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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Não há "matrimônio express", diz Papa ao falar sobre noivado‏



Noivado é etapa importante de conhecimento recíproco para preparar o casal para o matrimônio, lembrou o Papa
Seguindo no ciclo de catequeses sobre família, o noivado foi o tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 27. Segundo Francisco, trata-se de um tempo de conhecimento recíproco e de partilha para traçar, juntos, um caminho, já que não existe um "matrimônio express".
Em italiano, noivado se diz "fidanzamento", o que está relacionado com a palavra "fiducia", que significa "confiança". Logo, o Papa explicou que se trata de uma confiança com a vocação dada por Deus, porque o matrimônio é, antes de tudo, a descoberta de um chamado divino.
"Certamente, é belo que hoje os jovens possam escolher se casar na base de um amor recíproco. Mas justamente a liberdade da relação requer uma consciente harmonia da decisão, não somente uma simples compreensão da atração ou do sentimento, de um momento, de um tempo breve... Requer um caminho".
O noivado é, então, um tempo de conhecimento recíproco, deve amadurecer assim como uma fruta, já que a aliança de amor entre homem e mulher para toda a vida não se faz de um dia para o outro. "Não existe o 'matrimônio express': é preciso trabalhar, caminhar. A aliança aprende-se e se aperfeiçoa".
O noivado amadurece até que se torne matrimônio, explicou o Papa, lembrando, inclusive, a importância do curso de preparação que é oferecido antes do casamento e que muitos casais acreditam ser inútil. Depois, acabam reconhecendo e ficando agradecidos, pois encontram ali a ocasião para refletir sobre essa experiência.
A importância da Bíblia não passou despercebida. Francisco lembrou que nela o casal pode redescobrir momentos fundamentais para um católico, como a oração e os sacramentos, para preparar o matrimônio de maneira cristã, e não mundana.
Francisco pediu aos jovens que não pulem nenhuma dessas etapas de amadurecimento. "O período do noivado pode se tornar realmente um tempo de iniciação à surpresa dos dons espirituais com os quais o Senhor, através da Igreja, enriquece o horizonte da nova família que se dispõe a viver na sua bênção."
Na conclusão da catequese, o Papa pediu que se rezasse uma Ave-Maria por todos os noivos, a fim de que possa entender a beleza desse caminho rumo ao matrimônio.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Papa fala das três ações do Espírito Santo nas pessoas.

Domingo, 24 de maio de 2015.
“O mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo”, disse o Papa, na celebração de Pentecostes
Da redação, com Rádio Vaticano
A Basílica de São Pedro esteve repleta de fiéis na manhã deste domingo, 24, para a celebração litúrgica de Pentecostes, presidida pelo Papa Francisco.
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“O fechamento ao Espírito, segundo ele, não apenas é falta de liberdade, mas também pecado”, diz Francisco.
Na homilia, o Santo Padre falou das três ações do Espírito nas pessoas e comunidades que estão repletas d’Ele: “guiar para a verdade completa, renovar a terra e produzir os seus frutos”.

O Papa explicou que no Evangelho Jesus promete aos seus discípulos o Espírito Santo que os há de “guiar para a verdade completa”, dizendo-lhes que a sua ação será introduzi-los sempre mais na compreensão daquilo que Ele, o Messias, disse e fez.
“Graças ao Espírito Santo, de que estão repletos, compreendem a verdade completa, ou seja, que a morte de Jesus não é a sua derrota, mas a máxima expressão do amor de Deus; um amor que, na Ressurreição, vence a morte e exalta Jesus como o Vivente, o Senhor, o Redentor do homem, da história e do mundo. E esta realidade, de que são testemunhas, torna-se a Boa Notícia que deve ser anunciada a todos”, explicou.
O Espírito Santo, além de ser guia, renova a terra, prosseguiu o Papa, reiterando que o Espírito que Cristo enviou do Pai e o Espírito que tudo vivifica são uma só e mesma Pessoa. “Por isso, o respeito pela criação é uma exigência da nossa fé: o ‘jardim’ onde vivemos foi nos confiado, não para o explorarmos, mas para o cultivarmos e guardarmos com respeito. Mas isto só será possível, se o homem se deixar renovar pelo Espírito Santo, se se deixar replasmar pelo Pai segundo o modelo de Cristo, novo Adão, para podermos viver a liberdade dos filhos em harmonia com toda a criação e, em cada criatura, podermos reconhecer o  reflexo da glória do Criador”.
Por último, o Espírito dá os seus frutos, disse ainda o Papa, citando a Carta aos Gálatas na qual São Paulo mostra o “fruto” que se manifesta na vida daqueles que caminham segundo o Espírito:
“Temos, de uma parte, a carne com o cortejo dos seus vícios elencados pelo Apóstolo, que são as obras do homem egoísta, fechado à ação da graça de Deus; mas, de outra, há o homem que, com a fé, deixa irromper em si mesmo o Espírito de Deus e, nele, florescem os dons divinos, resumidos em nove radiosas virtudes que Paulo chama o ‘fruto do Espírito’”.
Segundo o Papa, o mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo. O fechamento ao Espírito, segundo ele, não apenas é falta de liberdade, mas também pecado.
Francisco ainda elencou algumas muitas maneiras de fechar-se ao Espírito Santo: “no egoísmo do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou, no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e assim por diante”.
“O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo. O mundo precisa dos frutos do Espírito Santo: ‘amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio’”, disse.
De acordo com Francisco, o dom do Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada fiel, para que se viva com “fé genuína e caridade operosa”, e espalhar as sementes da reconciliação e da paz.
Concluindo, o Papa rezou para que, “fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, nos tornemos capazes de lutar, sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente perseverança, às obras da justiça e da paz”.
Segundo o Papa, Pentecostes é marcado pelo testemunho, a fraternidade e o início de uma Igreja missionária e universal;
“O Espírito Santo derramado no Pentecostes, no coração dos discípulos, é o início de uma nova era: a era do testemunho e da fraternidade”. Foi o que afirmou o Papa Francisco neste domingo, 24, Solenidade de Pentecostes, durante a oração do Regina Coeli.
O pontífice destacou que a festa de Pentecostes faz reviver o início da Igreja, narrado pelo livro dos Atos dos Apóstolos. Naquela ocasião, disse o Papa, os discípulos foram completamente  transformados por essa efusão e o medo cedeu o lugar para a coragem, o fechamento para o anúncio e toda dúvida foi expulsa pela fé, cheia de amor. “É o batismo da Igreja que começa assim o seu caminho na história, guiada pela força do Espírito Santo”, disse.
Francisco recordou como este acontecimento mudou a vida dos apóstolos, abrindo as portas do Cenáculo e levando-os ao anúncio de Cristo Ressuscitado, bem como à experiência da universalidade da Igreja.
“Cada um dos presentes ouve os discípulos falar em sua própria língua. O dom do Espírito restabelece a harmonia das línguas que tinha sido perdida em Babel e prefigura a dimensão universal da missão dos Apóstolos. A Igreja nasce universal, una e católica, com uma identidade precisa, mas aberta, que abraça o mundo inteiro, sem excluir ninguém”, frisou o Santo Padre.
O livro dos Atos dos Apóstolos também relata que, sobre os discípulos desceram chamas de fogo. O Papa explicou que eram as chamas do amor que queimam toda amargura; era a língua do Evangelho que atravessa os confins impostos pelos homens e toca os corações da multidão, sem distinção de língua, raça ou nacionalidade.
“Com o dia de Pentecostes, o Espírito Santo é derramado continuamente também hoje sobre a Igreja e sobre cada um de nós para sairmos de nossa mediocridade e de nossos fechamentos e comunicar ao mundo o amor misericordioso do Senhor. Esta é a nossa missão! Também nos foi dado como dom a língua do Evangelho e o fogo do Espírito Santo para proclamarmos Jesus ressuscitado, vivo e presente em nosso meio, aproximando os povos a Ele que é caminho, verdade e vida”, sublinhou ainda Francisco.
“Confiemo-nos à materna intercessão de Maria, que estava presente como Mãe em meio aos discípulos no Cenáculo, para que o Espírito Santo desça abundantemente sobre a Igreja de nosso tempo, encha os corações de todos os fiéis e acenda neles o fogo de seu amor”, concluiu.
 

