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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

NATAL: Tempo de celebrar e agradecer.


natalComo deverá ser a nossa celebração do Natal, no Ano da Misericórdia? Deus revelou, depois de muitos séculos de espera, o seu rosto, o rosto da Misericórdia. Seu rosto é meigo e frágil, sorri para aqueles que se aproximam de seu berço pobre. O rosto de Deus, o Senhor do Universo, aquele a quem os anjos adoram, os astros obedecem, e diante do qual os demônios tremem de pavor, esse Deus mostrou a nós o um rosto terno e misericordioso. Não fez questão de entrar na nossa pobre moradia, não quis ostentar seu poder. Por que razão ele escolheu vir assim, desprovido de poder? Para que nós nos aproximemos sem medo. Para que abracemos o seu corpo gelado de frio. Para que o tomemos no colo, e ele possa ficar conosco e crescer em nós.
A nossa família vai recebe-lo, da mesma forma que o fez Maria e José. Nossa casa pode ser pequena, pode ser pobre, isso não importa. O que importa é que tenha ali muito amor. Se ele vem da parte do Pai para nos mostrar um rosto de misericórdia, a condição para recebê-lo em casa é que a família seja também um ninho de misericórdia. As nossas famílias receberam, neste ano, um imenso presente do Papa Francisco com a realização do Sínodo dos Bispos. Foram dois anos de preparação. O tema da Família, com sua beleza e seus desafios, empolgou a Igreja no mundo inteiro. Nossas famílias saíram fortalecidas. A Pastoral Familiar cresceu em todas as dioceses, paróquias e comunidades e agora, após o Sínodo, qual é a tarefa que cabe às nossas famílias? Como podemos agradecer esse presente que recebemos?
Nosso agradecimento é precisamente este: ser o rosto maternal e misericordioso da Igreja neste Ano Santo da Misericórdia. A Mãe Igreja precisa da Pastoral Familiar para mostrar aos seus filhos o seu rosto de misericórdia. E esse rosto será tão mais nítido quanto mais a Pastoral Familiar assumir seu papel na Igreja, saindo em busca dos filhos mais afastados, mais fragilizados, mais desamparados e feridos. O Natal, e todo este ano que aí vem, será realmente bom, se encontrarmos de fato, e levarmos aos outros, o rosto misericordioso de Deus.
Dom João Bosco Barbosa de Sousa, OFM
Bispo de Osasco (SP)
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB

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