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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

CNBB: Entrevista com Dom João Justino


Há quase dois anos como presidente da Comissão para a Cultura e a Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom João Justino de Medeiros Silva destaca a importância do trabalho desenvolvido pela Comissão e fala sobre os planejamentos deste ano para as áreas de educação e cultura. A entrevista foi concedida ao programa “Igreja no Brasil”, produzido pela CNBB.
A começar pelos objetivos, dom João Justino destacou que a Comissão tem por missão acompanhar a cultura e a educação no país. “Nós poderíamos resumir dizendo que cultura e educação são dois aspectos da vida das pessoas e da sociedade em que todos estão envolvidos, principalmente nós também, cristãos católicos. A Igreja tem o grande cuidado com a educação e com a cultura e tem dado historicamente grandes contribuições nessas áreas”, disse.
Já sobre as atividades desenvolvidas pela Comissão, o bispo explicou que elas são baseadas em quatro âmbitos de atuação, são eles: o Setor da Cultura, o Setor Universidades, o Setor Educação e o Setor Ensino Religioso Escolar. De acordo com ele, tais segmentos realizam diversos projetos que vão desde a elaboração de encontros a cursos. Em 2016, por exemplo, dom João Justino citou que o Setor Universidades realizou encontros regionais e nacionais e destacou a atuação do assessor, padre Danilo Pinto dos Santos.
“Eu destacaria a atuação do nosso assessor para o Setor Universidades, padre Danilo Pinto, que é do clero da arquidiocese de Salvador e que tem feito um trabalho de contato pessoal, que vai descobrindo nas dioceses experiências de trabalhos junto às comunidades universitárias. Com isso, ele vai encontrando líderes e propondo encontros em que esses líderes diocesanos começam a partilhar suas experiências e a estudar o projeto do Setor Universidades, fortalecendo-o em seus próprios regionais”, enfatizou o bispo.
Prioridades para 2017
Quando questionado sobre as prioridades da Comissão para este ano, dom João Justino fez questão de considerar cada setor. No Setor Universidades, destacou a continuidade da articulação dos regionais, processo que segundo ele já está em curso e tem sido “exitoso”. Também falou sobre a realização do IV Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC), que ocorrerá no mês de setembro, em Manaus (AM). “Uma série de encontros, atividades, trabalhos estão sendo realizados na perspectiva de preparar esse grande encontro. É uma experiência que vai enriquecer todos que vão participar e poder contribuir”, disse.
No Setor Educação, dom João Justino afirmou que a meta para este ano é continuar o estudo do texto-base das Diretrizes Gerais da Pastoral da Educação, que já vem sendo feito em todas as dioceses. Além disso, o setor pretende realizar encontros nas regiões do país. “Cada região realizará o seu encontro, na perspectiva de conhecer mais o trabalho desenvolvido pela Pastoral da Educação, fortalecendo essa missão que a Igreja no Brasil incentiva nas dioceses”, pontuou.
Já em relação ao Setor Ensino Religioso, dom João Justino cita que haverá oportunidade de um encontro com os bispos que acompanham, nos regionais, o ensino religioso. Na ocasião, eles vão tratar de questões pertinentes ao setor. “Certamente outras questões estão sendo pensadas como também nesse caso aí, especificamente, a discussão de uma proposta de uma grade curricular para o ensino religioso, que facilitaria sobretudo não apenas para os professores, mas também para as editoras que publicam textos de ensino religioso”, garantiu.
Por último, do ponto de vista do Setor Cultura, o bispo disse que este ano, o objetivo é investir na formação de agentes da Pastoral da Cultura, pois de acordo com ele, a Igreja tem muitas ações neste campo, mas nem sempre os agentes que atuam compreendem que se trata de um trabalho pastoral nesta área. “Entender o que é a Pastoral da Cultura, criar uma compreensão adequada da atuação neste âmbito tem sido uma preocupação deste setor, que inclusive organizou um curso para agentes da Pastoral da Cultura, que acontece em parceria com a PUC Minas”, concluiu.
Sinodalidade
A Comissão para a Cultura e a Educação da CNBB além de ter o apoio dos Setores, também conta com a contribuição das pastorais, o que favorece a chamada “sinodalidade”, a qual dom João Justino classifica como “ a participação de todos”.
“O tema da sinodalidade tem sido retomado pelo papa Francisco, que no ano de 2015 ao encerrar o Sínodo sobre a família e celebrar os 50 anos desta instituição na Igreja – do Sínodo dos Bispos – insistiu na sinodalidade como uma característica da vida eclesial. Não se trata apenas de pensar a sinodalidade enquanto o Sínodo, mas a sinodalidade enquanto na base, o que significa a participação de todos na vivência da sua fé batismal, sempre na busca de um projeto em comum, esse projeto comum obviamente é delineado pela principal missão da Igreja que é evangelizar. Quanto mais as pessoas participam, dialogam, encontram mecanismos de participação mais favorecem a sinodalidade”, defendeu o bispo.
No final do programa, dom João Justino agradeceu especialmente o laicato, que de acordo com ele tem contribuído de modo expressivo para a missão da Igreja. “Desejo que vocês que estão atuando no campo da cultura e da educação estejam sempre mais dispostos a trabalhar juntos nas suas igrejas locais, nas suas dioceses, mas também com esse projeto de toda a igreja no Brasil. Peço ao Senhor que abençoe a vida de vocês”, finalizou.
Por CNBB

