Milão, o Papa Francisco presidiu neste sábado (25 de março, Solenidade da Anunciação do Senhor) à Santa Missa no Parque de Monza, com presença de milhares de fiéis. Na homilia, comentando o Evangelho do dia, Francisco referiu-se antes de tudo às duas anunciações de que fala S. Lucas: a anunciação de João Baptista, quando Zacarias estava em plena liturgia no Santuário do Templo, e a anunciação de Jesus, num lugar apartado, a Galileia, cidade periférica e no anonimato da casa de Maria.
O contraste entre as duas anunciações – explicou Francisco – diz-nos que o novo templo de Deus, o novo encontro de Deus com o seu povo acontece em lugares inesperados, nas margens, na periferia, e que é na periferia onde Deus se encontrará com o seu povo, Deus se fará carne para caminhar connosco desde o seio de Maria sua mãe.
E é o próprio Deus – prosseguiu Francisco – que toma a iniciativa e escolhe de inserir-se, como fez com Maria, nas nossas casas, nas nossas lutas quotidianas, cheias de ânsias e também de desejos; e é dentro das nossas cidades, das nossas escolas e universidades, das praças e dos hospitais que acontece o anúncio mais belo que possamos escutar: “Alegra-te, o Senhor está contigo!”, uma alegria que se torna solidariedade, hospitalidade e misericórdia para com todos.
Mas como Maria – observou ainda Francisco - podemos também nós estar perturbados e, em tempos de ritmo vertiginoso e cheios de especulação, como os nossos, podemos dizer:
"Como vai isso acontecer" em tempos assim tão cheios de especulação? Se especula sobre a vida, o trabalho, a família. Se especula sobre os pobres e os migrantes; se especula sobre os jovens e o seu futuro. Tudo parece estar reduzido a números, deixando, por outro lado, que a vida quotidiana de muitas famílias se colore de incerteza e insegurança. Enquanto a dor bate à porta de muita gente, enquanto em muitos jovens cresce a insatisfação por falta de oportunidades reais, a especulação abunda em toda parte”.
Como é possível viver a alegria do Evangelho, hoje, nas nossas cidades? É possível a esperança cristã nesta situação, aqui e agora? – se perguntou Francisco.
Estas duas perguntas tocam a nossa identidade, a vida das nossas famílias, dos nossos países e dos nossas cidades; elas tocam a vida dos nossos filhos, dos nossos jovens e exigem de nós um novo modo de situar-nos na história - explicou Francisco, que também acrescentou:
“Se continuam a ser possíveis a alegria e a esperança cristã, não podemos, e não queremos permanecer perante tantas situações dolorosas como meros espectadores que olham para o céu esperando que "pare de chover". Tudo o que acontece exige de nós que olhemos para o presente com audácia, com a coragem de quem sabe que a alegria da salvação toma forma na vida quotidiana da casa de uma jovem de Nazaré”.
E perante as nossas perturbações, o Papa mencionou três chaves que o Anjo nos oferece para nos ajudar a aceitar a missão que nos é confiada: evocar a memória, a pertença ao povo de Deus e a possibilidade das coisas impossíveis.
Sobre a memória, o Papa frisou que também nós, hoje, somos convidados a fazer memória, a olhar para o nosso passado para não esquecer de onde viemos; para não esquecer os nossos antepassados, os nossos avós e de tudo aquilo por que passaram para chegar onde estamos hoje. A memória, disse ainda Francisco, ajuda-nos a não ficar prisioneiros de discursos que semeiam fracturas e divisões como único modo de resolver os conflitos.
Mas faz-nos bem recordar ainda que somos membros do povo de Deus, disse Francisco falando da importância da pertença ao povo de Deus:
“Milaneses, sim, Ambrosianos, certamente, mas parte do grande povo de Deus. Um povo formado por mil rostos, histórias e proveniências, um povo multicultural e multiétnico. Esta é uma das nossas riquezas. É um povo chamado a hospedar as diferenças, a integrá-las com respeito e criatividade e a celebrar a novidade que vem dos outros; um povo que não tem medo de abraçar os confins, as fronteiras; um povo que não tem medo de dar acolhimento a quem dela necessita, porque sabe que lá está o seu Senhor”.
E sobre a possibilidade das coisas impossíveis, o Papa advertiu que quando pensamos  que tudo depende apenas de nós continuamos prisioneiros das nossas capacidades, da nossa força e dos nossos horizontes míopes, mas quando nos deixamos ajudar, aconselhar, e quando nos abrimos à graça, parece que o impossível começa a tornar-se realidade.
E Francisco concluiu recordando que, como ontem, Deus continua a procurar aliados, continua a procurar homens e mulheres capazes de crer, capazes de fazer memória, de sentir-se parte do seu povo para cooperar com a criatividade do Espírito. Deus continua a caminhar nos nossos bairros e nas nossas ruas, e em todos os lugares em busca de corações capazes de ouvir o seu convite e fazer que se torne carne, aqui e agora – rematou Francisco. (BS)
Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 23 de março de 2017