Negócio do aborto mata crianças em nome do "deus dinheiro", denuncia o Papa Francisco.

papa_francisco020215O Papa Francisco expressou seu rechaço ao aborto e afirmou: "Vivemos atualmente numa cultura do descarte que adora o 'deus dinheiro' em cujo nome matam crianças antes de nascer".
O Pontífice fez estas afirmações de maneira improvisada durante a audiência na Sala Paulo VI no Vaticano, dirigida aos membros das Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos, por ocasião dos seus 70 anos de fundação.
"O 'deus-dinheiro' destrói e provoca a cultura do descarte, buscando descartar as crianças, explorá-las ou matá-las antes do seu nascimento", denunciou o Santo Padre.
Em seu discurso o Papa Francisco afirmou: "Quando defendemos o direito à vida, é para que a vida possa, desde sua concepção ao seu fim natural, ser uma vida digna, que não conheça as feridas da fome e da pobreza, da violência e da perseguição".
O Pontífice disse novamente de maneira improvisada: "Esta cultura busca ainda que os idosos sejam descartados, que não tenham cuidados decentes, sem remédios e (vivam) com aposentadorias miseráveis".
"Que os jovens não tenham trabalho é o sacrifício que esta sociedade mundana e egoísta presta 'ao deus dinheiro' que está no centro de nosso sistema econômico global e que não coloca no centro o homem e a mulher", acrescentou.
"Atualmente os jovens também estão sendo descartados e pensamos nesta terra tão generosa, vemos que aproximadamente 40 por cento de jovens, a partir dos 25 anos estão sem trabalho".
Ao referir-se à pobreza que atinge pessoas que nunca precisaram de ajuda social ou viviam com dignidade e de repente se vêm na necessidade, o Papa Francisco disse: "Atualmente nas paróquias, nas Cáritas paroquiais, constatamos esta realidade todos os dias: Homens e mulheres que se aproximam um pouco às escondidas para conseguir alimentos para comer... um pouco às escondidas porque ficaram pobres de um mês para o outro. E ficam com vergonha. E isto acontece, acontece, acontece...".

Catequese do Papa sobre a educação dos filhos.