domingo, 29 de janeiro de 2017

Visita à Pastoral Familiar da Área Pastoral São Miguel Arcanjo

A área pastoral São Miguel Arcanjo da região Nossa Senhora dos Prazeres, tendo à frente os assessores Rogério e Marlene, realizou no dia 29.01.17, uma  Visita Pastoral, visando sua estruturação e  caminhada. Há na Pastoral Familiar muitos aspéctos ou situações que exigem definições claras, objetivas e adequadas. É preciso investir na formação de agentes essa foi uma das prioridades da visita.

1ª Reunião da Pastoral Familiar a nível de Setor na região São Pedro e São Paulo

A região São Pedro e São Paulo realizou no último dia 29 (domingo),às 10h, sua primeira Visita da Pastoral Familiar a nível de Setor. O evento teve a presença dos vários agentes de Pastoral e também de membros do ECC, onde ampliaram e compartilharam seus conhecimentos sobre a Pastoral Familiar. Além dos Assessores da respectiva região, Firmino e Lúcia, o Diácono Caubi e o Cónego Padre Edsom, participaram do encontro, sendo os grandes articuladores da reunião. Estiveram presentes também os Coordenadores Arquidiocesanos da Pastoral Familiar de Fortaleza,  Fontenele e Margarida.

São Pedro Nolasco, devoto da Santíssima Virgem

São Pedro NolascoSão Pedro Nolasco fez o voto de castidade, de pobreza e obediência

No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.
Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.
No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.
São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.
Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.
Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.
São Pedro Nolasco, rogai por nós

Fonte: Canção Nova

sábado, 28 de janeiro de 2017

Formação Aconselhamento à partir da Escuta Cristã

A Paróquia São João Eudes  no bairro Luciano Cavalcante, realizou  uma Formação sobre Aconselhamento à partir da Escuta Cristã. O Aconselhamento é uma assistência solicitada à comunidade católica em favor das famílias que se encontram em situação de especial atenção. Tem por objetivo eliminar o mais possível as causas profundas de seu mal-estar. Situações essas de cunho econômico, político, cultural ou mesmo religioso. Os articuladores dessa formação foi o casal assessor da região Nossa Senhora da  Conceição, Cláudio e Raquel.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Renovação Carismática inicia encontro nacional em Aparecida

