O
Papa Francisco expressou seu rechaço ao aborto e afirmou: "Vivemos
atualmente numa cultura do descarte que adora o 'deus dinheiro' em cujo
nome matam crianças antes de nascer".
O Pontífice fez estas afirmações de maneira improvisada durante a
audiência na Sala Paulo VI no Vaticano, dirigida aos membros das
Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos, por ocasião dos seus 70
anos de fundação.
"O 'deus-dinheiro' destrói e provoca a cultura do descarte, buscando
descartar as crianças, explorá-las ou matá-las antes do seu nascimento",
denunciou o Santo Padre.
Em seu discurso o Papa Francisco afirmou: "Quando defendemos o
direito à vida, é para que a vida possa, desde sua concepção ao seu fim
natural, ser uma vida digna, que não conheça as feridas da fome e da
pobreza, da violência e da perseguição".
O Pontífice disse novamente de maneira improvisada: "Esta cultura
busca ainda que os idosos sejam descartados, que não tenham cuidados
decentes, sem remédios e (vivam) com aposentadorias miseráveis".
"Que os jovens não tenham trabalho é o sacrifício que esta sociedade
mundana e egoísta presta 'ao deus dinheiro' que está no centro de nosso
sistema econômico global e que não coloca no centro o homem e a mulher",
acrescentou.
"Atualmente os jovens também estão sendo descartados e pensamos nesta
terra tão generosa, vemos que aproximadamente 40 por cento de jovens, a
partir dos 25 anos estão sem trabalho".
Ao referir-se à pobreza que atinge pessoas que nunca precisaram de
ajuda social ou viviam com dignidade e de repente se vêm na necessidade,
o Papa Francisco disse: "Atualmente nas paróquias, nas Cáritas
paroquiais, constatamos esta realidade todos os dias: Homens e mulheres
que se aproximam um pouco às escondidas para conseguir alimentos para
comer... um pouco às escondidas porque ficaram pobres de um mês para o
outro. E ficam com vergonha. E isto acontece, acontece, acontece...".
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