brasão do Papa Francisco
CATEQUESE

Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 20 de maio de 2015
Hoje, queridos irmãos e irmãs, desejo dar-vos as boas vindas porque vi entre vocês tantas famílias, bom dia a todas as famílias! Continuamos a refletir sobre família. Hoje nos concentraremos em refletir sobre uma característica essencial da família, ou seja, a sua vocação natural para educar os filhos para que cresçam na responsabilidade de si e dos outros. Aquilo que ouvimos do apóstolo Paulo, no início, é tão belo: “Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isso agrada ao Senhor. Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados” (Col 3, 20-21). Esta é uma regra sábia: o filho que é educado a escutar os pais e a obedecer aos pais, os quais não devem operar de maneira bruta, para não desanimar os filhos. Os filhos, de fato, devem crescer sem se desanimar, passo a passo. Se vocês pais dizem aos seus filhos: “Vamos subir nessa escada” e pegam a mão deles e passo após passo os fazem subir, as coisas irão bem. Mas se vocês dizem: “Vá em frente!” – “Mas não posso” – “Vá!”, isso se chama irritar os filhos, pedir aos filhos as coisas que não são capazes de fazer. Por isso, a relação entre pais e filhos deve ser de uma sabedoria, de um equilíbrio tão grande. Filhos, obedeçam aos pais, isso agrada a Deus. E vocês pais, não irritem os filhos, pedindo-lhes coisas que não podem fazer. E isso é necessário ser feito para que os filhos cresçam na responsabilidade de si e dos outros.
Pareceria uma constatação óbvia, mas mesmo nos nossos tempos não faltam as dificuldades. É difícil educar para os pais que veem os filhos somente à noite, quando voltam para casa cansados do trabalho. Aqueles que têm a sorte de ter um trabalho! É ainda mais difícil para os pais separados, que estão pesarosos com esta condição: coitados, tiveram dificuldade, se separaram e tantas vezes o filho é tomado como um refém e o pai fala mal da mãe e a mãe fala mal do pai, e isso faz tanto mal. Mas eu digo aos pais separados: nunca, nunca, nunca tomem o filho como refém! Vocês se separaram por tantas dificuldades e motivos, a vida deu essa prova a vocês, mas os filhos não sejam os que levam o peso dessa separação, não sejam usados como reféns contra o outro cônjuge, cresçam ouvindo que a mãe fala bem do pai, embora não estejam juntos, e que o pai fala bem da mãe. Para os pais separados, isso é muito importante e muito difícil, mas podem fazê-lo.
Mas, sobretudo, a pergunta: como educar? Quais tradições temos hoje para transmitir aos nossos filhos?
Intelectuais “críticos” de todo tipo silenciaram os pais de mil modos, para defender as jovens gerações de danos – verdadeiros ou presumidos – da educação familiar. A família foi acusada, entre outros, de autoritarismo, de favoritismo, de conformismo, de repressão afetiva que gera conflitos.
De fato, se abriu uma fratura entre família e sociedade, entre família e escola, o pacto educativo hoje se rompeu; e assim, a aliança educativa da sociedade com a família entrou em crise porque foi ameaçada a confiança recíproca. Os sintomas são muitos. Por exemplo, na escola, foram afetadas as relações entre os pais e os professores. Às vezes, há tensões e desconfiança recíproca, e as consequências naturalmente caem sobre os filhos. Por outro lado, se multiplicaram os chamados “especialistas”, que ocuparam o papel dos pais também nos aspectos mais íntimos da educação. Sobre a vida afetiva, sobre personalidade e o desenvolvimento, sobre direitos e sobre deveres, os “especialistas” sabem tudo: objetivos, motivações, técnicas. E os pais devem somente escutar, aprender e se adequar. Privados do seu papel, esses se tornam muitas vezes excessivamente apreensivos e possessivos nos confrontos com seus filhos, até não os corrigir nunca: “Você não pode corrigir o filho”. Tendem a confiá-los sempre mais aos “especialistas”, também sobre os aspectos mais delicados e pessoais da vida, colocando-os no canto sozinhos; e assim os pais hoje correm o risco de se auto-excluir da vida os seus filhos. E isso é gravíssimo! Hoje, há casos deste tipo. Não digo que acontece sempre, mas há. A professora na escola reprova o menino e faz uma anotação para os pais. Eu recordo um acontecimento pessoal. Uma vez, quando eu estava na quarta série, disse uma palavra feia para a professora e ela, uma mulher brava, chamou minha mãe. Ela foi no dia seguinte, falaram entre si e depois fui chamado. E minha mãe, diante da professora, me explicou que aquilo que eu fiz foi uma coisa ruim, que não se devia fazer; mas a mãe o fez com tanta doçura e me pediu para pedir perdão diante dela à professora. Eu o fiz e depois fiquei contente porque disse: terminou bem a história. Mas aquele era o primeiro capítulo! Quando voltei pra casa, comecei o segundo capítulo…Imaginem vocês, se a professora faz uma coisa desse tipo, no dia seguinte os dois pais ou um deles a reprova, porque os “especialistas” dizem que as crianças não devem ser repreendidas assim. As coisas mudaram! Portanto, os pais não devem se auto-excluir da educação dos filhos.
É evidente que esta abordagem não é boa: não é harmônica, não é dialógica e em vez de favorecer a colaboração entre a família e as outras agências educativas, as escolas, as palestras…as contrapõem.
Como chegamos a esse ponto? Não há dúvidas de que os pais, ou melhor, certos modelos educativos do passado tinham alguns limites, não há dúvida. Mas é também verdade que há erros que somente os pais são autorizados a fazer, porque podem compensá-los de um modo que é impossível a qualquer outro. Por outro lado, sabemos bem disso, a vida se tornou mesquinha de tempo para falar, refletir, confrontar-se. Muitos pais são “sequestrados” pelo trabalho – pai e mãe devem trabalhar – e por outras preocupações, envergonhados por novas exigências dos filhos e pela complexidade da vida atual – que é assim, devemos aceitá-la como é – e se encontram meio que paralisados pelo medo de errar. O problema, porém, não é só falar. Antes, um “dialoguismo” superficial não leva a um verdadeiro encontro da mente e do coração. Perguntemo-nos, em vez disso: procuramos entender “onde” os filhos estão verdadeiramente em seu caminho? Onde está realmente a alma deles, sabemos? E sobretudo: queremos saber? Estamos convencidos de que esses, na realidade, não esperam outra coisa?
As comunidades cristãs são chamadas a oferecer apoio à missão educativa das famílias, e o fazem antes de tudo com a luz da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo recorda a reciprocidade dos deveres entre pais e filhos: “Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isso agrada ao Senhor. Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados” (Col 3, 20-21). Na base de tudo está o amor, aquele que Deus nos dá, que “não falta com respeito, não procura o próprio interesse, não fica com raiva, não faz conta do mal recebido…tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13, 5-6). Mesmo nas melhores famílias é preciso suportar-se e é preciso tanta paciência para se suportar! Mas a vida é assim. A vida não se faz em laboratório, se faz na realidade. O próprio Jesus passou pela educação familiar. Também nesse caso, a graça do amor de Cristo leva à realização isso que está inscrito na natureza humana. Quantos exemplos maravilhosos temos de pais cristãos cheios de sabedoria humana! Esses mostram que a boa educação familiar é a coluna vertebral do humanismo. A sua irradiação social é o recurso que permite compensar as lacunas, as feridas, os vazios de paternidade e maternidade que tocam os filhos menos afortunados. Essa irradiação pode fazer autênticos milagres. E na Igreja acontecem todos os dias estes milagres!
Desejo que o Senhor dê às famílias cristãs a fé, a liberdade e a coragem necessárias para a sua missão. Se a educação familiar encontra o orgulho do seu protagonismo, muitas coisas mudarão para melhor, para os pais incertos e para os filhos desiludidos. É hora dos pais e das mães retornarem do seu exílio – porque se exilaram da educação dos filhos – e reassumirem plenamente o seu papel educativo. Esperamos que o Senhor dê aos pais esta graça: de não se auto-exilar na educação dos filhos. E isto somente o amor, a ternura e a paciência podem fazer

