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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Setembro amarelo e o Ministério da Felicidade.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

Chamou a atenção, que os Emirados Árabes Unidos decidiram criar o Ministério da Felicidade, nomeando uma jovem de 22 anos Odooh Bint Khalfan Al Roum, para dirigir esta autarquia. Esta medida se enquadra no movimento mundial Mais Feliz, que procura desenvolver o indicador da ONU: IVH (índice de valorização humana, auferido com a combinação de direitos sociais, culturais e de paz e segurança). 
Esta busca da felicidade inserida intrinsecamente em cada ser humano, nos leva a aderir à Campanha do Setembro Amarelo, pela prevenção do suicídio, data aprovada pela OMS, que estabeleceu o dia 10 de setembro para assumir e divulgar esta causa convocando a solidariedade e uma consciência mais antenada com este fenômeno. Este holocausto silencioso, ceifa aproximadamente mais de 1.000.000 de pessoas por ano. Estimativas sugerem que estas fatalidades podem crescer para 1.500.000 em 2020 e de dez a vinte vezes mais em termos de tentativas de suicídios, o que representa uma morte a cada 20 segundos e uma tentativa a cada um ou dois segundos. 
Um obstáculo para a prevenção são os fortes preconceitos que ainda existem sobre as pessoas que tentem ou cometem suicídio. São vistas, como loucas, manipuladoras, ou que nascem com essa sina. Estes mitos criam atitudes disfuncionais, alimentando culpas desnecessárias, e impedem muitas vezes as mudanças de atitudes pessoais, comunitárias e públicas para superar este problema crítico de saúde pública, valorizar e dar sentido pleno a busca de felicidade e realização do ser humano. O famoso psiquiatra francês Boris Cyrulnik, especialista em resiliência, fala que é importante retomar um novo desenvolvimento após uma agonia psíquica e traumática, pois, a felicidade para ele depende de um fazer continuo. O artesanato da felicidade cotidiana é feito no dia a dia. Mas o verdadeiro mestre em valorização e sentido da vida é Jesus Cristo, que nas bem aventuranças nos ensina o caminho da plenitude e da verdadeira felicidade, que consiste em amar a Deus e aos irmãos, com desprendimento, dedicação, construindo a vida humana na paz, justiça e misericórdia do Reino. Para Jesus é feliz já no presente, quem é pobre e humilde, os que têm fome e sede de justiça, os compassivos e misericordiosos, os puros e pacificadores, e os que por fazer a vontade de Deus e seguir a Cristo são perseguidos. Deus seja louvado!

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