Este ano, a RCC celebra o Jubileu de Ouro do início do movimento no mundo


A Renovação Carismática Católica do Brasil deu início, na noite desta quarta-feira, 25, ao seu Encontro Nacional de Formação. O congresso desse ano comemora o Jubileu de Ouro do início do movimento no mundo e abre as comemorações dos 50 anos no Brasil.
A missa de abertura foi presidida por Dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém (PA) e assessor eclesiástico da Renovação brasileira aconteceu no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida no Santuário Nacional de Aparecida.
A celebração também teve a presença de diversos padres, seminaristas e religiosos de vários estados do país, do Conselho Nacional da RCC do Brasil, membros do Movimento na América Latina, EUA, Índia, e os cerca de 9 mil inscritos no evento.
Destacando a festa litúrgica da conversão de São Paulo, Dom Alberto Taveira fez dois desafios aos carismáticos: testemunhar a vida e doar-se pela evangelização do próximo.
“Deixe-me fazer um desafio! Tenha a coragem de dar o seu testemunho, de contar em primeira pessoa as maravilhas que Deus realizou em sua vida. (…) Outro desafio! Quem veio só por si mesmo vai sair frustrado. Ajuste seu coração e aceite estar aqui pelos outros, pela Igreja, pelo seu Grupo de Oração”, afirmou.
O Encontro Nacional de Formação acontece até o domingo, 29, no Centro de Eventos e nas dependências do Santuário Nacional. A programação conta com missas, terço, pregações, workshops e shows e reúne todas as lideranças do Movimento Carismático no Brasil.
Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Conversão de São Paulo, apóstolo - Santo do dia 25.01.17

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.
Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.
Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer’”.
O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.
Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.
São Paulo de Tarso, rogai por nós!
Fonte: Fátima - Portal da Fé

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

4º Encontro de Implantação da Pastoral Familiar na Paróquia Santo Antônio de Pádua

A Paróquia Santo Antônio de Pádua, localizada no bairro Maraponga, da região Nossa Senhora da Conceição, realizou no último dia 10.01.17 ás 20h, o quarto Encontro de Implantação da Pastoral Familiar, com o tema: "A Evangelização da Família". Evangelizar a família, ontem como hoje, é colocar no meio dela, a Pessoa de Jesus Cristo. Tornar Jesus presente na família, com seus exemplos, seus ensinamentos e sua Palavra, que amamos e respeitamos, para conhecer bem e imitar as atitudes  dele na vida. A Evangelização é uma atividade da Igreja, desde o seu início. É por isso que é urgente a nossa própria evangelização, se Jesus Cristo é ainda pouco conhecido por nós e por nossa família, como podemos anunciá-lo? Presentes nesta implantação,o casal Assessor Arquidiocesano da respectiva região, Cláudio e Raquel e o casal Coordenador do setor Casos Especiais, Solano e Regina.


Papa enfatiza disposição para fazer vontade de Deus


O Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta nesta terça-feira 24, e centralizou a sua homilia na Carta aos Hebreus proposta pela liturgia do dia.
O Papa explicou que quando Cristo vem ao mundo, diz: “Eu vim para fazer a tua vontade” e que esta afirmação desfecha uma história de “eis-me” concatenados. A história da salvação é uma história de “eis-me”, disse o Papa.
Depois de Adão, que se esconde porque tinha medo do Senhor, Deus começa a chamar e a ouvir a resposta daqueles homens e mulheres que dizem: “Eis-me, estou disposto, estou disposta”. Do eis-me de Abraão, Moisés, Elias, Isaías, Jeremias, até chegar ao grande “eis-me” de Maria e ao último, de Jesus, reflete Francisco. Ele explicou ainda que histórias assim não são automáticas porque o Senhor dialoga com aqueles que convida.
“O Senhor dialoga sempre com aqueles que convida a percorrer esta estrada e a dizer o eis-me. Há muita paciência, muita paciência. Quando lemos o Livro de Jó, todos esses raciocínios de Jó, que não entende, e as respostas, e o Senhor que fala, o corrige … e no final, qual é o eis-me de Jó? ‘Ah, Senhor, Tu tens razão: eu te conhecia somente por ouvir falar; agora os meus olhos te viram’. O eis-me quando existe a vontade, eh? A vida cristã é isto: um eis-me, um eis-me contínuo para fazer a vontade do Senhor. E um atrás do outro…. É belo ler a Escritura, a Bíblia, buscando as respostas das pessoas ao Senhor, como respondiam, e encontrar estas respostas é tão bonito. ‘Eis-me, eu vim para fazer a Tua vontade'”.

