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Vaticano apresentou na sexta-feira, 8, a nova exortação apostólica
pós-sinodal do papa Francisco, Amoris Leatitia– sobre a Alegria do Amor.
Em entrevista coletiva à imprensa, o bispo de Osasco (SP) e presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Bosco Barbosa, comentou
sobre as orientações pastorais indicadas pelo papa na evangelização das
famílias.
"A grande novidade da exortação está no
título, pois precisamos olhar a família com alegria. Na Comissão
Episcopal para a Vida e a Família nos deparamos com grandes problemas
que atingem nossas famílias. Porém, o papa vem com um discurso
diferente, propondo um cuidado mais atento com a família", disse dom
Bosco. Lembrou, portanto, que a Pastoral Familiar deve ser um eixo
transversal de toda ação evangelizadora da Igreja.
O texto é fruto das reflexões da
Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, realizada em
outubro de 2015. Um ano antes, em 2014, o papa convocou um Sínodo
Extraordinário sobre o mesmo tema. A publicação apresenta diretrizes e
linhas de ação sobre temas práticos que dizem respeito à evangelização
da família.
Nesta perspectiva, dom Bosco explica que
os Sínodos trouxeram reflexões profundas sobre a vida e a família. Mas,
diferente do esperado, a exortação do papa Francisco mostra os
resultados das contribuições dos padres sinodais, sem interferir na
doutrina da Igreja.
"Para quem esperava uma grande novidade
que mexesse com a doutrina da Igreja, não vai encontrar. Mas a grande
novidade é o amor vivido na alegria, a beleza da família. Além de tudo
isso, há o tom de misericórdia, de inclusão e o acolhimento carinhoso de
cada pessoa em suas dificuldades. Portanto, o papa ressalta o papel de
Mãe da Igreja, que cuida dos seus filhos", pontuou o bispo.
Na mesma data, a Comissão Nacional da
Pastoral Familiar (CNPF) lançou, oficialmente, o subsídio "Hora da
Família 2016", com o tema "Família e Misericórdia: Dom e Missão". Saiba
mais.
Para dom Bosco, o amor de construir uma
família é alegria também da Igreja. Ele explica que o documento orienta
que as questões mais difíceis sejam acompanhadas pelos padres, agentes
da Pastoral Familiar, lembrando que "cada caso é um caso", como diz o
papa.
No contexto Ano da Misericórdia, o bispo
ressalta a preocupação do papa Francisco em pedir que a Igreja seja
misericordiosa e acolhedora, principalmente com as famílias que sofrem.
"Nenhuma de nossas famílias é perfeita,
mas isso não deve tirar nossas esperanças ou diminuir nossa proposta de
amor e de santidade. Não há ninguém que não caiba na misericórdia
divina", disse.
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