Entidades organizam 8ª Marcha Nacional contra o aborto.

A 8ª Marcha Nacional da Cidadania pela vida contra o aborto traz como lema "Por que legalizar a morte? Se queremos vida!.  A concentração acontecerá em Brasília, a partir das 14h, no dia 2 de junho, no gramado atrás da Torre de TV, no Eixo Monumental. O evento tem por objetivo lutar pelos direitos do bebê na barriga da mãe. É organizado pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto.
O Movimento quer impedir a aprovação do projeto de lei nº 236/2012, que tramita no Senado Federal e que propõe a legalização do aborto até a 12ª Semana de Gestação. A iniciativa pede também a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL 478/2007) e a reforma do Código Penal, em defesa da vida desde a concepção. Diversas entidades civis e religiosas apoiam a marcha, entre elas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Federação Espírita Brasileira (FEB) e Fórum Nacional de Ação Social e Política (FENASP), Adira – Cidadania e Vida. De acordo com a organização, a Marcha quer intensificar, ainda, os esforços, por meio de um abaixo-assinado, pela aprovação do Estatuto do Nascituro, que tem por objetivo defender os direitos da criança por nascer, impedindo, definitivamente, que o aborto seja legalizado no Brasil.
"Vamos continuar lutando para garantir os direitos do bebê na barriga da mãe e pela reforma do Código Penal em defesa da vida desde a concepção", pontua a organização da Marcha.
Materiais de divulgação
Baixe o spot para rádio e cartaz em alta resolução da 8ª Marcha pela Vida. Acesse a galeria. Outras informações e abaixo-assinado pela aprovação do Estatuto do Nascituro no site: www.brasilsemaborto.com.br ou pelo e-mail:cidadaniapelavida@gmail.com

Papa Francisco envia mensagem para o Dia Mundial das Missões 2015.

“A missão não é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz parte da gramática da fé, é algo de imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra ‘vem’ e ‘vai’”, disse o papa Francisco em trecho da mensagem para o 89º Dia Mundial das Missões, que será celebrado em 18 de outubro. O texto foi divulgado no domingo, 24 de maio, na Solenidade de Pentecostes.

