No
dia 8 de dezembro, terá início o Jubileu Extraordinário da
Misericórdia, com abertura da Porta Santa no Vaticano. Com o lema "Sede
misericordiosos como o Pai", o Ano da Misericórdia, convocado pelo papa
Francisco, concluirá em novembro de 2016.
O início do Ano Santo marca as
celebrações do 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II. A
iniciativa convida os fiéis do mundo inteiro a celebrarem o sacramento
da Reconciliação.
O bispo auxiliar de Brasília e
secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
dom Leonardo Steiner, recorda que abertura do Ano da Misericórdia
coincide com a Festa da Imaculada Conceição.
"Essa data da abertura da Porta Santa
tem significado todo especial. É a Virgem Maria que nos trouxe a
misericórdia por meio de Jesus. Ela acolheu e deu a luz à misericórdia. A
exemplo dela, somos também convocados a sermos sinais do amor e do
perdão", comenta dom Leonardo.
Abertura da porta-santa
No dia 13 de dezembro, serão abertas as
portas-santas nas catedrais e santuários do mundo, em comunhão com a
Igreja de Roma. Dom Leonardo explica que os templos são locais de
peregrinação e oração, que favorecem o encontro com a misericórdia.
Para o bispo, o gesto simbólico de abrir
as portas revela o encontro. "É um gesto muito bonito, o abrir a porta.
Quando o filho está para chegar, a mãe abre a porta. Ao visitar alguém,
somos recebidos com as portas abertas. Representa deixar vir e, ao
mesmo tempo, ir ao encontro. Passar pela porta da misericórdia também é
revelar a busca pela misericórdia", disse dom Leonardo.
Iniciativas nas dioceses
A Igreja no Brasil, por meio das
dioceses, organizará diferentes atividades ao longo da Ano Santo. A CNBB
publicará materiais de apoio.
"O Santo Padre ao proclamar o Ano da
Misericórdia deu muita importância à diocese. Cada igreja particular
fará sua peregrinação misericordiosa. Os bispos da CNBB, por meio do
Conselho Permanente, sugeriram que haja peregrinações nas dioceses,
encontros, celebrações, produção de subsídios que auxiliem as
comunidades. Mas, cada diocese deve achar meios para celebrar bem o Ano
da Misericórdia", acrescenta.
Dom Leonardo acredita, ainda, que o Ano
da Misericórdia deverá suscitar atos simples, de convivência, respeito e
perdão entre as pessoas. "A misericórdia faz parte do nosso dia a dia
onde manifestamos nossas relações. Por isso, fazemos a experiência das
frustrações, das ofensas, do encontro com os pobres e com aqueles que
não possuem a mesma fé. Então, é na convivência diária que podemos
perceber, a partir da misericórdia de Deus, que somos chamados a sermos
misericordiosos como o Pai", pontua o bispo.
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