Reflexão pessoal

A liturgia de hoje nos exorta a refletir como vai o meu “eis-me”ao Senhor, exortou Francisco.
“Eu me escondo, como Adão, para não responder? Ou quando o Senhor me chama, ao invés de dizer ‘eis-me’ ou ‘o que quer de mim?’, fujo, como Jonas, que não queria fazer o que o Senhor lhe pedia? Ou faço de conta de fazer a vontade do Senhor, mas somente externamente, como os doutores da lei aos quais Jesus condena duramente? Faziam de conta: ‘Tudo bem, … nada de perguntas: eu faço isso e nada mais’. Ou olho para o outro lado, como fizeram o levita e o sacerdote diante daquele pobre homem ferido, agredido pelos brigantes, abandonado meio morto? Como é a minha resposta ao Senhor?”.

Discutir com Deus

Para concluir o Papa disse que o Senhor nos chama todos os dias e nos convida a dizer o nosso “eis-me”, mas que podemos “discutir” com Ele.
“Ele gosta de discutir conosco. Alguém me diz: ‘Mas, Padre, quando rezo, muitas vezes fico bravo com o Senhor…’: mas também isso é oração! Ele gosta quando você fica bravo e diz claramente aquilo que sente, porque é Pai! Mas isso é também um eis-me …. Ou me escondo? Ou fujo? Ou faço de conta? Ou olho para o outro lado? Cada um de nós pode responder: como é o meu eis-me ao Senhor, para fazer a Sua vontade na minha vida. Como é. Que o Espírito Santo nos dê a graça de encontrar a resposta”
Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Papa: jamais fechar o coração ao perdão do Senhor

O Papa Francisco iniciou a semana celebrando a Missa na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 23. A homilia do Pontífice foi dedicada ao sacerdócio de Cristo, inspirando-se na Carta aos Hebreus proposta na Primeira Leitura.
Jesus é o sumo sacerdote. E o sacerdócio de Cristo é a grande maravilha, a maior maravilha que faz cantar um canto novo ao Senhor, como diz o Salmo responsorial. O sacerdócio de Cristo se realiza em três momentos, explicou o Papa. O primeiro é a Redenção: enquanto os sacerdotes na Antiga Aliança tinham que oferecer sacrifícios todos os dias, Cristo ofereceu a si mesmo, uma vez por todas, pelo perdão dos pecados. Com esta maravilha, Cristo levou ao Pai, recriou a harmonia da criação, destacou Francisco.
A segunda maravilha é a que o Senhor faz agora, isto é, rezar pela humanidade. “Enquanto nós rezamos aqui, Ele reza por nós, por cada um de nós”, ressaltou o Papa. “Agora, vivo, diante do Pai, intercede para que não falte a fé. Quantas vezes, de fato, se pede aos sacerdotes que rezem porque sabemos que a oração do sacerdote tem uma certa força, justamente no sacrifício da Missa”.
A terceira maravilha será quando Cristo voltar, mas esta terceira vez não será em relação ao pecado, será para “fazer o Reino definitivo”, quando levará a todos com o Pai. “Há esta grande maravilha, este sacerdócio de Jesus em três etapas – quando perdoa os pecados uma vez por todas; quando intercede agora por nós; e quando Ele voltar – mas tem também o contrário, ‘a blasfêmia imperdoável’. É duro ouvir Jesus dizer essas coisas, mas Ele falou disso e, se o diz, é porque é verdade. ‘Em verdade, Eu digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens – e nós sabemos que o Senhor perdoa tudo se abrirmos um pouco o coração. Tudo! – os pecados e também todas as blasfêmias serão perdoadas! – mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado eternamente’”.
Para explicar isso, o Papa fez referência à grande unção sacerdotal de Jesus: foi o que fez o Espírito Santo no seio de Maria, afirmou, e também os sacerdotes na cerimônia de ordenação são ungidos com o óleo.
“Também Jesus como Sumo Sacerdote recebeu esta unção. E qual foi a primeira unção? A carne de Maria com a obra do Espírito Santo. E quem blasfema contra isto, blasfema o fundamento do amor de Deus, que é a redenção, a re-criação; blasfema contra o sacerdócio de Cristo. ‘Mas como é ruim o Senhor, não perdoa?’ – ‘Não! O Senhor perdoa tudo! Mas quem diz essas coisas está fechado ao perdão. Não quer ser perdoado! Não se deixa perdoar!’. Este é o aspecto negativo da blasfêmia contra o Espírito Santo: não se deixar perdoar, porque renega a unção sacerdotal de Jesus, que fez o Espírito Santo”.
Concluindo, o Papa retomou as grandes maravilhas do sacerdócio de Cristo e também a “blasfêmia imperdoável”, não porque o Senhor não queira perdoar tudo, mas porque esta pessoa está tão fechada que não se deixa perdoar: a blasfêmia contra esta maravilha de Jesus.
“Hoje nos fará bem, durante a Missa, pensar que aqui sobre o altar se faz a memória viva, porque Ele estará presente ali, do primeiro sacerdócio de Jesus, quando oferece a sua vida por nós; há também a memória viva do segundo sacerdócio, porque Ele rezará aqui; mas também, nesta Missa – o diremos depois do Pai-Nosso – há aquele terceiro sacerdócio de Jesus, quando Ele voltará e a nossa esperança da glória. Nesta Missa, pensemos nessas belas coisas. E peçamos a graça ao Senhor de que o nosso coração jamais se feche – jamais se feche! – a esta maravilha, a esta grande gratuidade".
Fonte:  Rádio Vaticano