O papa recordou, ainda, que hoje a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade de todos os povos. “Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer, em cada povo e cultura”, refletiu Francisco. Leia a íntegra do texto:
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2015
(18 de Outubro de 2015)
Queridos irmãos e irmãs
O Dia Mundial das Missões 2015 se realiza no contexto do Ano da Vida Consagrada e recebe um estímulo para a oração e a reflexão. Na verdade, se todo batizado é chamado a testemunhar o Senhor Jesus proclamando a fé recebida como um presente, isso vale, de modo particular, para a pessoa consagrada, pois entre vida consagrada e missão existe uma ligação forte. O seguimento a Jesus, que determinou o surgimento da vida consagrada na Igreja, responde ao chamado a tomar a cruz e segui-Lo, a imitar a sua dedicação ao Pai e seus gestos de serviço e amor, e a perder a vida para reencontrá-la. Como a existência de Cristo tem um caráter missionário, os homens e mulheres que o seguem mais de perto assumem plenamente esse mesmo caráter.
A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca a todas as formas de vida consagrada, e não pode ser negligenciada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não é proselitismo ou mera estratégia; a missão faz parte da “gramática” da fé, é algo imprescindível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai”. Quem segue Cristo se torna missionário e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele e respira com ele. Sente Jesus vivo junto com ele no compromisso missionário» (EG, 266).
A missão é ter paixão por Jesus Cristo e ao mesmo tempo paixão pelas pessoas. Quando nos colocamos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor que nos dá dignidade e nos sustenta; e no mesmo momento percebemos que aquele amor que parte de seu coração transpassado se estende a todo o povo de Deus e a toda a humanidade; e assim sentimos também que Ele quer servir-se de nós para chegar cada vez mais perto de seu povo amado (cf. ibid., 268) e de todos aqueles que o procuram de coração sincero. No mandamento de Jesus: “ide”, existem cenários e sempre novos desafios para a missão evangelizadora da Igreja. Nela, todos são chamados a anunciar o Evangelho por meio do seu testemunho de vida; e os consagrados, especialmente, são convidados a ouvir a voz do Espírito que os chama para ir rumo às grandes periferias da missão, entre as pessoas que ainda não receberam o Evangelho.
O quinquagésimo aniversário do Decreto conciliar Ad gentes nos convida a reler e a meditar esse documento que despertou um forte impulso missionário nos Institutos de vida consagrada. Nas comunidades contemplativas, retomou luz e eloquência à figura de Santa Teresa do Menino Jesus, padroeira das missões, como inspiradora da ligação íntima da vida contemplativa com a missão. Para muitas congregações religiosas de vida ativa, o anseio missionário que surgiu do Concílio Vaticano II se concretizou com uma abertura extraordinária para a missão ad gentes, muitas vezes acompanhada pelo acolhimento a irmãos e irmãs provenientes de terras e culturas encontradas na evangelização, de modo que hoje se pode falar de uma interculturalidade difundida na vida consagrada. Por esse motivo, é urgente repropor o ideal da missão em seu centro: Jesus Cristo, e em sua exigência: o dom total de si ao anúncio do Evangelho. Não pode haver tratativa sobre isto: quem, pela graça de Deus, acolhe a missão, é chamado a viver de missão. Para essas pessoas, a proclamação de Cristo nas várias periferias do mundo se torna o modo de como viver o seguimento a Ele e a recompensa de muitas dificuldades e privações. Toda tendência que desvia dessa vocação, mesmo que acompanhada por motivos nobres relacionados com as muitas necessidades pastorais, eclesiais e humanitárias, não é coerente com o chamado pessoal do Senhor para servir o Evangelho.
Nos Institutos missionários, os formadores são chamados tanto a indicar com clareza e honestidade essa perspectiva de vida e ação, quanto a influir no discernimento de vocações missionárias autênticas. Dirijo-me de modo especial aos jovens, que ainda são capazes de testemunhos corajosos e atitudes generosas e por vezes contracorrentes: não deixem que lhes roubem o sonho de uma missão verdadeira, de doar-se ao seguimento a Jesus que requer o dom total de si. No segredo de sua consciência, pergunte-se o motivo pelo qual escolheu a vida religiosa missionária e meça a disponibilidade em aceitá-la por aquilo que é: dom de amor a serviço do anúncio do Evangelho, lembrando que, antes de ser uma necessidade para aqueles que não o conhecem, o anúncio do Evangelho é uma necessidade para quem ama o Mestre.
Hoje, a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade de todos os povos poderem recomeçar de suas raízes e salvaguardar os valores de suas respectivas culturas. Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer, em cada povo e cultura, o direito de fazer-se ajudar por sua tradição na inteligência do mistério de Deus e no acolhimento ao Evangelho de Jesus, que é luz para as culturas e sua força transformadora.
Dentro dessa dinâmica complexa nos perguntamos: “Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evangélico?” A resposta é clara e a encontramos no próprio Evangelho: os pobres, os pequenos e os enfermos, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não podem te retribuir (cf. Lc 14,13-14). A evangelização dirigida preferencialmente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer: «Existe um vínculo inseparável entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos nunca sozinhos» (EG, 48). Isso deve ser claro, especialmente para as pessoas que abraçam a vida consagrada missionária: com o voto de pobreza se escolhe seguir Cristo nessa sua preferência, não ideologicamente, mas como Ele, identificando-se com os pobres, vivendo como eles na precariedade da existência cotidiana e na renúncia de todo o poder para se tornar irmãos e irmãs dos últimos, levando-lhes o testemunho da alegria do Evangelho e a expressão da caridade de Deus.
Para viver o testemunho cristão e os sinais do amor do Pai entre os pequenos e os pobres, os consagrados são chamados a promover, no serviço da missão, a presença dos fiéis leigos. O Concílio Ecumênico Vaticano II afirmou: «Os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja, participando como testemunhas e como instrumentos vivos da sua missão salvífica» (AG, 41). É necessário que os consagrados missionários se abram sempre mais corajosamente para aqueles que estão dispostos a colaborar com eles, mesmo que por um tempo limitado, por uma experiência a campo. São irmãos e irmãs que desejam partilhar a vocação missionária inerente ao Batismo. As casas e estruturas das missões são lugares naturais para o seu acolhimento e apoio humano, espiritual e apostólico.
As Instituições e Obras missionárias da Igreja estão totalmente a serviço daqueles que não conhecem o Evangelho de Jesus. Para realizar de maneira eficaz esse objetivo, elas precisam dos carismas e do compromisso missionário dos consagrados, mas também os consagrados precisam de uma estrutura de serviço, expressão da solicitude do Bispo de Roma para garantir a koinonia, de modo que a colaboração e a sinergia sejam partes integrantes do testemunho missionário. Jesus colocou a unidade dos discípulos como uma condição para que o mundo creia (cf. Jo 17, 21). Essa convergência não equivale a uma submissão jurídico-organizacional a organismos institucionais ou a uma mortificação da fantasia do Espírito que inspira a diversidade, mas significa dar mais eficácia à mensagem do Evangelho e promover a unidade de propósitos que é também fruto do Espírito.
A Obra Missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal. Por isso precisa também dos muitos carismas da vida consagrada, para se dirigir ao vasto horizonte da evangelização e ser capaz de garantir uma presença adequada nas fronteiras e territórios alcançados.
Queridos irmãos e irmãs, a paixão do missionário é o Evangelho. São Paulo afirmou: «Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!» (1 Cor 9,16). O Evangelho é fonte de alegria, libertação e salvação para todos os homens. A Igreja é consciente desse dom, por isso não se cansa de proclamar incessantemente a todos «o que era desde o princípio, o que ouvimos e o que vimos com os nossos olhos» (1 Jo 1,1). A missão dos servidores da Palavra - bispos, sacerdotes, religiosos e leigos - é colocar todos, sem exceção, em relação pessoal com Cristo. No imenso campo da ação missionária da Igreja, todo batizado é chamado a viver bem o seu compromisso, segundo a sua situação pessoal. Os consagrados e consagradas podem dar uma resposta generosa a essa vocação universal a partir de uma intensa vida de oração e união com o Senhor e com o seu sacrifício redentor.
Confio a Maria, Mãe da Igreja e modelo de missionariedade, todos aqueles que, ad gentes ou no próprio território, em todos os estados de vida, colaboram com o anúncio do Evangelho e, de coração, concedo a cada um a Bênção Apostólica.
Vaticano, 24 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015.
Papa Francisco

Peregrinação e Simpósio 2015: "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva".