Francisco: somos “católicos ateus” quando temos o coração duro

Escutar a Palavra de Deus para evitar o risco de que o coração se endureça – disse o Papa durante a Missa, na manhã desta quinta-feira (23/03), em Santa Marta. Francisco ressaltou que, quando nos afastamos de Deus nos tornamos católicos infiéis ou mesmo "católicos ateus”.
Quando o povo não escuta a voz de Deus e vira as costas para Ele, acaba por se distanciar d’Ele. Baseando-se num trecho do Livro do Profeta Jeremias, o Papa desenvolveu a sua meditação sobre a escuta da Palavra de Deus.
“Quando não paramos para ouvir a voz do Senhor, nos distanciamos d’Ele, viramos as costas para Ele. E quando não ouvimos a voz de Deus, ouvimos outras vozes.”
Se não ouvimos a Palavra de Deus, ouvimos os ídolos do mundo
“No final”, constatou amargamente o Pontífice, “fechamos os ouvidos e nos tornamos surdos à Palavra de Deus”.
“Se hoje todos nós pararmos um pouco e olharmos para o nosso coração, veremos quantas vezes fechamos os ouvidos e quantas vezes nos tornamos surdos. Quando um povo, uma comunidade, mas também uma comunidade cristã, uma paróquia, uma diocese, fecha os ouvidos e se torna surda, não ouve a Palavra de Deus, procura outras vozes, outros senhores e acaba por seguir os ídolos, os ídolos que o mundo, a mundanidade, a sociedade lhes oferece. Se distancia do Deus vivo.” 
Quando o coração se endurece, tornamo-nos católicos ateus 
“Quando nos distanciamos do Senhor”, prosseguiu o Papa, “o nosso coração se endurece”. Quando não ouvimos, o coração se torna mais duro, mais fechado em si mesmo. Duro e incapaz de receber alguma coisa. Não só fechamento, mas dureza do coração. Vive então naquele mundo, naquela atmosfera que não lhe faz bem, que o distancia cada dia mais de Deus”.
“E estas duas coisas – não escutar a Palavra de Deus e ter o coração endurecido, fechado em si mesmo – fazem perder a fidelidade. Perde-se o sentido da fidelidade. O Senhor diz na Primeira Leitura: ‘A fidelidade desapareceu’ e nós nos tornamos católicos infiéis, católicos pagãos ou pior ainda, católicos ateus, porque não temos uma referência de amor ao Deus vivo. Não escutar e virar as costas – que nos endurece o coração – que nos conduz ao caminho da infidelidade”.
“Esta infidelidade, como se traduz esta infidelidade?”, perguntou o Papa. “Traduz-se com a confusão: não se sabe aonde está Deus, aonde não está, se confunde Deus com o diabo”. Francisco fez referência ao Evangelho do dia e observou que “a Jesus, que faz milagres, que faz tanto pela salvação e as pessoas estão felizes, as pessoas dizem: ‘E o faz isto porque é um filho do diabo. Faz o poder de Belzebu’”.
Escutamos realmente a Palavra de Deus? 
“Esta – disse o Papa – é a blasfémia. A blasfémia é a palavra final deste percurso, que começa com o não-escutar, que endurece o coração, que ‘causa confusão’, que faz esquecer a fidelidade... e no fim, vem a blasfémia”. Ai daquele povo que se esquece da surpresa do primeiro encontro com Jesus:
“Hoje, podemos todos nos perguntar: Eu paro para ouvir a Palavra de Deus, pego a Bíblia, que fala a mim? Meu coração se endureceu? Eu me afastei do Senhor? Perdi a fidelidade ao Senhor e vivo com os ídolos que a mundanidade me propõe todos os dias? Perdi a alegria da maravilha do primeiro encontro com Jesus? Hoje é um dia para ‘escutar’: ‘Escutem hoje a voz do Senhor’, rezamos antes. ‘Não endureçais o vosso coração’. Peçamos esta graça. A graça de escutar, para que nosso coração não se endureça”. (BS/MJ/CM)

