A
Igreja no Brasil está vivendo a Semana Nacional da Família que teve
início no domingo 10 e prosseguirá até 16. Nesta reflexão apresentada
pelo bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
(RJ), dom Fernando Arêas Rifan, é destacada a importante missão da
Igreja em preservar os valores da família. O bispo também fala da
espiritualidade dentro de casa, a relação pais e filhos, como também a
necessidade da transmissão da fé.
A Semana Nacional da Família:
Teve início com o dia dos pais, a Semana
Nacional da Família, de 10 a 16 de agosto. O tema deste ano é "A
espiritualidade cristã na família: um casamento que dá certo". "São
gestos de espiritualidade que podem fazer a grande diferença na
convivência dos esposos, no crescimento dos filhos na fé, na renovação
da alegria pelo amor que se renova no dia a dia pelo dom da graça de
Deus", explica Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari (BA) e
presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB.
A Igreja sempre deu enorme importância à
família, tratando-a como "Igreja doméstica e santuário da vida", porque
ambas nos transmitem a Fé: "tal como uma mãe ensina os seus filhos a
falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe,
ensina-nos a linguagem da fé, para nos introduzir na inteligência e na
vida da fé" (C.I.C. n.171).
"A família é a base da sociedade e o
lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os
guiarão durante toda a vida", dizia São João Paulo II. O Papa Bento XVI,
no Encontro Mundial das Famílias, em Valência, Espanha, afirmou que
"esta é uma instituição insubstituível segundo os planos de Deus e cujo
valor fundamental a Igreja não pode deixar de anunciar e promover, para
que seja vivido sempre com sentido de responsabilidade e alegria".
Naquele memorável encontro mundial das
famílias, refletiu-se no tema "a transmissão da Fé na família". "Nenhum
homem se deu o ser a si mesmo nem adquiriu sozinho os conhecimentos
elementares da vida. Todos recebemos de outros a vida e as verdades
básicas para ela, e estamos chamados a alcançar a perfeição em relação e
comunhão amorosa com os demais. A família, fundada no matrimônio
indissolúvel entre um homem e uma mulher, expressa esta dimensão
relacional, filial e comunitária, e é o âmbito no qual o homem pode
nascer com dignidade, crescer e desenvolver-se de maneira integral". E o
Papa emérito corroborava seu ensinamento com os exemplos bíblicos de
Ester e de São Paulo: "Ester confessa: 'No seio da família, ouvi desde
criança, Senhor, escolheste Israel entre todos os povos' (4, 16). Paulo
segue a tradição dos seus antepassados judeus prestando culto a Deus com
consciência pura. Louva a fé sincera de Timóteo e recorda-lhe: 'a tua
fé, que se encontrava já na tua avó, Loide, e na tua mãe Eunice e que,
estou seguro, se encontre também em ti' (2 Tm 1, 5). Nestes testemunhos
bíblicos a família compreende não só pais e filhos, mas também avós e
antepassados. Assim, a família se nos apresenta como uma comunidade de
gerações e garantia de um patrimônio de tradições".
E o Papa Francisco nos recorda o quanto
"é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família,
que acompanhem o amadurecimento da fé os filhos" (Carta Enc. Lumem
Fidei, 53). E nos ensinou a rezar assim: "Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de
oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas".
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