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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Artigo: "O grandioso direito à liberdade de culto".


ANSA704798_ArticoloNo dia 07 de janeiro a humanidade celebrou o grandioso direito à liberdade de culto. Para as religiões monoteístas ou abraâmicas esta data se escora na memória do Êxodo, uma vez que Moisés tinha pedido ao Faraó a permissão de cultuar o seu Deus no deserto. Todas as liberdades derivam ou estão conexas com a liberdade de consciência filha da liberdade de culto e garantia da liberdade religiosa.
Esta liberdade exige a separação da Religião do Estado, pois numa teocracia ela é banida e desrespeitada. Também os regimes totalitários ao invadir constantemente o foro da consciência do cidadão a violentam. O curioso é descobrir que o laicismo estatista dos nossos dias incorre em abusos reiterados, pois limita a liberdade de culto a área do íntimo e do privado, esquecendo a dimensão social e pública da religiosidade como sua incidência ética e relacional.
A Declaração da ONU de 1981 sobre a Intolerância e a Discriminação Religiosa, não foi aceita na íntegra pelos países muçulmanos porque estes não concordavam com a possibilidade de converter-se a outra religião o que está penalizado por vezes com a morte. Existem 250 milhões de cristãos que estão sendo perseguidos cruelmente, perdendo trabalho, casas, bens e as mulheres sendo estupradas e vendidas como escravas sexuais. Segundo a estudiosa Olga Malterrada Revista Times cerca de 160000 pessoas morrem, todo ano, pela sua fé em Jesus Cristo, sendo de longe a religião mais perseguida.
Outro autor, Paul Marschal, na sua obra:"Their blood cries out",aponta para 60 países que perseguem aos cristãos sistematicamente alcançando o número de 400 milhões, o caso de ser restringido de forma grave nos direitos de cidadania. É claro que denunciamos da mesma forma todo atentado cometido contra qualquer ser humano por razões do não reconhecimento da liberdade de culto.
O que parece acontecer é que a mídia internacional que é muito seletiva e restrita, não dá a mínima para o extermínio e perseguição dos cristãos. Não são poucos que defendem que por uma pessoa ser cristã deve ser excluída do debate público uma vez que será sempre irracional e obscurantista na sua argumentação.
Este quadro preocupante não nos intimida nem nos paralisa porque sabemos que a perseguição dos seguidores de Cristo é prova de fidelidade e Bem-Aventurança e aquela frase de Tertuliano: "Sangue dos Mártires, semente de novos cristãos", continua a ser verdade. Que o Deus da consolação e da liberdade proteja e fortaleça a todos os que sofrem com a falta da liberdade de culto por suã opção religiosa. Deus seja louvado! (Foto: Rádio Vaticano)
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo Diocesano de Campos (RJ)

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