A Bíblia no meu dia a dia - Gálatas 5,13-26 - 23/03/2017

Faça a reflexão da Palavra de Gálatas 5,13-26:

13.Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade,
14.porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).
15.Mas, se vos mordeis e vos devorais, vede que não acabeis por vos destruirdes uns aos outros.
16.Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne.
17.Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis.
18.Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sob a lei.
19.Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem,
20.idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos,
21.invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!
22.Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade,
23.brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei.
24.Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências.
25.Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito.
26.Não sejamos ávidos da vanglória. Nada de provocações, nada de invejas entre nós

quarta-feira, 22 de março de 2017

Fátima 2017: Reitor do Santuário diz que Papa Francisco já habituou todos a surpresas



Fátima, 22 mar 2017 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, considera que apesar do programa da visita do Papa Francisco à Cova da Iria “estar fechado”, ele tem “uma grande criatividade e liberdade na gestão dos processos”.
Nas I Jornadas de Comunicação Social do Santuário de Fátima, a decorrer esta quarta-feira no Centro Paulo VI, o reitor deste santuário realça que em relação à visita do Papa, a 12 e 13 de maio, “há sempre possibilidade de novidades tratando-se do Papa Francisco”, disse à Agência ECCLESIA.
O programa oficial foi divulgado, “mas existe sempre um espaço de liberdade que o Papa terá para fazer alterações momentâneas”, afirmou
A visita do Papa Francisco integra-se nas comemorações do centenário das aparições de Fátima e ele “quis vir como peregrino por sua opção”, sendo uma “visita curta não há possibilidade de programar outros encontros”, realçou o padre Carlos Cabecinhas.
Em relação à canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco, o santuário de Fátima espera “novidades sobre o processo” e o reitor pensa que “é expectável haja novidades no decurso deste ano do centenário”.
“Existem condições para que haja novidades”, frisou.
Se as canonizações do beatos Jacinta e Francisco “acontecer em 2017, ano do centenário das aparições, será um autêntico corolário deste itinerário festivo”, acrescentou.
No painel sobre os ‘Eixos Teológicos da Mensagem de Fátima’, moderado pelo diretor da Agência ECCLESIA, Paulo Rocha, o padre Carlos Cabecinhas abordou o tema ‘Fátima e a Igreja’ e disse que a espiritualidade de Fátima inspira “ao desafio” e que toda a “peregrinação autêntica é um caminho de conversão”.
LFS/OC

terça-feira, 21 de março de 2017

Planejamento dos Agentes da Pastoral Familiar para a Visita Missionária na Paróquia São Francisco de Assis - Canindezinho

Para que uma pastoral funcione bem, seus agentes precisam receber formação e informação sobre seus procedimentos e, sobretudo, preparação espiritual, para que o trabalho seja feito conforme as orientações recebidas, estando assim, em sintonia com a Igreja e as propostas do Evangelho. Essa preparação como foi dito anteriormente, aconteceu no dia 21.03.17 ás 20h, na paróquia São Francisco de Assis no bairro Canindezinho.  Padre Emílio esteve presente por um tempo orientando os agentes e solicitando-os para o início da tão esperada Visita Missionária. É preciso que os agentes da Pastoral Familiar estejam preparados e saibam o que irão fazer durante as visitas. Para isso, é necessário que a coordenação prepare um roteiro de visitas e ofereça as diretrizes básicas para a atuação dos agentes. Os facilitadores desse planejamento foi o casal assessor da região Bom Jesus dos Aflitos Sampaio e Teresinha. Na ocasião o grupo homenageou os aniversariantes do trimestre.









segunda-feira, 20 de março de 2017

Encontro de Preparação para a Vida Matrimonial e Familiar na paróquia São Diogo - Cajazeiras

O Encontro de "Preparação para a Vida Matrimonial" tem como objetivo central sensibilizar os noivos para optarem livre e consciente pelo sacramento do matrimônio, baseados no amor conjugal cristão e buscando a evangelização da sua família. Esta formação aconteceu na paróquia São Diogo no bairro Cajazeiras, da região Nossa Senhora da Conceição, tendo como facilitadores o casal assessor arquidiocesano, da respectiva região, Cláudio e Raquel. "Deus criou o homem à sua imagem e semelhança: chamando-o à existência, por amor, chamou-o ao mesmo tempo ao amor".






