Durante a gravidez, a mulher não
ovula. Por quê? Porque a hipófise deixa de enviar o FSH, uma vez que o
organismo está esperando o nascimento da criança que já foi concebida.
O que a pílula (ou injeção)
anticoncepcional faz é enganar a hipófise, dando-lhe uma mensagem falsa
de gravidez. A droga anticoncepcional é constituída de dois hormônios:
estrógeno e progesterona. Quando são lançados na corrente sanguínea,
eles vão até a hipófise e informam (falsamente) a essa glândula que a
mulher está grávida. Enganada por essa mensagem, a hipófise deixa de
produzir o FSH, à espera de que a criança – que não existe – venha a
nascer. Assim, a mulher para de ovular. Deixando de produzir um óvulo,
ela deixa de conceber.
De tudo o que foi dito, percebe-se que a
pílula anticoncepcional não é um remédio, mas um veneno. Ela não cura
um organismo doente. Ao contrário, ela faz com que o ovário – que está
funcionando bem – pare de funcionar.
Você não chamaria de remédio a um
comprimido que alguém tomasse para fazer que o coração – que está
batendo - parasse de bater; nem a uma injeção que alguém tomasse para
fazer que o pulmão – que está respirando – deixasse de respirar; nem a
uma pomada que alguém aplicasse para que os olhos – que estão enxergando
– parassem de enxergar.
Pelo mesmo motivo, não é coerente que se
chame de "remédio" a uma combinação de hormônios que se toma para
paralisar os ovários. A pílula anticoncepcional é um veneno no sentido
próprio da palavra.
O efeito dela, porém, não se limita aos
ovários. A ingestão artificial de hormônios desequilibra o sistema
endócrino e causa danos a todo o organismo. Alguns desses danos são
narrados a seguir.
Trombose, acidente vascular cerebral (AVC), embolia pulmonar
Em janeiro de 2014, Carla Simone de
Castro, 41 anos, moradora de Goiânia, procurou uma ginecologista a fim
de operar-se de miomas uterinos que lhe causavam cólicas. A médica
aconselhou não a cirurgia, mas o uso de um anticoncepcional (Yasmin)
como forma de tratamento. Após alguns dias, Carla sofreu fortes dores de
cabeça, que foram diagnosticadas como sintoma de sinusite. Durante 55
dias ela sofreu diplopia nos dois olhos e via as imagens duplas e
embaçadas. Somente um exame de ressonância magnética revelou que, na
verdade, ela sofrera uma trombose venosa cerebral, que lhe causou três
AVCs (acidentes vasculares cerebrais ou "derrames"). Suspendeu então o
anticoncepcional e começou a fazer um tratamento anticoagulante, para
evitar uma embolia cerebral, que poderia levá-la à morte[1]. Como a
trombose foi muito extensa, ela foi obrigada a fazer cirurgias de
altíssimo risco a fim de minimizar as sequelas.
Em setembro de 2014, Carla publicou um
vídeo em que aparecia com um tampão em um dos olhos, ainda
impossibilitada de escrever, e contava sua dolorosa história. O vídeo
teve um sucesso excepcional e Carla criou no Facebook uma página chamada
"Vítimas de anticoncepcionais – unidas a favor da vida"[2]. Ao relato
de Carla associaram-se os depoimentos de inúmeras outras mulheres com
reações adversas graves causadas pelo uso de anticoncepcionais.
Daniele Medeiros, 33 anos, moradora de
São João de Meriti (RJ), procurou uma ginecologista para tratar de
cistos ovarianos, que causavam fortes cólicas menstruais. Em vez de
oferecer à sua cliente o tratamento inofensivo e eficaz da metformina
(um remédio para diabete, que ajuda muito no tratamento de ovário
policístico), prescreveu-lhe um anticoncepcional (Yasmin) como
tratamento. Após três meses de uso, Daniele sofreu uma embolia pulmonar,
com consequências gravíssimas: três paradas cardíacas, dois meses de
internação, 40 dias em coma e a amputação dos dez dedos dos pés,
necrosados por causa dos medicamentos que a mantiveram viva[3].
Daniele apresentava tendência à trombose
(trombofilia), o que aumentava o risco trombótico associado ao uso de
anticoncepcionais. Além disso, ela utilizou uma droga (Yasmin) que
contém um tipo de progesterona chamado drospirenona, que elevava ainda
mais o risco (ver tabela abaixo).