  Peregrinao_e_Simpsio_2"O amor é a nossa missão: a família plenamente viva" será tema da 7ª Peregrinação e 5º Simpósio Nacional da Família. O evento acontecerá dias 30 e 31 de maio, em Aparecida (SP), com organização da Comissão para a Vida e a Família da CNBB (CEPVF) e Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). O bispo auxiliar de Aparecida (SP), dom Darci José Nicioli participará da solenidade de abertura do evento, juntamente com casal coordenador nacional,Roque e Verônica Rhoden.

- Confira o vídeo de divulgação -
No sábado, o Simpósio terá início às 8h, com recepção e credenciamento dos peregrinos no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, ao lado da Praça de Alimentação do Santuário Nacional. Pede-se a colaboração de R$ 5,00 reais por adulto, crianças não pagam. As contribuições serão destinadas nos custeios da organização do evento. Temas de reflexão Durante o 5º Simpósio diferentes assuntos serão refletidos, com a presença de especialistas, bispos, padres e casais.
Palestras e missas
No período da manhã, está prevista mesa redonda que abordará os seguintes temas: "Anunciar o Evangelho da família"; "Curar as feridas na família"; "Acolher a vida e educar para o amor". Já à tarde, a programação contará com testemunhos de casais e animação musical, com show. Às 17h, haverá procissão luminosa, marcando o encerramento do Simpósio. Às 18h, os peregrinos participam da missa de abertura da Peregrinação Nacional da Família, na Basílica.
No domingo, 31, a programação continua com missas às 5h30, às 8h (com transmissão ao vivo pela TV Aparecida), 10h e às 12h, sendo presidida pelos bispos da Comissão para a Vida e a Família da CNBB. Dioceses, paróquias e comunidades já começaram a organizar suas caravanas, rumo ao Santuário Nacional, para celebrar a vida e a família. Ajude a divulgar o cartaz da Peregrinação e Simpósio. Leve sua família e convide seus amigos para esse momento de festa na casa da Mãe Aparecida.

Confira a Programação Completa

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Formação Setor Casos Especiais - Conselho Arquidiocesano da Pastoral Familiar de Fortaleza.

Realizado no dia 24/05/2015, dentro de nosso projeto de formação contínua, formação do Setor Casos Especiais. Na ocasião o casal Coordenador do Setor Casos Especiais Solano e Regina refletiram sobre o Subsídio do setor com os presentes. Dentro das perspectivas de nosso plano de ação permanente esperamos a curto prazo, um desabrochar deste setor nas paróquias, colaborando de forma significativa com a evangelização de nossas famílias e no caso específico, resgatando as famílias marginalizadas de nossas comunidades.



5a. Reunião do Conselho Arquidiocesano da Pastoral Familiar.

Realizado dia 09/05/2015, nossa 5a. reunião do Conselho Arquidiocesano da Pastoral Familiar. Na ocasião refletimos o 8a. subsídio do Projeto "O que fazer e como fazer" iniciado no início do ano de 2014, com os temas: "A Sexualidade Humana como fonte de vida e de amor e Planejamento Familiar, tratando da parentalidade responsável. Demos seguimento com a distribuição das fichas de inscrição para o V Congresso Regional da Pastoral Familiar. Com mais esta iniciativa, esperamos preparar melhor as novas famílias, através das partilhas nas preparações para a vida matrimonial. Lembramos a todos de nossa próxima reunião dia 06/06/2015.

Objetivos da Pastoral Familiar na Paróquia Cristo Rei - Baturité - Região Serra.

Relizado dia 17/05/2015, os Objetivos da Pastoral Familiar na Paróquia Cristo Rei - Baturité - Região Serra. Na ocasião das boas vindas do Padre Neto, este manifestou esperança com a expectativa da implantação da Pastoral Familiar em sua paróquia, sinal de promissoras ações de evangelização das famílias da comunidade. Representando a Comissão Arquidiocesana o Casal Coordenador Fábio e Márcia.



sexta-feira, 22 de maio de 2015

Catequese Papa: "É hora dos pais reassumirem plenamente o seu papel educativo.