domingo, 22 de janeiro de 2017

Ato Nacional em Defesa da Vida

Aconteceu em Fortaleza, no dia vinte e dois de janeiro na Praça Portugal, às 16h, o Ato Nacional em  Defesa da Vida, com a presença  de vários grupos da Pastoral Familiar. O aborto é uma violência  contra a mulher e causa uma série de consequências a ela, como depressão, alcoolismo e até suicídio. O evento contou com a presença  de Ana Carolina Cáceres, jornalista com microcefalia, de Campo Grande /MS. Presente Dom Rosalvo da Arquidiocese de Fortaleza e outras autoridades de movimentos que apoiam  tão grande causa.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Papa à Rota Romana: necessária formação antes e depois do matrimônio



O Papa Francisco recebeu em audiência, neste sábado (21/01), os Juízes, Funcionários, Advogados e Colaboradores do Tribunal da Rota Romana, para a inauguração do Ano Judicial. No seu discurso o Papa falou da relação entre fé e matrimônio e, em particular, das perspectivas de fé presentes no contexto humano e cultural em que se forma a intenção matrimonial. E, citando São JPII Francisco enfatizou que existe uma unidade profunda e indissolúvel entre o conhecimento da razão e da fé", de tal maneira que, quanto mais o ser humano se afasta da perspectiva da fé tanto mais ele se expõe ao risco de falhar, acabando por se encontrar na condição do “insensato”.
Também o Papa Bento XVI – prosseguiu o Papa - recordou que só quando nos abrimos à verdade de Deus podemos compreender e dar-nos conta, também na vida conjugal e familiar, da verdade do homem enquanto seu filho, regenerado pelo Baptismo, sublinhando a importância de aprofundar a relação entre amor e verdade:
“Se o amor não tem relação com a verdade, ele está sujeito à mudança dos sentimentos e não supera à prova do tempo. O amor verdadeiro, ao invés, unifica todos os elementos da nossa pessoa e se torna uma nova luz para uma vida grande e plena. Sem a verdade o amor não pode oferecer um vínculo sólido, não consegue levar o “eu” para além do seu isolamento, nem libertá-lo do instante fugaz para edificar a vida e dar frutos”.
Perante a mentalidade difusa em que a fé é enfraquecida e já não é critério interpretativo e operativo para a existência pessoal, familiar e social, Francisco propôs dois remédios: o primeiro, a formação dos jovens mediante um adequado caminho de preparação para redescobrir o matrimónio e a família segundo o plano de Deus. Trata-se de ajudar os futuros esposos a compreender e apreciar a graça, a beleza e a alegria do verdadeiro amor, salvado e redimido por Jesus, disse o Papa, reiterando que a comunidade cristã é chamada a anunciar cordialmente o Evangelho a estas pessoas, para que a sua experiência de amor se possa tornar um sacramento, sinal eficaz de salvação. E Francisco explica:
“É necessário, portanto, que os operadores e os organismos responsáveis pela pastoral familiar sejam animados por uma forte preocupação de tornar cada vez mais eficazes os itinerários de preparação ao sacramento do matrimônio, para o crescimento não apenas humano, mas sobretudo da fé dos noivos. E a finalidade fundamental dos encontros é de ajudar os noivos a realizar uma inserção progressiva no mistério de Cristo, na Igreja e com a Igreja”.
Daí, a necessidade de pessoas com competência específica e devidamente preparadas para tal serviço, numa oportuna sinergia entre sacerdotes e casais, disse ainda Francisco reiterando a necessidade de um "novo catecumenato", em preparação para o matrimônio para que tal preparação se torne parte integrante de todo o processo sacramental do matrimônio, o que servirá de antídoto para impedir a multiplicação de celebrações matrimoniais nulas ou inconsistentes.
O segundo remédio indicado por Francisco é ajudar os recém-casados a continuar o caminho na fé e na Igreja, mesmo depois da celebração do matrimônio .Será necessário – sublinha Francisco - identificar com coragem e criatividade, um projeto de formação para os jovens casais, com  iniciativas destinadas a aumentar a consciência do sacramento recebido. E a comunidade cristã é chamada a acolher, acompanhar e ajudar os jovens casais, oferecendo-lhes ocasiões e instrumentos adequados para cuidarem da sua vida espiritual, tanto na vida familiar, como na programação pastoral da paróquia ou nas agregações.
E Francisco exorta os párocos a serem cada vez mais conscientes da delicada tarefa que lhes é confiada na gestão do percurso sacramental do matrimônio dos futuros esposos, passando de uma visão puramente jurídica e formal da preparação dos futuros esposos, a uma fundação sacramental já a partir do início. “Isso vai exigir a contribuição generosa de cristãos adultos, homens e mulheres, que se coloquem ao lado do sacerdote na pastoral familiar para construir a "obra-prima da sociedade, a família, o homem e a mulher que se amam, o plano luminosos de Deus” – ressaltou o Papa.
Que o Espírito Santo assista e sustente a todos os que, sacerdotes leigos, se empenham e se empenharão neste campo para que nunca percam o impulso e a coragem de trabalhar para a beleza das famílias cristãs, apesar das insídias ruinosas da cultura dominante do efêmero e do Provisório.