Simone Vasconcelos, 34 anos, moradora de
São Caetano do Sul, fez todos os exames e seu médico não encontrou
nenhum fator que aumentasse o risco do uso de anticoncepcionais. Após
três meses de uso da pílula Iumi, em julho de 2014, ela sofreu embolia
pulmonar, com risco de morte. Passou dois dias na UTI e seis no quarto
do hospital. Como o coágulo era pequeno, o tratamento de seis meses com
anticoagulante e restrições alimentares foi bem sucedido[4].
Qualquer mulher, mesmo que não tenha
trombofilia e mesmo que use pílulas com outro tipo de progesterona,
diverso da drospirenona, está sujeita a sofrer tromboses. É o que relata
um extenso estudo feito na Holanda entre 1999 e 2004 e publicado em
2009 na revista médica The BMJ. A pesquisa abrangeu 1.524 pacientes e um
grupo de controle de 1.760 mulheres. Como resultado, "os contraceptivos
orais atualmente disponíveis aumentaram em cinco vezes o risco de
trombose venosa, comparado ao não uso". Esse risco variou com o tipo de
progesterona:
Tipo de progesterona usado
Aumento do risco de trombose venosa
Levonorgestrel
3,6 vezes
Gestodeno
5,6 vezes
Desogestrel
7,3 vezes
Acetato de ciproterona
6,8 vezes
Drospirenona
6,3 vezes
"Confirmou-se ainda – diz o estudo – um
alto risco de trombose venosa durante os primeiros meses de uso do
contraceptivo oral, independentemente do tipo de contraceptivo oral
[destaque nosso]"[5].
Câncer de mama
Um estudo feito nos Estados Unidos em
1.102 mulheres, de 20 a 49 anos, diagnosticadas com câncer de mama
invasivo, de 1990 a 2009, usando um grupo de controle de 21.952
mulheres, foi publicado em 2014 na revista Cancer Research. A
originalidade do estudo é que ele se baseou não em relatos pessoais, mas
em registros eletrônicos de farmácias. A descoberta foi de um aumento
global de 50% na incidência de câncer de mama nas mulheres que tinham
usado qualquer contraceptivo oral durante o ano anterior[6]. Comentando o
resultado, a médica Dra. Denise Hunnell observa que o câncer de mama em
mulheres de 20 a 49 anos é mais agressivo e menos sensível à terapia
que o câncer de mama após a menopausa. O aumento do risco dessa doença
em mulheres jovens significa, portanto, um aumento do risco de morte
dessas mulheres[7].
Glaucoma
Em 2013, foi apresentado na reunião
anual da Academia Americana de Oftalmologia, em Nova Orleans, o
resultado de um estudo que envolveu 3.406 mulheres de 40 anos ou mais.
Os pesquisadores descobriram que as mulheres que haviam usado
contraceptivos por três anos ou mais, eram duas vezes mais propensas a
terem tido um diagnóstico de glaucoma. Esse resultado não dependia do
tipo de anticoncepcional usado[8]. O glaucoma caracteriza-se pelo
aumento da pressão intraocular, que determina o endurecimento do globo e
a compressão do nervo ótico, podendo levar à cegueira.
Conclusão
O anticoncepcional, além de privar o ato
conjugal de sua abertura à vida, convertendo-o num ato de egoísmo a
dois, traz terríveis malefícios para a saúde da mulher, que podem
levá-la à morte. No entanto, quase ninguém se atreve a dizer que as
mulheres não devem usar tal droga ou que o Estado deve proibir sua
comercialização. Mesmo as vítimas de anticoncepcionais acima citadas
limitam-se a advertir que a pílula deve ser usada "com cuidado" e
levando-se em conta os riscos. Por que essa resistência em condenar os
anticoncepcionais? Por dois motivos: 1º. Porque essa droga livra os
cônjuges do fardo dos filhos e não exige qualquer sacrifício (como o
exige a continência periódica admitida pela Igreja em casos de real
necessidade); 2º. Porque até hoje nenhuma outra droga trouxe tanto lucro
para as indústrias farmacêuticas.
Anápolis, 7 de agosto de 2015
Fonte: http://www.providaanapolis.org.br/ -Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz - Presidente do Pró-Vida de Anápolis
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