papa-francisco2105Na Catequese desta quarta-feira, 20 de maio, o papa Francisco fala sobre a educação dos filhos.
Confira a reflexão na íntegra:
Hoje, queridos irmãos e irmãs, desejo dar-vos as boas vindas porque vi entre vocês tantas famílias, bom dia a todas as famílias! Continuamos a refletir sobre família. Hoje nos concentraremos em refletir sobre uma característica essencial da família, ou seja, a sua vocação natural para educar os filhos para que cresçam na responsabilidade de si e dos outros. Aquilo que ouvimos do apóstolo Paulo, no início, é tão belo: "Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isso agrada ao Senhor. Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados" (Col 3, 20-21). Esta é uma regra sábia: o filho que é educado a escutar os pais e a obedecer aos pais, os quais não devem operar de maneira bruta, para não desanimar os filhos. Os filhos, de fato, devem crescer sem se desanimar, passo a passo. Se vocês pais dizem aos seus filhos: "Vamos subir nessa escada" e pegam a mão deles e passo após passo os fazem subir, as coisas irão bem. Mas se vocês dizem: "Vá em frente!" – "Mas não posso" – "Vá!", isso se chama irritar os filhos, pedir aos filhos as coisas que não são capazes de fazer. Por isso, a relação entre pais e filhos deve ser de uma sabedoria, de um equilíbrio tão grande. Filhos, obedeçam aos pais, isso agrada a Deus. E vocês pais, não irritem os filhos, pedindo-lhes coisas que não podem fazer. E isso é necessário ser feito para que os filhos cresçam na responsabilidade de si e dos outros.
Pareceria uma constatação óbvia, mas mesmo nos nossos tempos não faltam as dificuldades. É difícil educar para os pais que veem os filhos somente à noite, quando voltam para casa cansados do trabalho. Aqueles que têm a sorte de ter um trabalho! É ainda mais difícil para os pais separados, que estão pesarosos com esta condição: coitados, tiveram dificuldade, se separaram e tantas vezes o filho é tomado como um refém e o pai fala mal da mãe e a mãe fala mal do pai, e isso faz tanto mal. Mas eu digo aos pais separados: nunca, nunca, nunca tomem o filho como refém! Vocês se separaram por tantas dificuldades e motivos, a vida deu essa prova a vocês, mas os filhos não sejam os que levam o peso dessa separação, não sejam usados como reféns contra o outro cônjuge, cresçam ouvindo que a mãe fala bem do pai, embora não estejam juntos, e que o pai fala bem da mãe. Para os pais separados, isso é muito importante e muito difícil, mas podem fazê-lo.
Mas, sobretudo, a pergunta: como educar? Quais tradições temos hoje para transmitir aos nossos filhos?
Intelectuais "críticos" de todo tipo silenciaram os pais de mil modos, para defender as jovens gerações de danos – verdadeiros ou presumidos – da educação familiar. A família foi acusada, entre outros, de autoritarismo, de favoritismo, de conformismo, de repressão afetiva que gera conflitos.
De fato, se abriu uma fratura entre família e sociedade, entre família e escola, o pacto educativo hoje se rompeu; e assim, a aliança educativa da sociedade com a família entrou em crise porque foi ameaçada a confiança recíproca. Os sintomas são muitos. Por exemplo, na escola, foram afetadas as relações entre os pais e os professores. Às vezes, há tensões e desconfiança recíproca, e as consequências naturalmente caem sobre os filhos. Por outro lado, se multiplicaram os chamados "especialistas", que ocuparam o papel dos pais também nos aspectos mais íntimos da educação. Sobre a vida afetiva, sobre personalidade e o desenvolvimento, sobre direitos e sobre deveres, os "especialistas" sabem tudo: objetivos, motivações, técnicas. E os pais devem somente escutar, aprender e se adequar. Privados do seu papel, esses se tornam muitas vezes excessivamente apreensivos e possessivos nos confrontos com seus filhos, até não os corrigir nunca: "Você não pode corrigir o filho". Tendem a confiá-los sempre mais aos "especialistas", também sobre os aspectos mais delicados e pessoais da vida, colocando-os no canto sozinhos; e assim os pais hoje correm o risco de se auto-excluir da vida os seus filhos. E isso é gravíssimo! Hoje, há casos deste tipo. Não digo que acontece sempre, mas há. A professora na escola reprova o menino e faz uma anotação para os pais. Eu recordo um acontecimento pessoal. Uma vez, quando eu estava na quarta série, disse uma palavra feia para a professora e ela, uma mulher brava, chamou minha mãe. Ela foi no dia seguinte, falaram entre si e depois fui chamado. E minha mãe, diante da professora, me explicou que aquilo que eu fiz foi uma coisa ruim, que não se devia fazer; mas a mãe o fez com tanta doçura e me pediu para pedir perdão diante dela à professora. Eu o fiz e depois fiquei contente porque disse: terminou bem a história. Mas aquele era o primeiro capítulo! Quando voltei pra casa, comecei o segundo capítulo...Imaginem vocês, se a professora faz uma coisa desse tipo, no dia seguinte os dois pais ou um deles a reprova, porque os "especialistas" dizem que as crianças não devem ser repreendidas assim. As coisas mudaram! Portanto, os pais não devem se auto-excluir da educação dos filhos.
É evidente que esta abordagem não é boa: não é harmônica, não é dialógica e em vez de favorecer a colaboração entre a família e as outras agências educativas, as escolas, as palestras...as contrapõem.
Como chegamos a esse ponto? Não há dúvidas de que os pais, ou melhor, certos modelos educativos do passado tinham alguns limites, não há dúvida. Mas é também verdade que há erros que somente os pais são autorizados a fazer, porque podem compensá-los de um modo que é impossível a qualquer outro. Por outro lado, sabemos bem disso, a vida se tornou mesquinha de tempo para falar, refletir, confrontar-se. Muitos pais são "sequestrados" pelo trabalho – pai e mãe devem trabalhar – e por outras preocupações, envergonhados por novas exigências dos filhos e pela complexidade da vida atual – que é assim, devemos aceitá-la como é – e se encontram meio que paralisados pelo medo de errar. O problema, porém, não é só falar. Antes, um "dialoguismo" superficial não leva a um verdadeiro encontro da mente e do coração. Perguntemo-nos, em vez disso: procuramos entender "onde" os filhos estão verdadeiramente em seu caminho? Onde está realmente a alma deles, sabemos? E sobretudo: queremos saber? Estamos convencidos de que esses, na realidade, não esperam outra coisa?
As comunidades cristãs são chamadas a oferecer apoio à missão educativa das famílias, e o fazem antes de tudo com a luz da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo recorda a reciprocidade dos deveres entre pais e filhos: "Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isso agrada ao Senhor. Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem desanimados" (Col 3, 20-21). Na base de tudo está o amor, aquele que Deus nos dá, que "não falta com respeito, não procura o próprio interesse, não fica com raiva, não faz conta do mal recebido...tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Cor 13, 5-6). Mesmo nas melhores famílias é preciso suportar-se e é preciso tanta paciência para se suportar! Mas a vida é assim. A vida não se faz em laboratório, se faz na realidade. O próprio Jesus passou pela educação familiar. Também nesse caso, a graça do amor de Cristo leva à realização isso que está inscrito na natureza humana. Quantos exemplos maravilhosos temos de pais cristãos cheios de sabedoria humana! Esses mostram que a boa educação familiar é a coluna vertebral do humanismo. A sua irradiação social é o recurso que permite compensar as lacunas, as feridas, os vazios de paternidade e maternidade que tocam os filhos menos afortunados. Essa irradiação pode fazer autênticos milagres. E na Igreja acontecem todos os dias estes milagres!
Desejo que o Senhor dê às famílias cristãs a fé, a liberdade e a coragem necessárias para a sua missão. Se a educação familiar encontra o orgulho do seu protagonismo, muitas coisas mudarão para melhor, para os pais incertos e para os filhos desiludidos. É hora dos pais e das mães retornarem do seu exílio – porque se exilaram da educação dos filhos – e reassumirem plenamente o seu papel educativo. Esperamos que o Senhor dê aos pais esta graça: de não se auto-exilar na educação dos filhos. E isto somente o amor, a ternura e a paciência podem fazer.
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal – equipe CN Notícia

