Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR)
Começamos este mês com a Semana do
Nascituro. Defendemos a vida desde o momento de sua concepção até a
morte natural. Por isso somos seres humanos no ventre materno, desde a
fecundação. É uma falsidade afirmar que se deve esperar semanas para ser
uma vida humana. Isso é mentira. Desde a concepção já existe um ser com
direitos, com direito de nascer, e nascer com dignidade.
Dom Orani, cardeal arcebispo do Rio de
Janeiro, em seu artigo sobre esse tema afirma: “A julgar pelas campanhas
nacionais e internacionais, parece que o ser humano respeita mais os
ovos de tartaruga e as árvores do que o seu filho no ventre da mãe. O
aborto é uma realidade triste de nossos tempos que, devido à propaganda,
o número tende a aumentar”.
Diante desta triste realidade e
Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), em 2015, estabeleceu
dia 08 de outubro, vésperas do dia das crianças, como dia do
“nascituro”, termo latino para designar, “aquele que está por nascer”.
Portanto queremos que a vida nasça e se faça gente com dignidade. “O Dia
do Nascituro nos desperta para a consciência de que há direitos do ser
humano de conservar a sua vida em estágio intrauterino. A Igreja
Católica formula sua doutrina sobre o aborto do seguinte modo: todo ser
humano, inclusive a criança ainda no seio materno, possui o direito à
vida imediatamente de Deus, não dos pais nem de qualquer outra
autoridade humana. Portanto, não existe homem algum, autoridade alguma
humana, nenhum tipo de “indicação” (médica, eugenésica, social, moral)
que possa exibir um título válido para uma direta disposição deliberada
sobre uma vida humana inocente” (Dom Orani Tempesta).
Queremos a vida e a vida em plenitude para todos os seres humanos, desde o ventre materno até a morte natural.
Agora escrevo sobre outro tema que
envolve também as mulheres. Outubro Rosa, que tem como objetivo
principal despertar para a consciência sobre o câncer de mama. Nós, como
Igreja, precisamos falar sobre isso também. O diagnóstico precoce, é
essencial para reduzir a mortalidade. No entanto, os exames nem sempre
estão ao alcance da população. Conclamo às nossas comunidades,
pastorais, movimentos, a falarem sobre isso nas bases. Infelizmente, por
preconceito, falta de informação, e também pela ausência dos serviços
de saúde para determinadas comunidades, muitas mulheres perdem a vida
por causa do câncer de mama. Apoiamos e defendemos a vida de tantas
mulheres e mães e neste Outubro Rosa, especialmente, rezamos por vocês
mulheres. Que Maria interceda junto a Seu Filho, para que todos tenhamos
vida, e vida em abundância. Uma abençoada semana!
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