Santo Ambrósio de Sena, homem do perdão e da reconciliação


Santo Ambrosio de SenaTornando-se um pregador cheio do Espírito Santo; um homem do perdão e da reconciliação

O santo de hoje nasceu no ano de 1220 em Sena, Itália, dentro de um contexto familiar diferente. Ao ter nascido com uma deformação física, sua família – nobre – o renegou e o entregou a uma ama de leite, que recebeu a ordem de viver com a criança afastada deles. Isso tudo foi providência na vida de Ambrósio, porque esta ama, mulher de fé, foi uma verdadeira mãe, alimentado-o e assim, foi acontecendo a recuperação do menino.
Com uma certa idade a família o acolheu. Ambrósio estava no processo de cura interior de reconciliação, mas já os havia perdoado. Aceitou, para um bem maior, os bens terrenos que ele teve como direito, usando-os para o bem dos pobres. O castelo foi se tornando aos poucos um hospital, lugar de acolhimento aos mais necessitados. Com 18 anos renunciou a tudo e foi para os Dominicanos, tornando-se um pregador cheio do Espírito Santo. Um homem do perdão e da reconciliação. Faleceu em Sena, durante uma pregação. Morreu no serviço, no ministério.
Santo Ambrósio, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

domingo, 19 de março de 2017

Missa das Famílias na Catedral Metropolitana de Fortaleza no dia de São José

Neste dia de São José 19 de março, convém meditarmos acerca das virtudes do Patrono Universal da Igreja, virtudes pelas quais encontramos um caminho de verdadeira devoção, de vida interior e de doutrina. As virtudes de São José se encontram na vida diária, muitas delas são ocultas aos olhos dos homens, mas resplandecem aos olhos de Deus. Um grande número de fiéis estiveram presentes na celebração, com a Pastoral Familiar representando várias paróquias de suas regiões.  Tomemos como modelo o Protetor das Famílias, felizes os lares em que o esposo e pai é um verdadeiro exemplo de fé em Deus. Certamente, toda a vida de São José é modelo para os cristãos, em sua vida de trabalho, de homem simples e buscando a vontade de Deus.





sábado, 18 de março de 2017

Objetivos da Pastoral Familiar na Paróquia Santo Antônio de Pádua - Granja Portugal

Aconteceu no dia 18.03.17, uma formação sobre os "Objetivos da Pastoral Familiar" na paróquia Santo Antônio de Pádua no bairro Granja Portugal , da região Nossa Senhora da Assunção. Graças a Deus  por mais uma paróquia objetivando a Implantação da Pastoral Familiar que tem como meta a evangelização das famílias. Compete a  Pastoral Familiar, em sua ação evangelizadora, acompanhar, orientar,apoiar, ajudar a família e todas as pessoas que a constituem em todas as fases de sua vida, em qualquer situação. Os facilitadores dessa formação foi o casal coordenador arquidiocesano da Pastoral Familiar, Fontenele e Margarida, estando também presente  o Pároco Pe. Brandão e o casal assessor da região, Ceza e Rosilene. A Pastoral Familiar é uma pastoral complexa e abrangente, que trata da família em suas múltiplas dimensões, exigindo-se dela um profundo inter-relacionamento com as demais pastorais.






quinta-feira, 16 de março de 2017

Objetivos da Pastoral Familiar na Paróquia Bom Jesus dos Aflitos - Parangaba

 Tendo-se  em mente as diferentes declarações de documentos do Magistério, sobretudo Familiaris Consórtio (n.17), podemos assim exprimir o objetivo geral  da Pastoral Familiar.
A Pastoral Familiar tem como meta uma adequada e exaustiva evangelização da família para que , educada no amor, ela possa ser transmissora da fé, formadora da personalidade, promotora do desenvolvimento e do senso comunitário. Dada a amplitude do campo de ação da Pastoral Familiar, procuramos distribuir também seus objetivos específicos em quatro categorias ou níveis.
a -Em nível do casal: ajudar os casais a crescerem e amadurecerem no amor que os une.
b -Em nível de família: educar a família para o amor e para a estima e promoção da vida.
c -Em nível de Igreja: refletir constantemente a problemática e a missão da família à luz do Evangelho.
d - Em nível de sociedade: auxiliar as famílias que se encontram em situações difíceis, críticas ou irregulares.
Essa formação sobre os Objetivos da Pastoral Familiar aconteceu no dia 16.03.17, na Paróquia Bom Jesus dos Aflitos em Parangaba, tendo como  facilitadores o casal assessor arquidiocesano da mesma região Bom Jesus dos Aflitos, Sampaio e Teresinha. Durante toda formação estiveram presentes o Pároco Pe. Charles e o vigário Pe. Vanderlei da respectiva paróquia onde se dispuseram a apoiar  todo processo de Implantação da Pastoral Familiar.