Livro traz reflexão atual sobre a família, sociedade e Igreja.

capa_livro  livro "Família: caminho da sociedade e da Igreja" é o mais novo lançamento da Editora Loyola, com autoria de membros da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB.
Diante do contexto de preparação para o Sínodo Ordinário sobre a Família, em outubro, no Vaticano, a obra traz reflexão a partir da teologia e das ciências humanas e sociais, apontando para a necessidade de fortalecer os vínculos interpessoais constitutivos da vida familiar, como estruturantes para a pessoa, a sociedade e a própria Igreja. Além disso, reapresenta uma série de conferências, artigos, palestras, entrevistas, frutos de incessante trabalho com famílias nos últimos anos.
Os autores: dom João Carlos Petrini é bispo de Camaçari e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB (2011-2015), é diretor do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família - seção brasileira, doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP e professor do Programa de Pós-Graduação em Família na Sociedade Contemporânea da UCSAL.
Padre Rafael Cerqueira Fornasier é doutorando em Ciências do Matrimônio e Família no Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família, junto à Universidade Lateranense - Roma, é mestre em Antropologia Teológica pelo Institut d'Études Théologiques de Bruxelas - SJ, assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB (2011-2015) e membro da Comissão de Bioética da CNBB.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

1o. encontro do Setor Pós Matrimonial na Paróquia Cristo Redentor - Cristo Redentor - Região N. S. Assunção.

Realizado dia 17/05/2015 o 1o. encontro do Setor Pós Matrimonial na Paróquia Cristo Redentor - Cristo Redentor - Região N. S. Assunção. Na ocasião o casal pós matrimonial, Nixon e Luziene, apoiados pelos casais coordenador, vice e todos os agentes da Pastoral Familiar da Paróquia, realizaram o primeiro grande encontro do setor pós matrimonial.  Além dos agentes pastorais, tivemos a participação de 21 casais dos casamentos comunitários. Um total de 46 casais foram visitados e convidados para o encontro. Com intuito de atrair os casais visitados e convidados, realizamos um café da manhã especial.
O encontro foi maravilhoso, tivemos um momento de espiritualidade, de  dinâmica e uma mensagem em alusão ao dia internacional das famílias que foi dia 15/05/15. A mensagem foi repassada através de uma história contada de forma dinâmica, ministrada pelo casal vice-coordenador Messias e Marta, onde reforçaram que para a família viver bem, precisa colocar Cristo no centro de suas vidas, citando Jo. 14, 6 "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim".
Ao final, vários casais relataram a satisfação de terem participado desse momento e esperam participar de outros momentos como esse. Parabenizamos o esforço do Casal Coordenador, Francileudo e Elisângela e todos os agentes que desenvolveram um excelente trabalho de equipe, proporcionando êxito a este evento, sob a Graça de nosso Deus. Com informações da Paróquia. Rogamos a Cristo graça e paz e a proteção de Nossa Senhora Aparecida para que estes momentos gerem frutos na comunidade local e incentivem outras paróquias a realizarem o mesmo.
 

 
 
 


3o. encontro com as famílias - Paróquia São Pedro - Barra do Ceará - Região N. S. Assunção.

Realizado dia 17/05/2015, o 3o. Encontro com as famílias - Paróquia São Pedro - Barra do Ceará - Região N. S. Assunção. Na ocasião foram refletidos os temas "A Espiritualidade na Família" e "Educação dos Filhos". Relatos dos presentes relatam o clima de fraternidade, unidade e espiritualidade do evento. Representando a comissão os Casais Antonio Carlos e Fátima e Fernandes e Eugênia.








Preparação para o Sacramento do Matrimônio - Paróquia São Vicente de Paulo - Tabapua - Região Nossa Senhora dos Prazeres.

Realizada dia 16/05/2015, Preparação para o Sacramento do Matrimônio - Paróquia São Vicente de Paulo - Tabapua - Região Nossa Senhora dos Prazeres. Na ocasião os agentes locais tiveram a colaboração da Paróquia Nossa Senhora das Graças do Parque Potyra na Caucaia. Representando a comissão o casal Assessor da região Antônio Carlos e Fátima.
 
 
 
 
 
 

2o. encontro de implantação Paróquia Senhora Mãe dos Pobres - Tancredo Neves - Região Nossa Senhora da Conceição.

Realizado dia 15/05/2015 o segundo encontro de implantação da Pastoral Familiar na Paróquia Senhora Mãe dos Pobres - Tancredo Neves - Região Nossa Senhora da Conceição. Na ocasião os agentes refletiram o tema "Família projeto e imagem de Deus" com partilhas e testemunhos. Padre Wagner mais uma vez e sempre presente, colaborou com as reflexões propostas neste encontro e motivou os envolvidos a refletirem com abertura de coração as temas da implantação. Representando a comissão o casal Coordenador Fábio e Márcia.