Como tenho dito várias vezes, precisa muita coragem para se casar no tempo em que vivemos. E aqueles que têm a força e a alegria de fazer este passo importante devem sentir ao seu lado o afecto e a proximidade concreta da Igreja - conclui Francisco.
Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

1ª Implantação Escola de Família na Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Genibaú

A Paróquia Nossa Senhora de Fátima no bairro Genibaú deu início a sua primeira Implantação das Escolas de Família. O que são as Escolas de Família? A Escola de Família é uma iniciativa do Pontifício Instituto João Paulo II para estudos sobre Matrimônio e Família. Os objetivos são difundir entre as famílias um conhecimento novo acerca da experiência familiar. Contém 12 palestras, onde o tema da primeira palestra é: "A família em contexto de mudanças". A Pastoral Familiar da Paróquia pode inspirar a formação de muitos grupos da Escola de Família e fazer  periodicamente encontros entre os diversos grupos. Os articuladores desta Implantação foi o casal Ceza e Rosilene assessores arquidiocesanos da região Nossa Senhora da Assunção. Implantação esta acontecida no dia  20.01.17.


Visita à Pastoral Familiar do Tabapuá

Aconteceu no dia 20.01.17, uma visita  a Pastoral Familiar do Tabapuá  feita pelos assessores da região Nossa Senhora dos Prazeres, Rogério e Marlene, cujo objetivo é promover ações a serem realizadas em dois mil e dezessete. Em sintonia com toda a Igreja, buscamos dinamizar uma Pastoral Familiar que brota do  coração de Deus, que acolhe a todos com amor.


Santo do dia: São Sebastião

O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.

Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Vida cristã é uma luta contra as tentações, afirma Papa

Na Missa de hoje, Papa disse que é preciso discernir o que acontece no próprio coração e saber escolher bem o caminho

“A vida cristã é uma luta. Deixemo-nos atrair por Jesus”, disse o Papa Francisco nesta quinta-feira, 19, na Missa celebrada na Casa Santa Marta, no Vaticano.
O Pontífice se deteve na passagem do Evangelho do dia que fala sobre a grande multidão que seguia Jesus com entusiasmo e que vinha de todos os lugares. “Por que vinha essa multidão?”, perguntou o Papa. “O Evangelho nos diz que havia doentes que queriam ser curados. Mas havia também pessoas que gostavam de ouvir Jesus, porque falava não como os seus doutores, mas com autoridade e isso tocava o coração. Essa multidão vinha espontaneamente. Não era levada de ônibus, como vemos muitas vezes quando se organizam manifestações e muitos devem verificar a presença para não perder o trabalho”. 

O Pai atrai as pessoas a Jesus

Essas pessoas iam porque sentiam alguma coisa a ponto de Jesus pedir um barco e ir um pouco distante da margem: 
“Esta multidão ia até Jesus? Sim! Precisava? Sim! Alguns eram curiosos, mas esses eram os céticos, a minoria. Esta multidão era atraída pelo Pai: era o Pai que atraia as pessoas a Jesus a tal ponto que Jesus não ficava indiferente, como um mestre estático que dizia as suas palavras e depois lavava as mãos. Não! Esta multidão tocava o coração de Jesus. O Evangelho nos diz: Jesus se comoveu, porque via essas pessoas como ovelhas sem pastor. O Pai, através do Espírito Santo, atraia as pessoas a Jesus.”
O Papa disse que não são os argumentos que movem as pessoas, não são “os assuntos apologéticos”. “Não”, frisou, “é necessário que o Pai nos atraia a Jesus”. 

Luta contra as tentações

O Pontífice explicou que, por outro lado, é “curioso” que este trecho do Evangelho de Marcos, que “fala de Jesus, da multidão, do entusiasmo” e do amor do Senhor, acabe com os espíritos impuros, que quando O viam, gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”:
“Esta é a verdade; esta é a realidade que cada um de nós sente quando Jesus se aproxima. Os espíritos impuros tentam impedi-lo, nos fazem guerra. ‘Mas, Padre, eu sou muito católico; sempre vou à missa… Mas jamais, jamais tenho essas tentações. Graças a Deus!’ – ‘Não! Reze, porque você está no caminho errado!’. Uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro que atrai de modo contrário e provoca a guerra interior! E por isso Paulo fala da vida cristã como uma luta: uma luta de todos os dias. Uma luta!”
Uma luta, destacou o Papa, para vencer e destruir o império de satanás. “Jesus veio para destruir, para destruir satanás! Para destruir a sua influência nos nossos corações. O Pai, retomou, atrai as pessoas a Jesus, enquanto “o espírito do mal tenta destruir, sempre!”. 

Estamos lutando contra o mal?

A vida cristã, disse ainda Francisco, é uma luta assim: ou você se deixa atrair por Jesus, para o Padre, ou pode dizer ‘eu fico tranquilo, em paz’. Se quiser ir avante, é preciso lutar!,
“Sentir o coração que luta, para que Jesus vença. Pensemos em como está o nosso coração: eu sinto esta luta no meu coração? Entre a comodidade ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e adorar o Pai, entre uma coisa e outra, sinto a luta? A vontade de fazer o bem ou algo me detém, me torna ascético? Eu acredito que a minha vida comova o coração de Jesus? Se eu não acredito nisto, devo rezar muito para acreditar, para que me seja concedida esta graça”, afirmou.
O Papa concluiu a homilia motivando a cada um a buscar no seu coração como está essa realidade. “Peçamos ao Senhor para sermos cristãos que saibam discernir o que acontece no próprio coração e escolher bem o caminho pelo qual o Pai nos atrai a Jesus”
Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Catequese do Papa: oração e esperança - 18/01/2017

