O estudo
No relatório intitulado Improving Joyful
Lleve: Society's Response to Difference and Disability (Melhorando
vidas felizes: a resposta da sociedade à diferença e deficiência), o
autor Mark Bradford entrega recomendações para melhorar as vidas das
pessoas com Síndrome de Down e aborda a reação negativa da sociedade a
esta condição, especialmente entre a comunidade médica.
Segundo a pesquisa do Dr. Brian Skotko
no Programa Síndrome de Down do Hospital Geral de Massachusetts, a
maioria das pessoas com Síndrome de Down e suas famílias mostra
satisfação com suas vidas. Entretanto, ainda existe uma discrepância
entre estas estatísticas positivas e o aumento no número de abortos
seletivos por deficiência depois de um diagnóstico pré-natal com
resultado de Síndrome de Down.
Esta tendência de abortar aqueles que
apresentam uma deficiência é um dos maiores desafios que a comunidade
com Síndrome de Down enfrenta na atualidade, assegura Bradford. A
pesquisa não só descobriu que a maioria dos diagnósticos pré-natais leva
ao aborto imediato, mas também que existe uma séria falta de informação
sobre a síndrome de Down que acompanha estes resultados.
O estudo revela que a pouca informação
que se entrega depois de um diagnóstico pré-natal costuma ser
tendenciosa, antiga, reduzida e errônea, por parte de médicos que
preferem efetuar um aborto em caso de deficiência.
Por outra parte, segundo o estudo de
Bradford, a maioria das determinações se deve à falta de entendimento
sobre a Síndrome de Down, escolhendo abortar muitas vezes por medo ou
dor. No estudo, Bradford propõe várias soluções para mudar a maneira
como a sociedade reage diante da Síndrome de Down, soluções que poderiam
melhorar progressivamente as vidas destas pessoas.
Para evitar o aborto
De acordo com o presidente do Centro de
Pesquisa, "deve-se trabalhar para expandir a lei de anti-discriminação
pré-natal junto com outras leis federais que buscam proteger os
necessitados".
Junto com medidas judiciais, Bradford
acredita que os médicos devem voltar a capacitar-se para entregar um bom
diagnóstico pré e pós-natal de Síndrome de Down. A informação precisa e
baseada em evidências que entrega uma criança com síndrome de Down
também deve acompanhar os diagnósticos pré-natais.
"Aqueles que têm Síndrome de Down têm
uma deficiência mental que pode ser leve ou severa" explicou Bradford. É
possível que depois se consiga melhorar a cognição o suficiente para
assegurar emprego e independência para muitos nesta condição. É muito
possível, também, que se consiga restaurar o desenvolvimento neurológico
antes do nascimento.
A esperança de Bradford radica em "criar
um futuro onde a verdadeira aceitação e inclusão possa ser realidade
para as pessoas com Síndrome de Down, não só a da minoria atual que teve
a oportunidade de viver".
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