Dom José Gislon
Bispo de Erexim
Estimados Diocesanos! Na vida familiar,
na comunidade ou em outros ambientes que costumamos frequentar, podemos
nos deparar com situações que nos questionam, ou nos deixam inquietos,
vendo a dor, o sofrimento, a solidão e, às vezes, o estado de abandono
ou de apatia em que vivem algumas pessoas.
Diante destas situações, podemos ter
várias reações. Podemos ser indiferentes, fazer de conta que não vimos o
sofrimento do outro, nem ouvimos o seu pedido de ajuda, manifestado no
olhar, no silêncio e às vezes nas lágrimas. Preferimos passar por outro
caminho para não mais precisar ver certas situações, tentando assim
fazer calar a voz da nossa consciência. Podemos também ser solidários,
manifestando compaixão, nos tornando sinal do amor, da ternura e da
misericórdia de Deus para com os irmãos e irmãs que padecem.
Por isso, a conversão é uma experiência
da qual não podemos abrir mão. Ela nos aproxima do Deus da vida, mas
também nos faz descobrir e, às vezes, redescobrir a presença do Senhor
nos irmãos. A conversão pode ser a passagem da falta de fé à fé, ou do
mal ao bem. Na pessoa que crê no Senhor Jesus, a conversão pode se
manifestar como uma passagem da fé considerada um complexo de doutrinas
que se pode conhecer à fé vivida nas ações do dia-a-dia.
O Samaritano não fica perguntando quem é
meu próximo, ele se faz próximo daquele que precisa, sabe manifestar
compaixão, é capaz de ações de misericórdia, generosas, desinteressadas e
livres de preconceitos. O exemplo dele é Jesus, que se fez próximo de
cada um, dos justos e injustos, dos santos e pecadores, dos amigos e
inimigos. Ele está atento não só às próprias preocupações, mas também às
necessidades dos outros. Para o Samaritano, o próximo não é definido
por uma teoria, mas por um apelo à sua misericórdia, a fazer-se próximo
pelo amor caridade, comprometido com a vida, com o irmão, com a vida
eterna no Reino de Deus
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