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
Na Sagrada Escritura, entre os profetas de Israel, aparece uma figura um pouco anormal, um profeta que tenta escapar do chamado do Senhor rejeitando colocar-se a serviço do plano divino da salvação. Trata-se do profeta Jonas, de quem se narra a história em um pequeno livro de apenas quatro capítulos, uma espécie de parábola portadora de um grande ensinamento, aquele da misericórdia de Deus que perdoa.
Jonas é um profeta “em saída” e também um profeta em fuga! É um profeta em saída que Deus envia “à periferia”, em Nínive, para converter os moradores daquela grande cidade. Mas Nínive, para um israelita como Jonas, representava uma realidade ameaçadora, o inimigo que colocava em perigo a própria Jerusalém e, portanto, a destruir, não a salvar. Por isso, quando Deus manda Jonas para rezar naquela cidade, o profeta, que conhece a bondade do Senhor e o seu desejo de perdoar, procura escapar da sua tarefa e foge.
Durante a sua fuga, o profeta entra em contato com alguns pagãos, os marinheiros do navio no qual ele embarcou para se afastar de Deus e da sua missão. E foge para longe, porque Nínive ficava na região do Iraque e ele foge para a Espanha, foge sério. E é justamente o comportamento daqueles homens pagãos, como depois será dos moradores de Nínive, que nos permite hoje refletir um pouco sobre esperança que, diante do perigo e da morte, se exprime em oração.
De fato, durante a travessia do mar, surge uma tremenda tempestade, e Jonas desce para o porão do navio e se abandona ao sono. Os marinheiros, em vez disso, vendo-se perdidos, “invocaram cada um o próprio deus”: eram pagãos (Jon 1, 5). O capitão do navio acorda Jonas dizendo-lhe: “O que fazes dormindo? Levanta-te, invoca o teu Deus! Talvez Deus vai pensar em nós e não pereceremos” (Jon 1, 6).
A reação destes “pagãos” é a justa reação diante da morte, diante do perigo; porque é então que o homem faz completa experiência da própria fragilidade e da própria necessidade de salvação. O instintivo horror de morrer desperta a necessidade de esperar no Deus da vida. “Talvez Deus pensará em nós e não pereceremos”: são as palavras da esperança que se torna oração, aquela súplica cheia de angústia que sai dos lábios do homem diante de um iminente perigo de morte.
Muito facilmente nós desdenhamos o dirigir-se a Deus na necessidade como se fosse apenas uma oração interessada, e por isso imperfeita. Mas Deus conhece a nossa fraqueza, sabe que nos recordamos Dele para pedir ajuda, e com o sorriso indulgente de um pai, Deus responde com benevolência.
Quando Jonas, reconhecendo as próprias responsabilidades, se joga ao mar para salvar os seus companheiros de viagem, a tempestade se acalma. A morte iminente levou aqueles homens pagãos à oração, fez com que o profeta, apesar de tudo, vivesse a própria vocação a serviço dos outros aceitando sacrificar-se por eles, e agora conduz os sobreviventes ao reconhecimento do verdadeiro Senhor e ao louvor. Os marinheiros, que tinham rezado com medo dirigindo-se aos seus deuses, agora, com sincero temor do Senhor, reconhecem o verdadeiro Deus e oferecem sacrifícios e votos. A esperança que os tinha induzido a rezar para não morrer, se revela ainda mais poderosa e trabalha uma realidade que vai também além do que eles esperavam: não somente não perecem na tempestade, mas se abrem ao reconhecimento do verdadeiro e único Senhor do céu e da terra.
Sucessivamente, também os moradores de Nínive, diante da perspectiva de serem destruídos, rezarão, movidos pela esperança no perdão de Deus. Farão penitência, invocarão o Senhor e se converterão a Ele, a começar pelo rei que, como o capitão do navio, dá voz à esperança dizendo: “Quem sabe Deus se arrependerá […] e deixará de nos perder!” (Jon 3, 9). Também para eles, como para a tripulação na tempestade, ter enfrentado a morte e ter saído salvos os levou à verdade. Assim, sob a misericórdia divina e ainda mais à luz do mistério pascal, a morte pode se tornar, como foi para São Francisco de Assis, “nossa irmã morte” e representar, para cada homem e para cada um de nós, a surpreendente ocasião de conhecer a esperança e de encontrar o Senhor. Que o Senhor nos faça entender essa relação entre oração e esperança. A oração te leva adiante na esperança e quando as coisas se tornam escuras, é preciso mais oração! E haverá mais esperança. Obrigado.
Fonte: Boletim da Santa Sé